segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O melhor negócio é não deixar acontecer!

Prevenção e Planejamento para evitar riscos

Apesar das dificuldades em definir e conceituar os riscos, eles estão presentes não apenas nos negócios, mas no dia-a-dia das famílias e na prática das atividades cotidianas.
No meio empresarial, a variação de riscos é tão diversificada quanto ou até maior que as enfrentadas no plano pessoal.
É preciso calcular os riscos ambientais aos quais os colaboradores podem estar expostos; analisar o processo de produção e de que forma ele impacta negativamente o meio ambiente e a comunidade; ponderar como a postura de um executivo pode comprometer a reputação de uma empresa ou avaliar de que forma seus investimentos estão expostos no mercado.
Perante os sucessivos acontecimentos na última crise econômica mundial pergunta-se: o cenário extremamente negativo não poderia ter sido previsto?
Quem deveria ter gerenciado este risco?
Como nunca, necessitamos de melhores competências administrativas para gerenciar os riscos, a fim de auxiliar nossas organizações a estabelecer bases mais sólidas de análise, fazendo da prevenção uma prática recorrente.

Extraído da Carta ao Leitor
do Presidente do CRA-SP
Adm.Walter Sigollo

Revista Administrador Profissional n° 278, de agosto/09

Pode ser visto também em www.crasp.gov.br

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A Economia de Consumo

A crise financeira de 2008 gerou uma idéia contagiante que se espalhou rapidamente: a de que a causa fundamental da crise foi o consumo excessivo, e que isso precisaria ser contido de várias formas.
Primeiro, é preciso lembrar, esta crise financeira foi causada pela crença exagerada nos modelos econométricos desenvolvidos pela Escola de Chicado, baseados em simplificações da realidade, como "expectativas racionais", "curvas gaussianas", e assim por diante, como exposto nos livros de Nassim Taleb. Não foi somente ganância, como muitos estão querendo vender, nem alavancagem para comprar casas próprias.
Segundo, o consumo excessivo é o consumo americano.
6 bilhões de habitantes do mundo querem ter pelo menos 25% do que o americano médio consome hoje.
Assim sendo, o consumo do mundo irá crescer exponencialmente, e será nossa função, como administradores, gerar esta produção da forma mais sustentável possível. E não conclamar os pobres a consumirem menos.É muito fácil um Professor de Harvard sair criticando o sistema de "produção" e continuar a viajar de avião até Washington para participar de um debate sobre ecologia, sem reduzir em absolutamente nada o seu consumo. Deveria tentar reduzi-lo em 75%, no mínimo.
É muito fácil um intelectual escrever um artigo sobre "Consumo Consciente" no jornal mais importante do país, totalmente alheio ao custo de derrubar uma árvore, transportar seu artigo km até o Amapá quando usar a internet seria mais correto.
É muito fácil criticar a redução de 15% da floresta tropical depois que europeus e americanos terem destruído 100% das florestas temperadas.
O custo para termos um mundo sem carbono é estimado em 3 trilhões de dólares. Cedo ou tarde, teremos de arcar com esse custo. De onde virão esses 3 trilhões?
Governos ainda não adotam técnicas de administração criadas em 1960, como "Orçamento Base Zero", em que todas as despesas do ano seguinte são analisadas do zero.
Normalmente, projetos de governos anteriores têm certos "direitos adquiridos", e novos projetos de governo são sempre custos adicionais -- e por isso os impostos não param de subir. Criou despesa, ficou.
Eu acredito que temos cientistas capazes de produzir soluções, especialmente em energia solar, as quais nos permitirão captar energia sem dano ecológico algum. Esta energia será, no mínimo, 10 vezes maior do que precisamos atualmente. Poderemos usar esta energia até para limpar o dano já feito.
Ecologistas estão defendendo a segunda lei da termodinâmica. Só que o mundo organizado requer energia -- não há como escapar.
Eu tenho certeza de que seremos capazes de reinventar produtos e serviços de forma mais sustentável. E é o que estamos fazendo, mas ninguém comenta. Exemplos:
1. Substituímos milhões de cartas, carteiros, correios e papel por e-mails. Lutamos anos a fio contra os alguns intelectuais porque estávamos desempregando os carteiros. Não há soluções perfeitas.
2. Substituímos milhões de discos em vinil, em plástico, que duram 100 anos nos depósitos de lixo, por arquivos de mp3.
3. Criamos uma economia de serviços que hoje representa 70% do PIB, a qual, a rigor, não é nada mais que uma troca de favores entre pessoas. Você cuida da contabilidade de minha clínica e eu cuidarei de você quando doente. O setor industrial, o ecologicamente mais problemático representa menos do que 15% do PIB. O resto é agricultura e mineração.
Reduzir o consumo não é a bandeira correta, apesar de milhares de intelectuais estarem pregando isso em sala de aula. No entanto, eles, ao contrário de seus jovens alunos, já têm tudo o que querem: uma casa, um carro, uma aposentadoria etc.
A idéia de que o "big business" e o "corporation" são ruins, e que os "ecologistas" são o lado bom da sociedade, é simpática para quem não está pensando nos 6 bilhões de seres humanos que gostariam de ter 25% da renda e da capacidade de consumo destes próprios ecologistas.
Administradores socialmente responsáveis agem de modo diferente dos empresários e capitalistas que, segundo os ecologistas, teoricamente dominam o mundo. Nossa missão é produzir tudo de forma responsável, mas somos politicamente fracos, não sei porque.

