segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os Impactos Ambientais nos Produtos e Serviços


Que Impactos os Ambientes Provocam nas Organizações? Que Variáveis Compõem Esses Ambientes? Como Transformar em Oportunidades as Ameaças Que os Ambientes Provocam?

Como sabemos, os negócios sofrem ações de variáveis que as organizações não conseguem controlar, atuando nas diversas atividades empresariais com maior ou menor possibilidade de representarem ameaças ou oportunidades. Nesse cenário, as empresas vêm sofrendo fortes impactos ambientais que são causados tanto pela economia, quanto pela tecnologia, sociedade, cultura e até pela política.

No ambiente econômico – por exemplo – observamos que uma inflação alta pode significar uma ameaça aos produtos e serviços comercializados por uma empresa, embora possam representar uma oportunidade para os consultores que prestam serviços de consultoria empresarial.

O caso da GM (General Motors) é emblemático. Durante a década de 1920 novos elementos se incorporaram ao ambiente econômico dos EUA como a venda de veículos a prestações, a aceitação do carro usado como parte do pagamento e o modelo novo anual. A empresa reagiu rapidamente à essas mudanças, transformando uma possível ameaça numa grande oportunidade e acabou derrotando seu concorrente (a Ford).

O ambiente tecnológico não é diferente, embora essa variável só venha sendo considerada no planejamento estratégico a partir dos anos 80. Porém, se a estratégia visa alcançar vantagens competitivas para as organizações, a tecnologia representa grande inspiração para os estrategistas porque ela diferencia produtos (e serviços) e as empresas acabam obtendo vantagens competitivas.

Em 1992, a Credicard (antiga empresa de cartões de crédito) foi ameaçada pela VISA, a qual atraia alguns de seus bancos filiados oferecendo-lhes a possibilidade de administrarem seu próprio cartão. Nos plásticos da VISA o nome do banco vinha destacado, enquanto que nos da Credicard ficava em segundo plano.  

Os bancos atuavam como vendedores e recebiam uma pequena comissão sobre os cartões vendidos, o Credicard ficava com a maior parte e, com isso, a VISA passou a atrair os principais bancos para si. Mas, a Credicard conseguiu transformar a ameaça numa oportunidade ao deixar os bancos financiarem os usuários de seus cartões.

O ambiente sócio-cultural também provoca impactos na comercialização de produtos e serviços, pois é através desse ambiente que se propagam as vantagens competitivas de produtos e/ou serviços. No Japão e nos EUA – por exemplo – a venda porta-a-porta é mais comum do que no Brasil, em função da cultura local. Outro hábito cultural que vem se incorporando à nossa sociedade é o uso do vale refeição pelas empresas, o qual facilita a vida dos seus funcionários. 

No ambiente público e político pode-se perceber claramente o crescimento do poder público nas comunidades e do poder político dos governos, o que tem levado muitas organizações a reverem suas abordagens estratégicas. Dessa forma, a política de preços das empresas – por exemplo – deve ser estabelecida para cobrir custos e proporcionar lucros, embora não se deva descuidar do papel social das organizações no contexto de uma sociedade.

Durante muito tempo, os laboratórios farmacêuticos multinacionais instalados no Brasil enfrentaram um ambiente político adverso – em termos de pressão governamental – porque o preço de seus produtos era controlado pelo CIP (Conselho Interministerial de Preços). Além disso, a patente de muitos produtos inovadores era constantemente quebrada pelo governo, em benefício de pequenos laboratórios brasileiros.

Diante desse ambiente desfavorável, muitos fabricantes de medicamentos acabaram diversificando suas linhas lançando produtos com preços não controlados, tais como aditivos alimentares, cosméticos e adoçantes. E, dessa forma, eles transformaram as ameaças do ambiente político em ótimas oportunidades de negócios.

Autor: Julio Cesar S. Santos

Publicado em: 07/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

O que é ser flexível?



Em diferentes fases da minha vida profissional, eu posso dizer que já fui do céu ao inferno e vice-versa. Houve um tempo em que eu era conhecido como “general”, uma alusão aos tempos da ditadura e ao meu jeito enérgico de resolver os problemas que caiam na minha mão e de tratar os seus portadores.

Embora eu demonstrasse a melhor das intenções e fosse pago para isso, ou seja, garantir os interesses da empresa, o fato é que a rigidez de pensamentos, ideias e atitudes não me levou a lugar algum. Ao contrário, por vários momentos, penso que isso foi prejudicial à minha carreira.

Se eu retroceder um pouco na história, talvez possa explicar, mas não justificar, boa parte do meu comportamento duro e, por vezes, agressivo com as pessoas. Como diz um amigo meu, pura verdade, eu saí do interior, mas o interior não saiu de mim.

Assim como a história de milhares de outras crianças, minha infância não foi nada fácil. Apanhei bastante de cinta, de chinelo, com o cordão do ferro de passar roupa e com a palma da mão mesmo. Levei muito puxão de orelha e cabelo. Uma boa parte deles eu perdi na infância.

Embora eu fosse o “capeta vestido de gente”, como afirmou certa vez a diretora do colégio para minha mãe, eu queria mesmo era me divertir, brincar e aproveitar o que a vida tinha de melhor. Na infância, estudo e comportamento são coisas que não estão nos nossos planos. Fazemos porque não tem outro jeito. Se dependesse de mim, eu ficava o dia todo na rua brincando.

De acordo com Daniel Goleman, PhD. e autor do best seller Inteligência Emocional, o comportamento humano é determinado por quatro fatores distintos: 1) biologia; 2) cultura; 3) linguagem; 4) história pessoal. Eles são determinantes na sua condição de vida.

O que significa isso? Você não muda a sua história pessoal da noite para o dia, assim, num estalar de dedos. Você é fruto da sua história e dos seus modelos mentais. Mas há um ditado simples dos nossos pais e avós que vai continuar valendo por muitas e muitas gerações: - Deixe estar, filho, a vida ensina!

Por conta de tudo isso, os embates ao longo do caminho foram muitos e sucessivos. Na prática, eu tentei utilizar nas empresas e na vida pessoal o mesmo comportamento rígido utilizado comigo na infância e adolescência. Posso dizer que arranjei alguns inimigos e muitos desafetos.

Foram necessários muitos anos, muita leitura, muitos embates e muitas decepções para ajustar o meu perfil ao perfil exigido pela sociedade. E o ditado da minha mãe se confirmou: - A vida ensina, meu filho!

No início me disseram que eu deveria ser autêntico, ser eu mesmo e todo aquele blá-blá-blá motivacional, mas na prática a teoria é outra. A personalidade forte nada mais é do que a soma das defesas que você cultiva para sobreviver nesse mundo competitivo.

Ao longo do tempo aprendi que é difícil livrar-se de uma personalidade forte. Por outro lado, aprendi também que a vida pode ser bem mais doce e mais simples com uma personalidade agradável. Você não precisa amar o inimigo para conviver pacificamente com ele embora precise manter o seu caráter.

A partir de determinada fase da vida você aprende a construir a arte da flexibilidade, razão pela qual eu quero compartilhar a minha experiência pessoal nesse sentido. Posso dizer que, apesar do aprendizado, teria sido menos doloroso se tivesse ouvido mais a minha mãe e seguido mais o meu coração.

O tempo não dá saltos, diz um amigo de longa data. Foi necessário passar por tudo isso para chegar aonde cheguei. Talvez eu pudesse ter cortado caminho, mas se isso tivesse ocorrido, dificilmente estaria dividindo com vocês essa incrível experiência em relação à arte da flexibilidade.

Hoje, quando vejo meus alunos, profissionais da Geração Y, do mercado em geral e pessoas mais velhas que não exercitam o mínimo de flexibilidade, posso ignorá-los por completo, sem medo nem remorso, e ainda cultivar a esperança de vê-los mudar. O tempo, senhor de todos os mestres, se encarrega de tudo isso.

Como diria Emerson, o grande pensador norteamericano, “o homem é moldado a ferro e marteladas” e, como diria Dona Jamile, minha mãe, que um dia vai para o céu com tripa e tudo, “a vida ensina, meu filho”. E como ensina. Pense nisso e seja feliz!

    Ser flexível nesse mundo hipócrita em que vivemos significa lembrar que algumas coisas são necessárias, outras são relevantes e outras podem ser totalmente ignoradas.
    Ser flexível e resistente como o bambu é um ditado chinês que pode ser perfeitamente aplicável ao ser humano; você contorna os desafios do vento e ainda se mantém de pé.
    Ser flexível é fazer escolhas, portanto, entre discutir e ter razão, sorrir e cerrar os dentes, não tenha dúvida: a razão é a melhor das escolhas e sorriso é o melhor dos antídotos.
    Ser flexível é lembrar que o mundo é dinâmico e o tempo perdido é algo que não pode ser recuperado, portanto, antes de qualquer coisa, pare, reflita e escolha; é bem mais fácil mudar um comportamento inadequado do que reverter as suas consequências.


Autor: Jerônimo Mendes

Publicado em: 05/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 30 de outubro de 2011

Marketing Pessoal Para Candidatos a Emprego


Que é Marketing Pessoal? Como Utilizar o Marketing Pessoal Para Conseguir Um Emprego?

Marketing é um conjunto de ferramentas usadas pelas empresas para tornarem seus produtos conhecidos, populares e vendidos. Ou seja, as organizações se utilizam da propaganda, da publicidade, do merchandising, da promoção de vendas e das relações públicas a fim de venderem seus produtos e/ou serviços.

O Marketing Pessoal é exatamente a mesma coisa, só que em benefício da sua própria carreira. Diante disso, um candidato à vaga no mercado de trabalho deve agir da mesma forma e utilizar ferramentas para tornar seu produto (ele mesmo) atrativo para os consumidores – os entrevistadores.

Primeiramente é necessário entender que a disputa por uma vaga no mercado de trabalho brasileiro fica cada dia mais acirrada e, conforme especialistas, essa competição hoje é da ordem de oitocentos candidatos por vaga. Ou seja, você está “brigando” contra outros setecentos e noventa e nove concorrentes – em média.

Sendo assim, o candidato deve se preparar para a entrevista de emprego e, para isso, a primeira coisa a fazer é saber bastante sobre a empresa que pode contratá-lo. Em Marketing isso seria relativo à pesquisa de comportamento do público-alvo.

Se, numa entrevista de emprego o candidato conseguir falar um pouco a respeito da empresa, ele demonstrará ao entrevistador seu interesse pela organização e – certamente – ele levará vantagem sobre seus competidores. Em Marketing isso seria comparado à divulgação dos benefícios que o produto (ou o serviço) proporciona.

Na fase de preparação o candidato deve vestir-se de forma adequada para a entrevista, lembrando-se que as organizações costumam ser conservadoras ao escolherem seus funcionários. Por isso, o candidato deve retirar todos os piercing’s e tentar esconder suas tatuagens. Em Marketing isso seria comparado ao estudo da “embalagem” do produto.

Além disso, o candidato JAMAIS deve chegar atrasado a uma entrevista, pois até hoje não se tem notícias que candidatos atrasados tenham sido contratados. Chegando ao local da entrevista, o candidato deve ser cortês com os funcionários da empresa, pois assim ele demonstrará ser uma pessoa sociável – em Marketing isso seria a popularidade do produto.

Na hora da entrevista o candidato deve ter em mente que nos primeiros três minutos o entrevistador avaliará sua aparência pessoal, sua postura corporal e sua eloqüência verbal. Dessa forma, ele deve se preparar para transmitir uma aparência limpa e saudável, além de uma postura corporal ereta e alegre – em Marketing seriam as características e vantagens da embalagem.

A eloqüência verbal de um candidato é relativa à sua capacidade de comunicação oral e, dessa forma, ele precisará praticar a leitura a fim de obter uma boa cultura geral e ampliar seu vocabulário. Durante a entrevista o candidato deve se preparar para responder a algumas perguntas que – de forma direta ou indireta – serão postas, tais como:

    Quem é você?
    Por que devemos contratá-lo?
    Por que se candidatou a essa vaga?
    O que você tem a oferecer à empresa?

No decorrer da entrevista o candidato não deve ficar inquieto na cadeira e – principalmente – deve olhar o entrevistador nos olhos, pois isso demonstra segurança e maturidade. Sendo assim, ele deve falar pausadamente e gesticular com naturalidade. Se não entender a pergunta do entrevistador o candidato não deve se intimidar e, nesse caso, o mais indicado é solicitar que o entrevistador reformule sua pergunta – em Marketing isso seria comparado à “comunicação” do produto com seu público.

Ao terminar a entrevista despeça-se com educação, mas demonstre estar motivado com a possibilidade de vir a trabalhar naquela organização. Não aperte a mão do entrevistador com muita força, nem do tipo “molenga”.

Se até esse momento todas as suas dúvidas ainda não foram sanadas, aproveite para perguntar ao entrevistador se a empresa oferece plano de carreira, treinamento constante e as atividades relativas ao cargo em disputa, pois isso poderá demonstrar seu entusiasmo e interesse.

Será um mau sinal para o entrevistador se você “desabar” na cadeira, evitar constantemente seu olhar ou falar mal de seus antigos colegas. O candidato não deve – em hipótese alguma – hesitar nas respostas, responder às perguntas com monossílabos ou demonstrar tiques nervosos como estalar constantemente os dedos, mexer nos cabelos ou esfregar as mãos a todo o momento. Portanto, utilizando as ferramentas do Marketing Pessoal é perfeitamente possível aumentar as chances do candidato nesse disputado mercado de trabalho brasileiro.

Autor: Julio Cesar S. Santos

Publicado em: 11/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

O PERFIL PROFISSIONAL NA ERA DO CONHECIMENTO


Por Plínio José Figueiredo Ferreira

“OS PROBLEMAS QUE EXISTEM NO MUNDO NÃO PODEM SER RESOLVIDOS A PARTIR DOS MODOS DE RACIOCÍNIO QUE DERAM ORIGEM AOS MESMOS”.
ALBERT EINSTEIN

O profissional da era do conhecimento deve confiar na sua intuição, ter coragem, ter ambição, usar sua inteligência emocional, e, sobretudo, ter pensamento e visão sistêmica.

O profissional da era do conhecimento, principalmente o profissional de administração, deve ter a capacidade de transformar informação em conhecimento para ter a competência de identificar, diagnosticar e resolver problemas. E resolver problemas significa buscar as causas que deram origem aos mesmos, e não somente eliminar as consequências. Sem identificar a causa o problema voltará a acontecer

Temos muita dificuldade em pensar de forma sistêmica porque nosso aprendizado é feito de forma fragmentada; não aprendemos a estabelecer a relação de causa e efeito. As nossas decisões são casuais, quando deveriam ser causais. Resolvemos os problemas tentando eliminar as consequências, porque elas pedem uma solução imediata ao se tornarem urgentes. Há pressa em “apagar o incêndio”, senão o estrago será muito grande. A causa ficará latente e exigirá outra solução imediata quando aparecer outra consequência. E o círculo vicioso estará estabelecido.

Stepen Covey identifica dois momentos, no mundo da gestão – a era industrial e a era do conhecimento – que se misturam nos conceitos e nas práticas. Esta mescla, com tendência para um lado e para o outro, existe porque ainda pensamos fora de época. Este anacronismo se verifica porque praticamos conceitos da era industrial, e a era industrial já foi, embora para alguns ela ainda sobreviva. Pensamos de forma mecanicista, não sistêmica.

Na era do conhecimento os conceitos e as práticas devem mudar; os resultados devem ser grupais. O conceito de concorrente muda; a tônica deve ser a parceria. Na organização, com os clientes internos e externos, o profissional deve ser um bom jogador de frescobol, e não um jogador de tênis. A diferença é que no jogo de tênis a bola é jogada para o adversário não pegar; somente um ganha. No jogo de frescobol o objetivo é não deixar a bola cair, isto é, a bola é jogada de forma que o parceiro sempre a alcance. Assim, fica fácil verificar como a bola deverá ser jogada e recebida. Tem-se a visão do jogo como um todo, bem como do ritmo; ambos ganham.

No mundo globalizado onde as incertezas são muito grandes, as mudanças são muito rápidas e a informação é on line-real time, os problemas dos países, e das organizações, são semelhantes, mas as soluções deverão ser contextuais; portanto é de fundamental importância que se pense de forma global e que se enxergue de forma sistêmica, buscando sempre a sinergia.

O grande problema que o profissional da era do conhecimento enfrenta diz respeito à percepção e à compreensão da realidade. Problema maior é definir esta realidade porque envolve a necessidade de mudança de paradigma. E a mudança de paradigma envolve mudança de valores.

O PODER DE MUDAR NÃO ESTÁ NOS GRANDES CHEFES OU NA POLÍTICA DAS ORGANIZAÇÕES, E SIM EM CADA INDIVÍDUO.


Plínio José Figueiredo Ferreira é Administrador pela UFBA e Pós-Graduado pela FGV-EAESP. Sócio-Diretor da Habilitas Consultoria em Gestão Empresarial. Palestrante e Professor em cursos de Educação Continuada e Extensão Universitária. Autor de artigos sobre Gestão Estratégica. Membro do Corpo de Especialistas (árbitros) da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Associação Comercial da Bahia. Assessor de Planejamento e Gestão da FAPEX – Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão.