This item is from "Stephen Kanitz"

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Educação.com


Na área do ensino, um processo de profunda mudança fica claramente refletido na ampla difusão do conceito de educação a distância (EAD), que se tem apresentado como uma importante ferramenta para a democratização do ensino em um país de proporções continentais como o Brasil e de conhecidas discrepâncias no acesso ao conhecimento, em especial nas regiões periféricas do território.
Composta por um conjunto de métodos pedagógicos construtivistas, mediado por rede de computadores, transforma os papéis tradicionalmente exercidos por professores e alunos. Torna os estudantes condutores de seu próprio aprendizado.
Uma das principais polêmicas é a falta da relação face a face. Para suprir a inexistência de interação humana é preciso estabelecer uma ponte entre os meios tecnológicos e os que se dispõe a utilizá-los como mediador em seu processo de aprendizagem.
Empresários que se renderam à invasão do EAD só têm a aplaudir os gráficos que apontam aumento nos lucros, melhora na produtividade e possibilidade de mais negócios. Funcionários também comemoram. Ingressaram em um novo contexto de aprendizado e já estão quase prontos para o futuro que está bem próximo neste setor.
O Conselho Regional de Administração tem a responsabilidade, além de apoiar as iniciativas do Conselho Federal, de trabalhar junto ao Ministério da Educação para estimular, manter e aprimorar a qualidade do ensino a distância no que tange aos cursos da área administrativa.

Extraído da Revista do Administrador Profissional nº 277 (Julho/2009)


Visão Sistêmica



Sistema é um conjunto de partes interligadas e interdependentes formando um todo.
É importante manter uma visão global ao buscar soluções em função do todo abrangido pelo problema que se deseja solucionar.
Para isso, não se pode deixar de considerar que o sistema é constituído por um conjunto de elementos que, apesar de diferenciados, trabalham ou funcionam em função do todo.
Essas partes que formam o sistema, apesar de diferenciadas, são interdependentes, isto é, uma influencia a ação da outra. Qualquer modificação introduzida em uma unidade ou no seu funcionamento repercute nas demais e, por conseqüência, no todo.
Além disso, existe uma troca permanente de energia entre as organizações e o meio ambiente. Em qualquer processo, a matéria-prima passa por um processamento e depois é devolvida ao ambiente sob a forma de produto ou serviço.
As organizações, então, importam, transformam e exportam energia para o ambiente e reiniciam o ciclo constantemente.
Em qualquer caso, todo sistema é, ao mesmo tempo, um conjunto de sub-sistemas e uma simples unidade de outro sistema maior.
E o que o Administrador tem a ver com isso???
Ao Administrador é fundamental ter presente essa visão sistêmica porque nenhuma ação é isolada, nenhuma decisão se encerra em si mesma, até porque ele está dirigindo uma equipe e não um certo número de indivíduos que cumprem tarefas estanques.
Além de desenvolver o aspecto motivacional, motor da melhoria da eficiência, abre-se a possibilidade de incorporar estruturas organizacionais flexíveis que levem em conta a cultura e as características da empresa e de sua relação com o meio ambiente.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Aspectos da Liderança

Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum.
Ao trabalhar com pessoas e conseguir que as coisas se façam através delas, sempre haverá duas dinâmicas em jogo – a tarefa e o relacionamento.
É comum o líder perder o equilíbrio se concentrando em uma das dinâmicas em detrimento da outra.
Se nos concentrarmos nas tarefas e não em relacionamentos, podemos ter rebeliões, má qualidade do trabalho, baixo compromisso, baixa confiança e outros sintomas. Mas, o líder que não estiver cumprindo as tarefas e só se preocupar com o relacionamento não terá a sua liderança assegurada.
A chave da liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos.
Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos – com Deus, conosco, com os outros. Isso é especialmente verdadeiro nos negócios, porque sem pessoas não há negócios. Famílias saudáveis, times saudáveis, igrejas saudáveis, negócios saudáveis e até vidas saudáveis falam de relacionamentos saudáveis.
Os líderes verdadeiramente grandes têm essa capacidade de construir relacionamentos saudáveis com os clientes, empregados, donos e fornecedores para assegurar um negócio saudável.

Ex-libris “O monge e o executivo” – James C.Hunter

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Comentário sobre Economistas

Denis Lima Hidalgo said...