Recebido do autor, por e-mail

sábado, 29 de outubro de 2011

Marketing Pessoal Para Gerentes, Encarregados e Supervisores



Tem Muitas Habilidades Técnicas? Você Já Desenvolveu Suas Habilidades Humanas? Veja Como Desenvolvê-las

É muito comum nas organizações brasileiras alguns funcionários serem promovidos a cargos gerenciais e, imediatamente, incorporarem em suas personalidades certa arrogância no tratamento a seus antigos companheiros de equipe. Isso acontece por diversos motivos, tanto de ordem pessoal quanto cultural e até profissional.

Os motivos de ordem pessoal dizem respeito somente à pessoa promovida, embora isso traga reflexos negativos no relacionamento com a equipe. No âmbito cultural pode-se dizer que, nas sociedades ocidentais, existe grande diferença de status  sócio-econômico entre gerentes e subordinados e, de certa forma, isso tem levado pessoas a se considerarem “superiores”.

Porém, cabe-nos analisar aqui apenas o aspecto profissional da prepotência dessas pessoas ao serem promovidas a cargos de chefia. A maior parte da culpa não é da pessoa, mas das empresas que confundem habilidades técnicas com habilidades humanas.

O erro que a maioria das organizações comete é promover um funcionário tecnicamente bom para um cargo de liderança, o qual se exige muito mais habilidades humanas do que técnicas.

Dessa forma muitos colaboradores recém promovidos acreditam que, para exercer o papel de líder, é necessário ostentar atitudes hostis. Ou seja, muitas desses funcionários não desenvolveram habilidades humanas para exercerem cargo de liderança e, por esse motivo, não sabem lidar com pessoas sob o seu comando.

Diante disso, cabe-nos orientá-los para a importância de cultivar a sensibilidade em relação à dignidade e aos valores pessoais. Pois, as organizações vencedoras valorizam o trabalhador da inteligência e não aquele que vai a reboque de imagens fabricadas.

Cabe aqui um alerta a essas pessoas: _ projete uma imagem profissional sustentada pelos exemplos dos seus antigos mentores. Ou seja, responsabilidade, determinação, magnetismo, humildade, naturalidade, competências emocionais e disponibilidade. Serão estes atributos que construirão a marca de um gestor de sucesso.

Portanto, se você é um Gerente, um Encarregado ou um Supervisor recém-promovido que não desenvolveu habilidades humanas para saber lidar com as pessoas na sua empresa, adote as seguintes posturas a partir de agora:

A)  Afaste a idéia de ganhar poder no escritório, inclinando-se para trás ou rodando na cadeira quando receber um membro da equipe na sua sala. Adote logo de início uma postura de exemplo e – principalmente – aprenda a ouvir seus colaboradores.

B)   Construa uma imagem de credibilidade e profissionalismo recorrendo diariamente ao seu consultor espelho de corpo inteiro, vestindo-se sem exageros para o sucesso e veja a si mesmo profissionalizar-se.

C)   Arrume sua área de trabalho e reflita nela a imagem da sua marca pessoal.

Coloque diariamente um ar acessível às pessoas e se entregue a atitudes positivas como a escuta ativa e o aconselhamento pessoal aos membros da sua equipe – quando for solicitado.

Autor: Julio Cesar S. Santos

Publicado em: 10/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

Louco admirável mundo: liderança e gestão


“Mudar é continuar se comunicando com as coisas que fazem sentido hoje. Surpreender é ir além da sua capacidade de fazer o dia, procurando visualizar caminhos que ainda faltam para serem trilhados, incluindo você como guia desses novos desáfios”. (Por Sérgio Dal Sasso)

Produtividade é o conjunto de coisas capazes de fazer girar uma atividade empresarial para que os lucros se sustentem pelo talento: das inovações, tecnologias e pessoas.

No mundo da produtividade 10 pessoas podem processar o que antes precisava de 100, mas na realidade podemos também fazer com que 100 pessoas possam substituir os altos custos da tecnologia para que 10 deixem de fazer.

O que importa no mercado é que possamos ter coisas boas em quantidade e qualidade,  e que independentemente do modelo de gestão,  o peso e o valor final se justique aos objetivos de quem manda produzir ou compra. Nisso é claro entender que a China tem sua vantagem competitiva hoje pelo valor da sua mão de obra e que, por exemplo, os Estados Unidos se sobressaem pela sua capacidade de inovação.

Na regra do jogo do mercado criamos coisas boas e lutamos para que sejam adequadas para o interesse dos outros, fazendo da produtividade o padrão necessário do como queremos, somados com a própria capacidade do negociar e saber contratar nossos custos.

O mundo gira e a percepção do futuro sempre será a sua estratégia de sobrevivência. As coisas que acontecem hoje sinalizarão as armas que devemos ter amanhã. Se olharmos a vedete do mercado mundial hoje, não é dificil perceber que o sucesso Chinês estará em breve tendo obstacúlos pela natural conscientização e reinvidicões da sua população produtiva, seu alcance e gosto pelo consumo. E ai, o que isso trará como impacto de mudanças? Resposta: Quem inova sempre pensa na frente do resto.

As coisas variam, e se hoje dormimos tranquilos, amanhã uma dorzinha em uma ponta distante do mundo, propagada ao vivo e em tempo real, pedirá como respostas novas estratégias para que o nosso ganho continue aparecendo, pois a sazonidade que no passado era meramente típica dos tempos de guerra, hoje é fruto de uma disputa diária por espaços e conquistas, onde o certo já nasce incerto iniciando pelas diferenças que damos entre as horas do pensar e a decisão pelo agir.

Nossa capacidade, enquanto gente produtiva, só pode ser medida diante da provação das fases e em suas diferentes situações. Devemos estar preparados, não só pelo que fazemos, mas pelos fatos que exigirão novas formas do como fazer, pois se os mercados mudam (de altas temperaturas às instabilidades), é no ritmo de quem entende de termômetro e consequências, que devemos medicar, para que os resultados, frutos da organização dos planos que fizemos ontem, tenham alternativas renovadas diante de ajustes, regras imprevisíveis, vidas sonhadas e vidas vividas.

Fechando esse artigo, o de número 370 da minha carreira,  diria que o equilíbrio  depende sempre das iniciativas e atitudes, pois mudar é continuar se comunicando com as coisas que fazem sentido hoje. Surpreender é ir além da sua capacidade de fazer o dia, procurando visualizar caminhos que ainda faltam para serem trilhados, sempre incluindo você como guia desses novos desáfios.

Autor: Sérgio Dal Sasso

Publicado em: 11/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Gerenciamento é o seu negócio?

 Muitos profissionais almejam um dia atingir um cargo gerencial, como forma de consolidar suas carreiras, obter um ganho maior e se preparar para uma posição de direção, mas há uma questão a ser respondida: Gerenciamento é o seu negócio?

Empresas perdem excelentes técnicos e vendedores, colocando-os numa posição para a qual não estão preparados, pois muitos não têm talento e vocação para condução de grupos.

Gerenciamento é a arte de obtenção de resultados com a colaboração das pessoas.

O trabalho dos gerentes é dar direcionamento à sua empresa, fornecer liderança e decidir como a organização usará os recursos para atingir os objetivos.

Isso deve ser feito de uma forma eficaz e eficiente, com planejamento, organização, coordenação e controle.

Ao tratar desses quatro requisitos temos que observar os seguintes aspectos:

Planejamento

    Planejamento define onde a empresa quer estar no futuro e como chegará lá, com estabelecimento de objetivos, divisão de tarefas e projeção dos recursos necessários.

Organização

    Organização estabelece como a empresa desenvolverá os trabalhos para atingir os objetivos propostos, com departamentalização, atribuição de tarefas, responsabilidades, autoridade e alocação dos recursos.

Coordenação

    Coordenação é o uso da persuasão para motivar as pessoas no desenvolvimento das tarefas e alcance dos objetivos.

Controle

    Controle é o monitoramento das atividades dos colaboradores para certificação que todos estão seguindo os planos traçados a caminho do objetivo maior, efetuando as correções necessárias.

Não basta estar gerente, há requisitos para desenvolvimento dos trabalhos que não podem ser negligenciados. 

A tarefa fundamental dos gerentes é garantir a alta performance para que obtenham os resultados propostos de forma eficiente e eficaz.

Para desempenho adequado de suas funções, os gerentes precisam ter conhecimentos e habilidades conceituais de relações humanas e técnicas.

Comentando, cada um desses tópicos, observamos:

Conhecimentos conceituais

    Conhecimentos conceituais permitem aos gerentes analisarem a organização como um todo e, também, as relações entre suas partes.
    Cada setor, cada departamento precisa ser administrado com vida própria, sendo o gerente a cola que os une.

Habilidade  nas relações humanas

    Habilidade nas relações humanas permite aos gerentes trabalharem com as pessoas e, efetivamente, como membro do grupo, motivando, facilitando o trabalho, coordenando, liderando, comunicando e resolvendo conflitos.

Conhecimentos técnicos

    Conhecimentos técnicos favorecem o entendimento de tarefas específicas e permite facilidade na execução, incluindo métodos de trabalho, uso de equipamentos e recursos.

Dentro desse panorama não podemos deixar de comentar o “X” da questão: 

Neste momento, se você respondeu sim à pergunta inicial os aspectos comentados, uma vez observados, poderão ajudá-lo muito no desenvolvimento de sua carreira, mas caso tenha responsabilidade por contratação de novos profissionais observe o seguinte:

Ainda que tratemos de fatores econômicos e de mercado, a razão pela qual muitas empresas fracassam é o gerenciamento inadequado.

Gerenciamento é um assunto delicado e a correta escolha dos profissionais é um aspecto fundamental para qualquer organização.

Nas economias mais desenvolvidas as organizações buscam a adição de competências com apoio de empresas de treinamento e consultorias, com grande freqüência.  Sobreviver não é o fundamento de seus negócios, mas a criação do futuro.

Essa mentalidade tem que ser desenvolvida nas nossas empresas e no país, sob o risco de continuarmos como eterna promessa.

Neste momento recebemos sim capitais estrangeiros, muitos especulativos, e o mundo dos negócios é rápido para decidir, com a mesma velocidade que entram saem.

Não vamos resolver os problemas do mundo, nem do país de uma hora para outra, mas que tal ter um gerenciamento adequado, gerando lucros, atingindo os objetivos propostos no plano anual sem mais desculpas?

Não tome decisões erradas, o mercado dispõe de especialistas para ajudá-lo nessa complexa missão.

Gerenciar bem também é uma questão de atitude!

Autor: Ivan Postigo

Publicado em: 13/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Liderar sem cargo é possível?


 Abra uma revista, um jornal, assista uma entrevista e verá que sempre estará esbarrando no tema liderança.

Liderança muitas vezes é confundida com comando. Comando, não no sentido espontâneo, mas delegado.

Liderança, como dom, sempre é apresentada e pintada com belas cores, encontra muitos defensores, soa bem em cursos, palestras, workshops, debates, resta saber se é aceita e desejada.

Reflitamos: você não precisa contar para ninguém o resultado, então porque não ir em busca da verdade?

Você trabalhou duro durante anos, estudou , ficou até tarde na escola e na empresa, um belo dia recebe a tão esperada promoção: Virou gerente.

Algumas pessoas aplaudiram, outras torceram o nariz, você acabou reformulando a equipe, contratou uns, dispensou outros, enfim ajustou seu time.

Hoje dita o ritmo, bate o tambor e todos respondem no mesmo passo. Ótimo, tudo está uma maravilha, como você tanto desejou.

Na verdade, talvez não!

Um de seus contratados tem boa experiência,  facilidade enorme para fazer o trabalho, é comunicativo, ajuda todo mundo, costuma ter idéias incríveis, é persuasivo, tem o dom da liderança e está sempre envolvido em projetos novos.

Os outros gerentes, seus pares, o elogiam sempre e vivem pedindo opiniões a esse talento que desponta.

O trabalho do seu comandado está mais do que em dia e nesse sentido você não tem motivos para aborrecimentos. Acontece que ele passou a ser convidado para ir à reuniões, os diretores sempre o consultam, ele se tornou o centro das atenções.

Algumas das sugestões que você apresentou nessas reuniões foram superadas pelas de seu comandado, com justiça, afinal eram melhores e mais sensatas, e cada dia mais  networking dele se fortalece.

Os trabalhos em grupo dificilmente não contam com sua presença ou até mesmo sua coordenação.

Pelos cantos já se ouve o interesse em delegar uma gerência a esse recém-chegado, objetivo que você atingiu depois de percorrer longa estrada.

Nas reuniões com sua equipe, com méritos, ele tem se tornado o centro das atenções. Ouve, apresenta sugestões, resume bem o assunto, encaminha as soluções, e, em alguns momentos, ele tem o controle total do grupo.

Não raro, você é um coadjuvante no processo.

Você aceitaria essa liderança sem qualquer contestação? Seria capaz de elogiá-la e ajudá-lo a crescer na empresa ou isso o incomodaria e seria motivo para algum rancor?

Segundo alguns amigos, talvez até aceitassem, mas certamente o couro do tambor romperia.

Um deles, quando fizemos essa brincadeira, foi taxativo: Nem morto!

Tivemos opiniões do tipo: Isso não existe, ninguém consegue ser “ tão perfeito”.

Outra opinião: Ajudaria sim, assim afastaria o perigo mais rápido. Perder meu cargo, heim?

Tivemos opiniões favoráveis, mas algumas, o grupo não achou muito sinceras!

Em uma contagem apertada,  acho que teríamos 50% dizendo que aceitaria e a outra metade se sentido extremamente desconfortável.

Para encerrar o assunto e acabar com a barulheira das conversas paralelas, alguém propôs a seguinte pergunta: - Liderança nas empresas, sem cargo, é possível?

Rapidamente ouvimos alto e em bom som: Depende...

Resumo da ópera ou do grupo: Teoricamente sim, mas na prática depende!

Você, o que acha? Desculpe, não precisa responder, esse era nosso trato.


Autor: Ivan Postigo 

Publicado em: 11/10/2011 , no site: www.qualidadebrasil.com.br

Excelência em gestão empresarial não é ação, mas comportamento


Não faltam teses para a condução dos negócios, resolução de dificuldades e superação de barreiras.

Algumas têm caráter inovador, várias retornam com novas roupagens e outras apenas com a denominação mais atraente.

A promessa, sempre, é de geração de resultados, tornando as empresas mais seguras, ágeis, reduzindo custos, melhorando a qualidade, tornando-a atual e competitiva.

As ondas vêm e vão, trazendo e levando consigo crédulos, incrédulos, aventureiros e oportunistas. Poucos são os que realmente as aplicam e consolidam.

Para todas, é possível encontrar provas de suas efetividades. Estas podem ser observadas no concorrente, na empresa vizinha, além fronteira e, principalmente, no nascedouro.

Nas nossas escolas ainda ensinamos Taylor e Fayol, dedicando pouca atenção às teses e propostas mais recentes. Seria por vício de ensino, falta de conhecimento ou distanciamento da realidade? Não cabe crítica, mas reflexão.

No mundo empresarial seus nomes são apenas lembranças. Neste ambiente as ondas são mais fugazes.  Todas são carregadas de informações e conhecimentos. Experimentá-los não basta. O processo, normalmente, se dissolve. A expressão que configura bem este fato é “Solução de Continuidade”.

Solução de continuidade não significa resolução, mas dissolução do processo. Demonstrando bem como os fatos ocorrem.

Para obter resultados é necessário reter conhecimentos e aplicá-los com consistência, sem dissolução, consolidando-o.

A história da medicina é rica em exemplos. Ainda que os conhecimentos tenham sido transmitidos oralmente, foram testados, observados e preservados por curandeiros.

Nas nossas empresas não só as ondas renovam as tendências, a troca de gestores provoca, também, profundas mudanças. Algumas bastante interessantes e produtivas outras desastrosas.

Onde está, então, o aspecto mais importante para que essas propostas, testadas e validadas, gerem resultados se não for não com ação?

Observe que o teste e aplicação são ações, e mais, a desistência e o abandono também.

Comportar que dizer ser capaz de conter, proceder, portar-se.

Comportamento é a maneira de se comportar, fruto de retenção, portanto aceitando e incorporando nas atitudes a aplicação daqueles conhecimentos.

A aplicação e repetição são necessários para que qualquer conhecimento se consolide e gere resultado.  A falta, deste, leva ao descrédito e abandono de idéias, ainda que válidas.

Como profissional, independente do campo e área em que atua, você já deve ter ouvido muitas vezes a expressão ”Isso não funciona aqui!”.

Realmente não funciona e dificilmente funcionará. Não porque falte ou possa ter faltado ação, mas por comportamento inadequado.

Nós temos vícios de linguagem, quando uma pessoa do seu convívio procura, naquele momento, falar corretamente, aplicando todas as regras, soa falso. Não é o comportamento desta e não é o que você esperava. Porém, se, dia após dia, ela continuar agindo dessa forma estará estabelecendo um comportamento, que não só será aceito como provocará mudanças nas pessoas que a cercam.