Kanitz,

Acho que a forma como foi abordada foi muito infeliz, apesar de respeitar sua opinião, isso porque, esse tipo de discussão nao leva a nada.
Como se ve diversas vezes, não são as formações, os títulos etc que conduzem ao sucesso ou ao fracasso nas atividades, mas sim ao caracter das pessoas.
Existem advogados, engenheiros, administradores, economistas e medicos bons e ruins.
Se teoricamente todos possuem a mesma formacão para cada profissão como explicar a diferenca?
Não se pode generalizar as coisas pelo sucesso ou fracasso de outrens.
O curso de economia e de matemática são de fundamental importância para a humanidade, assim como a administracão e somente a convergência destes podem traçar rumos corretos para uma nação ou empresas.
Vale lembrar que ao contrário do que pensam muitos administradores e outros profissionais, por mais que se falem de que o curso de economia possui muito cálculo, ele na verdade é um curso de humanas e na sua real formação possui muita história econômica onde se verifica a relação das pessoas e dos povos, que explicam a evolução do comércio e dos sistemas economicos.
Por fim, talvez a culpa da última crise econômica, recaia sobre muitos economistas em primeira instância, mas tal assunto ainda merece maior discussão, tendo em vista a especialização enganosa de muitos engenheiros em economia, com o intuito de entrar no mercado financeiro com suas fórmulas mais mirabolantes ainda.
Aos economistas realmente faltam pisar no chão das fábricas, aos engenheiros o conhecimento de humanas, e aos administradores saber se politícos brasileiros em sua maioria são ou não formados em administracao.

Saudações
Denis L. Hidalgo

Economistas


A crise da ciência econômica

Lula exige mea-culpa dos economistas. A revista Economist, sempre a favor dos economistas, admite em matéria de CAPA que a ciência está derretendo. Delfim Netto escreve, tardiamente, os inúmeros erros da sua ciência nos seus últimos 10 artigos.

http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=14031376




A nova geração de economistas está começando a se revoltar ao que lhe foi e é ensinado nas escolas de economia, chamando-a de ciência autista, perdida em mundos imaginários, irreais. Chamam esta nova visão de economia post-autista, mostrando enorme insensibilidade social, o que me leva a prever que não dará certo.

Que a economia não tem as respostas necessárias, nós administradores descobrimos 40 anos atrás. Por isso, criamos a disciplina de administração e abandonamos a economia para os economistas. O fracasso da "ciência" econômica em prever, supervisionar através de seus bancos centrais, tomar medidas corretivas a tempo e criar soluções emergenciais na crise de 2009 colocou a "ciência" econômica em total descrédito diante dos novos PhD's de economia.Hoje, para entender de economia v,ocê tem de entender primeiro como as enormes empresas funcionam. O mundo é dominado por 5.000 empresas de vários tipos e setores, não pelo FMI. Quem não tiver um sólido conhecimento de administração não entende mais de economia. O livro de Adam Smith é calcado nas análises de uma empresa de alfinetes e de açougues, com faturamento anuais de 100.000 por ano. Hoje, há empresas maiores do que o PIB da Inglaterra. Veja esta crítica de um PhD em economia do livro texto do Mankiw, em que ele expõe os 10 princípios do livro texto mais usado em economia. Felizmente, são os próprios economistas que agora percebem o que anda errado. Leiam também o artigo do Valor sobre os livros tóxicos de economia. Descubram também pelo Google, qual a formação acadêmica dos diretores financeiros da Sadia, Aracruz e VCP, as três empresas que colocaram o Brasil numa crise financeira. E, porque esta informação é mantida em segredo. Pior, alguns estão querendo por a culpa toda nos administradores. "Crise Põe em Xeque Teoria Popular de Administração". Esta foi uma manchete da Folha de São Paulo de 26 de abril de 2009, no auge da crise econômica americana. Essa crise foi fruto dos juros reais negativos de Greenspan de 2000 a 2004 e do Mortgage Interest Deduction. É uma besteira monumental atribuí-la às teorias do administrador.

Vide http://www.toxictextsbooks.com/

sábado, 1 de agosto de 2009

Renúncia Fiscal???

A Ideia de Renúncia Fiscal


De tempos em tempos, economistas, Ministros e jornalistas usam o termo "renúncia fiscal", o que revela muito sobre a pessoa.
Ele é usado no contexto de que o Estado, ao dar uma redução temporária de impostos - como a do IPI dos carros no meio da crise americana de 2008, está renunciando a uma parte dos impostos a que tem direito.
"Governo perde R$ 9 bi em impostos", manchete da página B4 de Economia, 30 de junho de 2009.
Não existe, numa democracia pelo menos, essa tal de "renúncia fiscal". O Estado não tem direito adquirido sobre os impostos que cobra da sociedade.
Quem "renuncia" a parte de seu salário é sempre o cidadão, o contribuinte. É ele que sempre perde, não o governo como afirma o jornal.
É o trabalhador que faz a "renúncia de parte do seu trabalho" para poder custear as despesas conjuntas da sociedade. Não existe a figura do Estado como ente separado. O Estado somos sempre nós.
Portanto, não há como existir renúncia fiscal, porque a cada momento é o povo ou seu representante que decide quanto se auto-taxar. Se numa crise se decide taxar menos, é porque esta é a taxação adequada para o momento - e não há "renúncia fiscal".
Mas essa é mais uma ideia contagiante que se espalha por aqueles que têm interesse em recompor a taxação "renunciada" o mais breve possível.


This item is from "Stephen Kanitz"