Vícios serão eliminados e uma nova forma de comunicação será estabelecida.

O que motivou o fato, efetivamente a ação?

Não, o comportamento aceito!

Aos gestores cabe uma recomendação: É importante proporcionar aos seus colaboradores a oportunidade de ter acesso ao conhecimento, lembrando-se sempre que é fundamental trabalhar o comportamento.

A sua área de recursos humanos tem papel importantíssimo a realizar, pois a retenção de conhecimento, sua aplicação, o estabelecimento de um comportamento determina a cultura da sua organização.

Integrando-a está a cultura de sucesso!

Autor: Ivan Postigo

Publicado em: 06/10/2011, no site: www.qualidadebrasi.com.br

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Cinco Principais Características Dos Empreendedores de Sucesso




Que Tipo de Pessoa Decide se Tornar Empreendedor? Quais as Características do Empreendedor de Sucesso? O Que os Motiva?

Na maioria das vezes iniciar uma nova empresa é uma decisão acompanhada de muito entusiasmo, pois na busca da realização do seu sonho muitos empreendedores costumam trazer consigo aquela inquietação natural de uma aventura.

Certamente, sem o envolvimento emocional é mais difícil prosperar na área empresarial. Porém, o caminho em direção ao sucesso exige muita disciplina, dedicação e, somente a emoção, não é suficiente. Também é essencial o conhecimento abrangente sobre o negócio, uma vez que as coisas não ocorrem de repente e, além disso, a expectativa de que tudo acontecerá “como num passe de mágica” é totalmente falsa.

Mas, afinal, que tipo de pessoa decide tornar-se empreendedor? Quais são suas características? Sua personalidade? O que a motiva? Fatores como dificuldades do setor público, terceirização ou fim dos empregos?

Os empreendedores são – em sua grande maioria – motivados pela auto-realização, pelo desejo de assumirem responsabilidades e independência, embora nem todos eles busquem somente a satisfação econômica. Essas pessoas consideram irresistíveis os novos empreendimentos e estão sempre propondo novas idéias, das quais a criatividade e a imaginação fazem parte – seguidas pela ação.

Empreendedores estão sempre se avaliando, se criticando e controlando seus comportamentos em busca do auto-desenvolvimento. Para se tornar um empreendedor de sucesso, a pessoa precisa reunir imaginação, determinação, habilidade de organizar, liderar pessoas e de conhecer tecnicamente etapas e processos. Estudo apresentado pelo SEBRAE definiu (5) cinco características fundamentais para o sucesso de um novo empresário no Brasil. São elas:

    Alto grau de energia – Para descrever esta característica, o SEBRAE utiliza a palavra “drive” – uma combinação de energia, impulso e avanço. Os traços desta característica são: responsabilidade (habilidade de conseguir que as coisas sejam feitas), persistência (vontade de ver as coisas concluídas), saúde (energia física e mental), iniciativa (habilidade de assumir o comando quando necessário, às vezes sendo o primeiro a atuar) e vigor (potência, força, robustez e veemência que o homem ou mulher precisa ter para "empurrar" um projeto – ou um sonho – até a vitória).
    Capacidade de pensar como empreendedor  – O novo empresário precisa possuir originalidade (habilidade de inovar soluções, idéias ou caminhos), criatividade (poder pensar ou explorar soluções não-ortodoxas, juntamente com a iniciativa para criar), sentido crítico (dom que permite fazer comparações inteligentes e comentar sobre elas) e sentido analítico (habilidade de usar a razão em termos práticos, teóricos e abstratos).
    Talento nos relacionamentos com pessoas – É a característica mais importante. Envolve sociabilidade (habilidade de manter relações harmoniosas com os outros, incluindo pares, em diversos ambientes como família, trabalho, comunidade, clientes etc.), cooperação (vontade de trabalhar com os outros de maneira construtiva), tato (habilidade de conter ou diluir comentários ou ações desconfortáveis), alegria (desejo de sorrir até quando as coisas vão mal), consideração (valorizar ou apreciar o valor do tempo ou do dinheiro dos outros), relações pessoais (habilidade de manter bons relacionamentos com as pessoas que ficam por perto), ascendência (habilidade de governar e controlar outras pessoas com sabedoria e humildade, sem excessivo envolvimento do ego), estabilidade emocional (nível de maturidade apropriado para ser líder) e cuidado (habilidade de avaliar situações com seriedade, antes de assumir um risco. Afinal, os empreendedores de sucesso não são apostadores e sim arriscam com moderação).
    Habilidade com as comunicações - Envolve comunicação oral (habilidade de falar de forma clara, concisa e lógica), compreensão verbal (habilidade de ouvir, absorver e entender a conversação dos outros), comunicação escrita (habilidade de escrever de forma clara, concisa e lógica) e confiabilidade (habilidade de transmitir aos seus pares, subordinados e clientes, sinceridade de propósitos em suas atitudes e decisões estratégicas).

Conhecimentos técnicos do ramo - A característica que muitos empreendedores considerariam ser a mais importante é a última na lista resultante da pesquisa do SEBRAE – e a mais fácil de descrever. Envolve a informação sobre o processo em si (como produzir os bens ou serviços no ramo em que deseja atuar) e a habilidade de utilizar estas informações de maneira prática e útil


Autor Julio Cesar S. Santos

Publicado em: 17/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

Diversificação de Produtos Segundo Ansoff

O Que é Uma Diversificação Afim? É Possível Diversificar Produtos e Mercados ao Mesmo Tempo? Quais São os Riscos de Uma Diversificação Não-Afim?

Igor Ansoff foi um professor russo naturalizado americano, o qual contribuiu decisivamente com a disciplina do Planejamento através da sua obra “Estratégia Corporativa”. Criou o Modelo Ansoff de Planejamento baseado na expansão empresarial e na diversificação de produtos.

Segundo ele a partir da década de 60 as organizações passaram a se preocupar mais com o ambiente em que atuavam e, essa tendência ficou mais evidente, quando a produtividade não significava mais o sucesso da organização e sim se ela poderia ou não atender às demandas do mercado.

Dessa forma, ao cruzar duas varáveis (Produtos e Mercados) Ansoff idealizou um modelo para determinar oportunidades de crescimento de uma empresa, o qual se baseava principalmente na Diversificação de Produtos e de Mercados.

Diversificar é uma decisão importante, mas como tudo na vida exige planejamento. Atualmente é muito comum observarmos a diversificação de produtos numa banca de jornal – por exemplo – onde, até poucos anos atrás, encontrávamos apenas jornais e revistas.

Hoje, além dos periódicos, também encontramos DVDs, alimentos, bebidas, perfumaria e outros. Isso ocorre em função do hábito das pessoas freqüentarem sua banca e por isso o comerciante vai expandindo seus produtos, atendendo às demandas do seu próprio público-alvo.

Outro exemplo de diversificação de produtos são os postos de combustíveis, onde as lojas de conveniência ganharam importância em função do pouco tempo dos consumidores para comprarem produtos não programados. Para ele existem dois tipos de Diversificação de Produtos ou Mercados:

A)  Diversificação Afim

Segundo Igor Ansoff uma Diversificação Afim se caracteriza quando a empresa diversifica sua linha de produtos ou seu segmento de mercado, mas mantém o foco original do seu negócio. Uma pequena indústria de chocolates do RJ começou fabricando ovos de Páscoa e, quando passou a produzir trufas, constatou que a Diversificação de Produtos era um bom diferencial para seu negócio.

A empresa percebeu que o seu principal produto era sazonal – só vendia bem na Páscoa. Atenta à demanda de seus clientes a indústria observou que existia boa parte de consumidores com intolerância ao glúten e à lactose.

Com um pequeno investimento ela passou a fabricar trufas – sem esses ingredientes – e a vendê-las a um público-alvo diferente, caracterizando assim uma diversificação na sua linha de produtos. Nesse caso houve uma extensão de linha de produtos, os quais passaram a atender às necessidades especiais de um nicho de mercado, mas mantendo o foco em chocolate.

Por outro lado, determinada indústria de betoneiras de Araçatuba (SP) especializada em vender para construtoras, constatou que a Diversificação de Mercados era um bom diferencial para seu negócio. Ao analisar a demanda por seus produtos, o fabricante percebeu que uma usina de cana-de-açúcar da sua região comprava suas betoneiras e as adaptava para moer cana-de-açúcar, vendendo-as posteriormente aos seus próprios clientes.

O dono da indústria passou a fabricar suas betoneiras com as adaptações técnicas e específicas para essa finalidade – moer cana – e, dessa forma, pode-se dizer que nesse caso houve uma Diversificação de Mercados porque esse novo produto passou a ser vendido para todas as usinas de cana-de-açúcar do interior de SP, representando 40% do faturamento total.

B)   Diversificação Não-Afim

Caracteriza-se quando uma organização pretende comercializar produtos (ou serviços) novos em novos segmentos de mercados, aparentemente sem afinidade entre eles. Nesse caso, pode-se afirmar que esse tipo de diversificação necessita de muito planejamento para que dê certo.

Podemos citar vários exemplos de Diversificações Não-Afins que não deram certo, como por exemplo a compra da Lacta (chocolates) pela Phillip Morris (tabaco) ou a compra da Cica (goiabada) pela Unilever (produtos de limpeza e higiene pessoal).

Porém, quando o planejamento é bem elaborado, mantido e seguido pode haver certo grau de sucesso numa Diversificação Não-Afim. Foi o caso de um salão de cabeleireiro na cidade do RJ que ampliou suas atividades e passou a comercializar roupas de grife dentro do seu próprio espaço.

O cabeleireiro é um prestador de serviços, o qual invadiu outro segmento de mercado – comercialização de roupas – com dinâmicas próprias. Pois as pessoas escolhem e compram roupas através de mecanismos diferentes dos escolhidos para cuidarem da sua aparência, por exemplo.

O segredo do sucesso dessa diversificação se baseia numa rigorosa separação contábil de ambos os negócios e num estreito acompanhamento dos faturamentos e margens de lucro individuais.

Autor: Julio Cesar S. Santos

Publicado em: 14/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sete hábitos segundo Stephen Covey


O livro sete hábitos de pessoas altamente eficazes é um sucesso  do autor Stephen Covey. Ele traz 7 ideias para que o sucesso seja presente na sua vida. São ideias simples, mas realmente podem fazer a diferença, dependendo de como você encarar cada um no seu caminho.

Os 7 hábitos são:

    Hábito 1: Ser Proativo;

    Hábito 2: Começar com o Objetivo em Mente;

    Hábito 3: Primeiro o Mais Importante;

    Hábito 4: Mentalidade Ganha-Ganha;

    Hábito 5: Procure Primeiro Compreender, Depois ser Compreendido;

    Hábito 6: Criar Sinergia;

    Hábito 7: Afinar o Instrumento.

Comentários para prestadores de serviço destes hábitos.

Hábito 1: Ser Proativo

Você duvida que ser proativo é um hábito eficaz? Óbvio que não. Precisamos de pessoas que pensem em primeiro lugar. Sim, ser proativo significa pensar. É pensando que ideias se transformam em atitudes.

Hábito 2: Começar com o Objetivo em Mente

Saiba para aonde está indo. Planejamento, objetivos claros levam a uma execução perfeita. Apenas ir aonde os outros estão indo não levará você ao sucesso. Crie seu caminho. Tenha seus objetivos claros antes de executá-los.

Hábito 3: Primeiro o Mais Importante

Aprenda a priorizar suas tarefas. Escolha pela importância de tempo versus consequencia destas escolhas.

Hábito 4: Mentalidade Ganha-Ganha

Aprenda que negócios são negócios e amigos são amigos. Em termos de negócios, as relações devem ser ganha ganha. Indicou clientes? Fez processos em conjunto? Dividiu conhecimento sobre a tese? Porque não dividir o que ganhou adivindo da tua atitude?

Hábito 5: Procure Primeiro Compreender, Depois ser Compreendido

Isto vale mais do que para negócios, vale para vida. Não pense que tudo é contra você ou que o texto escrito fala mal de você. Tente compreender o contexto, os porquês, relevar paixões, pois tudo na vida é passageiro. O texto está grosseiro? Ligue para a pessoa. Vá até ela e converse. Compreender, perdoar e aceitar as diferenças são mais do que sinais de maturidade. São a forma de viver em paz consigo mesmo.

Hábito 6: Criar Sinergia

Busque ao seu redor padronizações e gestões de atos e procedimentos com objetivo claro de ser simples, direto e eficaz. No tratar, busque palavras afáveis e de paz. Seja aquilo que os outros devem ser para você. Quer respeito? Respeite. Isto é criar sinergia nas suas atitudes.

Hábito 7: Afiar o Instrumento

Mantenha-se sempre atualizado. Você precisa do conhecimento do seu negócio sempre na ponta da lingua. E não adianta conhecimento do ano passado. O conhecimento deve ser de hoje, no máximo de ontem. Da semana passada já pode estar desatualizado.

Enfim,

Estes sete hábitos são altamente eficazes. Os outros hábitos, você decide!

Autor: Gustavo Rocha

Publicado em: 10/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

A contabilidade em um mundo desmaterializado


O grande recurso da contabilidade, que encantou e intrigou gerações, foi o método das partidas dobradas.

Entender o sentido de débito e crédito, apesar de não ser complexo, ainda provoca os iniciantes.

Ativo, passivo, patrimônio líquido é coisa para contadores, dizem muitos profissionais experientes.

Algumas contas a mais aqui, outras ali, e assim, seguindo um modelo sem grandes alterações, as apurações de resultados tem sido efetuadas por décadas.

Seria simples se não tivéssemos a tecnologia gerando novos desafios.

É verdade que esta facilitou muito a vida dos profissionais, com computadores rápidos, potentes e softwares poderosos.

Em termos de avanços, vai longe o tempo em que o livro diário era preparado com folhas de gelatina copiativa, fitas copiativas roxa e papel carbono.

A questão se complica quando passamos a falar em custos.

Tratemos de alguns conceitos, sem nos aprofundarmos em aspectos legais e específicos, apenas para raciocínio.

Para gerar recursos para reposição dos equipamentos usados na produção, com vida útil estimada em dez anos, aloca-se parcela proporcional a esse tempo aos custos dos produtos. O foco é o desgaste e obsolescência, mas estamos preparados para aceitar a velocidade dos fatos nos registros contábeis?

No passado, totalmente mecânicos, as mudanças não provocavam grandes impactos em curtos espaços de tempo, mas e hoje?

Com o avanço tecnológico, um equipamento, em totais condições de produção, já está superado em seu segundo ano vida.

E o que dizer dos estoques? Para muitos produtos, eles sequer existem! No futuro será ainda mais complexo.

Quando queríamos ouvir músicas, íamos á loja de discos. Comprávamos um vinil, uma fita cassete e depois um CD, e agora?

Pagamos pelos direitos de baixá-las por meio eletrônico? E assim são os filmes, os softwares, e tudo mais em que o meio físico possa ser evitado.

Como contabilizar esse estoque para cálculo dos custos dos produtos vendidos na apuração de resultados?

Uma parcela significativa dos valores que compõem os gastos, que serão chamados custos, não tem estrutura física.

Um navio, um avião, plataformas para exploração de petróleo, indústrias químicas chegam a ter, cada vez mais, valores intangíveis do que tangíveis. Grande parte destes é derivado de P [_e_] D (pesquisa e desenvolvimento).

Uma roupa pode ter o seu valor superando dez vezes o seu custo de fabricação em função da marca, fato que não ocorreria se não tivesse esse reconhecimento público.

Uma empresa de consultoria, advocacia, publicidade e propaganda, uma banda de rock, quando apurado seu valor, a parcela de seu ativo fixo será ínfima.  “A mais valia” se refere ao capital humano que a comanda!

Você já parou para pensar como contabilizar uma idéia?

Isso já está acontecendo, afinal posso adquirir “intenção de futuro”.

Considere um cientista que não é funcionário da sua empresa, em um laboratório que não lhes pertence, desenvolvendo um projeto, especulando, e seus gestores se encantam e resolvem não só bancar os trabalhos, como pagar uma importância por ele, correndo o risco. Se der certo excelente, caso não, dinheiro perdido.

Um caso, não. Multiplique isso por dezenas ou centenas de projetos.

Os resultados poderão ser usados na empresa, como vendidos a interessados. O negócio da empresa é compra e venda de idéias, “intenções de futuro”.

Como contabilizar esses fatos, controlar esse estoque e alocar como custos?

A subjetividade na atribuição de valor a uma idéia, como produto para venda, tanto para estabelecimento de preço, como alocação de custos, complica extremamente a apuração do lucro, para fins gerenciais e também para fins legais.

É verdade que alguma coisa nesse sentido já é desenvolvida hoje, mas com regras que não permitem avaliação segura.

A desmaterialização nas transações levará inevitavelmente à profundas mudanças nas formas de contabilização e raciocínio contábil.

Autor: Ivan Postigo

Publicado em: 14/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

STEVE JOBS E A INTUIÇÃO


Por Sergio Antonio Meneghetti

Mais um ícone cumpre com a sua importante parte no desenvolvimento do planeta azul.

Procurei ler um pouco sobre este software humano e tentar descobrir um pouco da origem da sua genialidade, e como já esperado, encontrei parte da chave da mente brilhante do nosso amigo: trabalho, perseverança e atenção a “intuição”.

Geralmente o novo vem pelo processo intuitivo, cabe ao receptor ter a bagagem acadêmica e prática para materializar a ideia, é lógica pura.

Curiosamente o ponto mais avançado da matéria ou ciência, nasce no intimo imaterial, mostrando que nada está desligado neste universo.

Segue pensamentos de Steve Jobs extraído do site Pensador.Info na UOL e SBT:

Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.
No tempo em que Steve Jobs comandou a Apple a empresa pouco se preocupava em fazer pesquisas sobre o lançamento de novos produtos. Porque ele sempre se antecipava.

E citava Henry Ford, que fez automóveis em grande quantidade, para justificar que a intuição e o conhecimento funcionam melhor do que uma pesquisa.

Steve Jobs

Fica a minha gratidão a este irmão que pelo seu trabalho melhorou a minha vida.

Na minha visão sobre o assunto intuição, ouso a lançar o seguinte pensamento:

A Ciência, À Ciência, Há Ciência.

Enquanto o homem debruça sobre pedras mortas, tentando desvendar nos velhos escritos os mistérios da vida pela razão, a ciência nova traz mensagens cristalinas de forma clara e rápida através da Intuição.

A primeira é analítica e requer muito conhecimento, esforço econômico, pessoal, tecnológico e tempo.
A segunda é sintética e requer a lapidação moral do ser humano, conhecimento e esforço pessoal.
A primeira requer análises, interpretações e teorias.
A segunda requer percepção, interpretações e aprendizado.
A primeira estuda o passado.
A segunda lança o homem no futuro.
A primeira está restrita no espaço e tempo.
A segunda está aberta ao absoluto.
A primeira se limita à razão.
A segunda é ilimitada.
A primeira é o bagaço de todos os valores milenares.
A segunda é o suco essencial para dar vida aos milênios que virão.
A primeira é um degrau que se vai.
A segunda é a plataforma que se ascende.
A primeira vos fez homens.
A segunda vos fará anjos.
A primeira vos tirou da ignorância do barro em que fostes gerado.
A segunda vos mostrará os mistérios dos céus de onde fôreis emanados.
A primeira vos acorrentou nos princípios.
A segunda vos libertará pela excelsa finalidade.

A ciência, produto do labor humano, escada que leva ao conhecimento da intimidade da matéria, é esta lente que permite vasculhar o universo micro e macro, mostrando-nos todo um mecanismo perfeito e complexo.

E quando essa ciência não puder dar mais respostas, a ciência proveniente da evolução do ser dará respostas por processos internos onde não será necessário reunir dados para explicar os fenômenos, mas esse processo será entendido como um todo numa rápida visão através da percepção intuitiva.

“A Intuição é a ciência endereçada à ciência, porque nela há ciência”.
(texto extraído do livro “Liberdade da Consciência”, capitulo “Ciência e Religião” da editora “Biblioteca 24Horas”).

Sergio Antonio Meneghetti
Embaixador Universal da Paz  - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix 

Fonte: do blog do Plínio Ferreira

Três pensamentos de Peter Drucker


Três frases de Peter Drucker que podem estar acontecendo agora na sua empresa:

    Não sou especialista em Brasil, mas uma coisa estou habilitado a dizer: Não creiam que mão-de-obra barata ainda seja uma vantagem.

    Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação.

    A meta do marketing é conhecer e entender o consumidor tão bem, que o produto ou serviço se molde a ele e se venda sozinho.

Você concorda com Peter Drucker?

Quanto a mão de obra

Muitos e muitos preferem ter exércitos de estagiários ao invés de profissionais. Um ledo engano. Estagiários são para estágio, ou seja, estão ali para aprender,  para um plano de carreira futuro. Não estão ali para exercer tudo que um profissional faz a um preço mais economico. Como diz o ditado é mais temível um exército de ovelhas liderados por um leão do que um exército de leões liderados por uma ovelha.

Tenha profissionais aonde está a estratégia do negócio. Mão de obra barata apenas trará erros e retrabalho.

Quanto ao gerenciamento

Músculos são bons para autoestima, para saúde, mas para organização melhor a inteligência. Use e abuse da sua crítica a procedimentos e use sua criatividade para fazer melhor o seu dia a dia!

Muitos dizem que não mudam porque sempre foi assim, ou seja, acreditam em folclores e superstições como forma de resolver as coisas. Não aceite isto! Pense e mude. Seu negócio depende de ser um camaleão todos os dias!

Se você pensa que tudo depende de você, você está enganado. Tudo depende em fato da maneira como você coopera com a sua equipe.  Sozinhos não somos a empresa. Cooperar entre pessoas é fundamental.

Quanto ao marketing

Não basta reverenciar o produto ou serviço. Você tem que conhecer o seu cliente. Saber o seu DNA. Não é o cliente que tem que se adaptar, o seu negócio é que deve ser espelho daquilo que o cliente deseja.

Enfim,

Você concorda com Peter Drucker e com meus pensamentos?

Divida suas experiências conosco!

Autor: Gustavo Rocha

Publicado em: 05/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

domingo, 23 de outubro de 2011

Pequenas Empresas ou Negócios Pequenos?



O Tamanho de Uma Empresa Tem Relação Com o Sucesso do Empresário? Por Que Muitas Empresas Não se Tornam Grandes? O Que é a Síndrome do Mais ou Menos?

As pequenas empresas brasileiras sempre se constituíram num assunto de grande interesse econômico para nossa sociedade e, conseqüentemente, sempre foi amplamente debatido pelos estudiosos em empreendedorismo.

Porém, não há necessidade de informarmos aqui dados sobre o número de funcionários empregados nas pequenas empresas, sua participação no PIB nacional, a importância sobre a geração de riqueza para nosso país ou as vantagens que elas possuem sobre as grandes corporações.

Nós já estamos cansados de ouvir tudo isso; ou seja, esse assunto está saturado. Na verdade, nossa tentativa será a de buscar razões a fim de explicar por que muitas pequenas empresas não se tornam grandes negócios. Na opinião do Professor Alex Freire (FGV) existe três razões para isso:

A primeira razão tem a ver com a “Visão Estratégica”. Ou seja, quem disse que o Grupo Pão de Açúcar já nasceu grande¿ Foram inúmeras crises enfrentadas pela empresa, antes que ela se tornasse esse gigante atual como a venda da unidade em Portugal, a disputa pelo poder na família Diniz e o seqüestro de Abílio em 1989. Além disso, o grupo sobreviveu ao Plano Collor em 1990 e enfrentou uma difícil decisão ao profissionalizar a gestão da organização.

No início da construção do grupo, Abílio Diniz viajou muito para conhecer outras experiências supermercadistas, investiu bastante buscando novos conhecimentos e não ignorou a experiência daqueles que, naquela época, ainda não eram seus concorrentes. Enfim, ele já enxergava adiante. Outro exemplo de empresa que começou pequena foi a Apple, onde Steven Jobs afirmou certa vez que iria deixar “uma marca no universo”

Diante disso, percebe-se que falta um pouco de audácia àqueles que dirigem pequenos negócios e sobra astúcia a muitos que constroem empresas a partir do zero. Aspirações complexas não garantem grandes resultados, mas certamente a ausência de grandes aspirações assegurará resultados medíocres.

A segunda razão tem a ver com aquilo que o Professor Alex Freire denomina de “Síndrome do Mais ou Menos”. O empreendedor cria e mantém uma empresa para estar sempre na média; ou seja, ele olha para os lados, estuda a concorrência e segue o comboio. Dessa forma, tudo o que ele faz é exatamente igual ao que fazem os seus concorrentes – inclusive cometendo os mesmos erros.

Quando alguém sugere que ele busque a excelência, automaticamente ele se defende afirmando que as pessoas não sabem o que é dirigir uma pequena empresa. “Só faço aquilo que posso” – afirma o empresário. E o que ele pode é sempre igual à média da capacidade dos outros. Portanto, ele faz parte da “vala dos comuns” e conseqüentemente sua empresa sempre será pequena – diz o Professor Alex Freire.

A terceira e última razão tem relação com a suposta falta de recursos financeiros. Para começar, a falta de dinheiro é um problema de todos e não apenas do pequeno empresário. O problema é que ele atribui toda a culpa na falta de recursos por qualquer adversidade encontrada no seu dia-a-dia corporativo.

Conheci um desses empresários que “torrou” todo seu patrimônio a fim de salvar sua pequena empresa e, mesmo assim, nada adiantou porque o que lhe faltava não era dinheiro e sim GESTÃO. Quantos de nós conhecemos – ou já ouvimos falar – histórias semelhantes¿

Uma empresa sempre será um negócio compatível com o tamanho da sua gestão. Acredito piamente que o problema dos empresários está na forma de como conduzem as empresas e, não necessariamente, do tamanho do seu saldo bancário. O caixa de uma empresa é conseqüência da gestão e não o contrário.

Lembre-se que não é o tamanho da empresa que dita se um empreendedor terá sucesso – ou não. Na verdade, são as aspirações do empresário, a constante busca pela excelência e a qualidade da gestão empresarial utilizada.

Autor: Julio Cesar S. Santos

Publicado em: 29/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

Transforme conflitos em resultados


O ambiente profissional naturalmente conduz o indivíduo à competição. Clima esse que em muitos casos, gera atrito entre os funcionários e entre a gerência e os funcionários.

Entender por que os conflitos acontecem. É um modo de transformá-los.  A reflexão sobre as suas causas pode nos levar a resultados muito satisfatórios. Empresas que estimulam uma competição feroz entre seus funcionários por melhores resultados cooperam para aumentar o clima desfavorável entre os empregados. Há uma disputa interna que gera desgaste nas relações entre as pessoas.

Nesses casos o que percebemos é que as pessoas sofrem do que chamo de síndrome de grupo. Todos trabalham juntos, mas cada um defende o seu em detrimento do crescimento do colega. Chegando a disputar uma mesma base de clientes, por exemplo. O que no final gera menos valor para empresa.

A gerência nesses casos trabalha constantemente como apaziguadora, ou seja, vive apagando incêndio e focos de conflitos entre os seus funcionários. O que faz com que o trabalho de estrategista seja prejudicado.

Por outro lado, as empresas que estimulam metas globais e por equipes, em minha visão, têm melhores resultados e consequentemente, menos conflitos gerados por disputas internas, mas também não estão isentas de sofrerem com isso. Os conflitos continuam o que muda é o foco.

O conceito de justiça fica muito evidente nesse formato, funcionários “mais produtivos” sentem-se desprestigiados em detrimento dos “menos produtivos”, cabe mais uma vez a gerência mediar e apaziguar os ânimos entre os funcionários.

Então temos uma premissa: o conflito no ambiente de trabalho é inevitável.

Mas apesar de inexorável não é necessariamente prejudicial à empresa.

A energia gasta na resolução de conflitos se canalizada da maneira correta pode ser transformada em valor e melhores resultados para empresa. O foco dessa tarefa determina o êxito na ação.

Para unificar as forças da empresa e solucionar conflitos é necessário, antes de qualquer coisa, que a organização tenha unidade estratégica, ou seja, objetivos comuns.

Para alcançarmos objetivos comuns é preciso uma visão capaz de gerar paixão.

A organização que une uma visão apaixonante aliada a projetos desafiadores alcança resultados exponenciais.

Os conflitos nesse clima passam a ser secundários, pois serão parte do processo de criação, desenvolvimento e negociação. Alcançar resultados satisfatórios será o motor de impulsão que movimenta o trabalho da empresa.

Funcionários apaixonados entendem o seu papel e a importância de cada membro da equipe. São pessoas capazes de trabalhar com quem não gostam por saber que aquele indivíduo é o melhor. Paixão mais desafio transforma conflitos em melhores resultados. É esse tipo de atitude que tem de ser despertada pela empresa em seus funcionários.

Pense nisso e reveja seus valores.

Autor: Tiago Lira Vieira

Publicado em: 05/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

sábado, 22 de outubro de 2011

O que é ser flexível?


Em diferentes fases da minha vida profissional, eu posso dizer que já fui do céu ao inferno e vice-versa. Houve um tempo em que eu era conhecido como “general”, uma alusão aos tempos da ditadura e ao meu jeito enérgico de resolver os problemas que caiam na minha mão e de tratar os seus portadores.

Embora eu demonstrasse a melhor das intenções e fosse pago para isso, ou seja, garantir os interesses da empresa, o fato é que a rigidez de pensamentos, ideias e atitudes não me levou a lugar algum. Ao contrário, por vários momentos, penso que isso foi prejudicial à minha carreira.

Se eu retroceder um pouco na história, talvez possa explicar, mas não justificar, boa parte do meu comportamento duro e, por vezes, agressivo com as pessoas. Como diz um amigo meu, pura verdade, eu saí do interior, mas o interior não saiu de mim.

Assim como a história de milhares de outras crianças, minha infância não foi nada fácil. Apanhei bastante de cinta, de chinelo, com o cordão do ferro de passar roupa e com a palma da mão mesmo. Levei muito puxão de orelha e cabelo. Uma boa parte deles eu perdi na infância.

Embora eu fosse o “capeta vestido de gente”, como afirmou certa vez a diretora do colégio para minha mãe, eu queria mesmo era me divertir, brincar e aproveitar o que a vida tinha de melhor. Na infância, estudo e comportamento são coisas que não estão nos nossos planos. Fazemos porque não tem outro jeito. Se dependesse de mim, eu ficava o dia todo na rua brincando.

De acordo com Daniel Goleman, PhD. e autor do best seller Inteligência Emocional, o comportamento humano é determinado por quatro fatores distintos: 1) biologia; 2) cultura; 3) linguagem; 4) história pessoal. Eles são determinantes na sua condição de vida.

O que significa isso? Você não muda a sua história pessoal da noite para o dia, assim, num estalar de dedos. Você é fruto da sua história e dos seus modelos mentais. Mas há um ditado simples dos nossos pais e avós que vai continuar valendo por muitas e muitas gerações: - Deixe estar, filho, a vida ensina!

Por conta de tudo isso, os embates ao longo do caminho foram muitos e sucessivos. Na prática, eu tentei utilizar nas empresas e na vida pessoal o mesmo comportamento rígido utilizado comigo na infância e adolescência. Posso dizer que arranjei alguns inimigos e muitos desafetos.

Foram necessários muitos anos, muita leitura, muitos embates e muitas decepções para ajustar o meu perfil ao perfil exigido pela sociedade. E o ditado da minha mãe se confirmou: - A vida ensina, meu filho!

No início me disseram que eu deveria ser autêntico, ser eu mesmo e todo aquele blá-blá-blá motivacional, mas na prática a teoria é outra. A personalidade forte nada mais é do que a soma das defesas que você cultiva para sobreviver nesse mundo competitivo.

Ao longo do tempo aprendi que é difícil livrar-se de uma personalidade forte. Por outro lado, aprendi também que a vida pode ser bem mais doce e mais simples com uma personalidade agradável. Você não precisa amar o inimigo para conviver pacificamente com ele embora precise manter o seu caráter.

A partir de determinada fase da vida você aprende a construir a arte da flexibilidade, razão pela qual eu quero compartilhar a minha experiência pessoal nesse sentido. Posso dizer que, apesar do aprendizado, teria sido menos doloroso se tivesse ouvido mais a minha mãe e seguido mais o meu coração.

O tempo não dá saltos, diz um amigo de longa data. Foi necessário passar por tudo isso para chegar aonde cheguei. Talvez eu pudesse ter cortado caminho, mas se isso tivesse ocorrido, dificilmente estaria dividindo com vocês essa incrível experiência em relação à arte da flexibilidade.

Hoje, quando vejo meus alunos, profissionais da Geração Y, do mercado em geral e pessoas mais velhas que não exercitam o mínimo de flexibilidade, posso ignorá-los por completo, sem medo nem remorso, e ainda cultivar a esperança de vê-los mudar. O tempo, senhor de todos os mestres, se encarrega de tudo isso.

Como diria Emerson, o grande pensador norteamericano, “o homem é moldado a ferro e marteladas” e, como diria Dona Jamile, minha mãe, que um dia vai para o céu com tripa e tudo, “a vida ensina, meu filho”. E como ensina. Pense nisso e seja feliz!

    Ser flexível nesse mundo hipócrita em que vivemos significa lembrar que algumas coisas são necessárias, outras são relevantes e outras podem ser totalmente ignoradas.
    Ser flexível e resistente como o bambu é um ditado chinês que pode ser perfeitamente aplicável ao ser humano; você contorna os desafios do vento e ainda se mantém de pé.
    Ser flexível é fazer escolhas, portanto, entre discutir e ter razão, sorrir e cerrar os dentes, não tenha dúvida: a razão é a melhor das escolhas e sorriso é o melhor dos antídotos.
    Ser flexível é lembrar que o mundo é dinâmico e o tempo perdido é algo que não pode ser recuperado, portanto, antes de qualquer coisa, pare, reflita e escolha; é bem mais fácil mudar um comportamento inadequado do que reverter as suas consequências.
 
Autor: Jerônimo Mendes

Publicado em: 05/10/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br