quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Fragilidade da Liderança Familiar e seus Efeitos nos Futuros Empreendedores



Infelizmente, estou passando por um novo período de luto, perdi meu pai há três anos e há três meses minha mãe. A saudade é inevitável, as lembranças serão inesquecíveis e os ensinamentos que eles deixaram são minhas maiores riquezas.

Como empresária, ainda me recuperando da crise, estou atolada de trabalho e pouca inspiração para escrever artigos, mesmo adorando dissertar sobre vários temas. Porém, sou colunista desta revista na Secção Empreender e me sinto a vontade para compartilhar este momento saudoso com os leitores. Afinal, empresários e executivos muitas vezes fazem “malabaris” para equilibrarem suas atividades profissionais com a vida pessoal. Principalmente para as pessoas que reconhecem a importância do convívio familiar, pois usam os ensinamentos dos pais, avós, tios, entre outras pessoas, que contribuíram com a formação da sua personalidade e caráter. Infelizmente, nem todas as pessoas têm a sorte de ter uma família que sirva de exemplo e muitas não se conformam com a falta desta base familiar, sofrem muito, mas crescem trazendo consigo sonhos e determinação de que quando formarem suas famílias valorizará a educação familiar.
 
Sou de uma família humilde, meus pais foram lavradores e pequenos comerciantes. Mesmo enfrentando muitas dificuldades para criar seus filhos, amor e dedicação nunca faltaram no seio familiar. Em especial, agradeço aos meus pais, José Paulino Ribeiro e Joana L. Ribeiro, (in memoriam) pela minha vida e por tudo que sou. Mesmo em pensamento, eles estão presentes nas horas que preciso de “colo”. Horas estas de desafios e obstáculos do cotidiano, onde elevo meus pensamentos no método de educação que meus pais utilizaram para criar seus doze filhos. É mais que um método, é uma filosofia de vida, que eles receberam dos meus avôs e repassaram para seus filhos, netos e muitos amigos da família. Segundo eles, a base do sucesso do ser humano está pautada no mínimo em oito princípios: respeitar o próximo, honestidade, humildade, valorizar a família, valorizar o trabalho independente do cargo, ter vários sonhos, colocar amor em tudo que se faz e ter fé em Deus, independente da religião de cada um.

Com estes princípios em mente sempre encontro energia e determinação para seguir e conquistar meus objetivos e sonhos, sempre! Afinal, meus pais tiveram uma linda passagem na terra e cumpriram suas missões com muito amor e competência.

Ainda estou me refazendo da perda da minha mãe junto com meus familiares, pois amor e saudades serão sentimentos eternos. Afinal, eles foram exemplos de vida para a grande família, além de guerreiros e amigos. Praticaram o exercício da liderança servidora mostrando como devemos superar os desafios das trilhas da vida. Foram seres humanos que fizeram a diferença e merecedores de muito orgulho dos filhos, netos, bisnetos, familiares e muitos amigos.

Sei que a dor que sinto vai minimizar com o tempo, pois isto aconteceu também quando passei pelo luto do meu pai em 2008. Conforto-me com os ensinamentos que recebi e as sementes plantadas em mim, pois sempre me pego fazendo coisas que aprendi como eles. Guardo na lembrança os ótimos, bons e difíceis momentos que passamos junto, pois serviram de exemplos ou lição de vida. Nada foi em vão, pois eles foram meus grandes mentores.
 
Como a revolução da humanidade, vários modelos que serviam como referências foram sumindo e a falta de habilidades e competências dos seres humanos para lidar com a diversidade global e as diferenças das gerações Baby Boomers, X, Y e Z, vêm afetando negativamente a humanidade. Portanto, defendo que a liderança e educação familiar deverão ser valorizadas e resgatadas. Afinal, elas estão ficando cada vez mais fragilizadas e seus reflexos estão visíveis em vários comportamentos e atitudes dos seres humanos, e se nada for feito, tenderão aumentar negativamente ao longo dos anos. Portando, os pais devem refletir sobre a importância de seus papéis e assumirem as responsabilidades dos ensinamentos familiares, para que seus filhos somem os mesmos com os externos e se tornem seres humanos melhores. Afinal, os pais podem ter também um papel decisivo na formação do espírito empreendedor dos filhos, seja ele para atuar em uma empresa ou administrar seu próprio negócio. Todos têm potenciais, mas muitos precisam ser estimulados e exercitados para aflorar, desenvolver e aperfeiçoar. E a família - mais do que o sistema de ensino e a  escola da vida - é a fonte primordial de incentivo para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do ser humano, principalmente até a independência pessoal, profissional e financeira. Afinal, educar e formar um filho para que ele seja um profissional diferenciado, um ser humano líder e espelho ou um empreendedor de sucesso, é o sonho da maioria dos pais. Para alcançarem esta meta, a missão dos pais e dos filhos é desafiadora e dependem muito mais das atitudes dos pais, que têm muitas experiências de vida, do que dos filhos que na fase de formação querem mais curtir os momentos bons da vida.

Existem vários conceitos de profissionais competitivos, de estilos de lideranças, empreendedores etc. Entre todos, o de liderar pelo exemplo, que a meu ver, é o mais eficaz. Convido você a refletir sobre os ensinamentos familiares que recebeu e sobre o estilo de liderança familiar que desenvolveu, pois caso ele esteja fragilizado, mãos a obra e construa o seu modelo. Afinal, o ser humano que se considera um eterno aprendiz, nunca será tarde para aperfeiçoar o seu A.C.H.E. (Atitudes, Conhecimentos, Habilidades e tudo com muito Entusiasmo).
 
Aos meus grandes líderes e com muito amor, obrigada por tudo.

Helena Ribeiro é Colunista da Revista Clube de Empreendedores, e este artigo foi publicado na edição de Abril de 2011.

Publicado em 24-Apr-2012, por Helena Ribeiro, no site: www.gestopole.com.br

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Como a contabilidade pode ajudá-lo na administração do seu negócio




                 O título acima foi tema de uma palestra que fiz recentemente em Belo Horizonte no âmbito do programa de e-talks da Endeavor Brasil. O objetivo foi mostrar aos presentes, em sua maioria jovens empreendedores, a importância da contabilidade para a administração de empresas, sejam pequenas, médias ou grandes. A apresentação compreendeu duas partes. A primeira buscou destacar o papel da função financeira nas empresas. A segunda teve a intenção de evidenciar as principais contribuições da contabilidade.

                A função financeira nas empresas abrange, essencialmente, três grandes áreas de decisões: investimentos, financiamentos e repartição do resultado. Mais precisamente, ela envolve o processo de obtenção e alocação eficiente de fundos, a fim de permitir à empresa desenvolver suas atividades e remunerar o capital investido. Os investimentos constituem a estrutura de ativos e podem ser financeiros, operacionais e fixos. São realizados de modo criterioso, obedecendo a técnicas de análise de viabilidade econômica. O perfil dos investimentos depende, sobretudo, da atividade que a empresa exerce, ou seja, indústria, comércio ou serviço. Quanto aos financiamentos, estes referem-se aos capitais próprios e de terceiros levantados pela empresa. Seu montante constitui a estrutura de passivos ou de financiamento. São muitos os determinantes da escolha da estrutura de financiamento. Dentre os principais, destacam-se a disponibilidade e o custo dos recursos, as características do negócio (estrutura de ativos, rentabilidade), as condições do ambiente econômico, a oportunidade. O custo médio ponderado da estrutura de financiamento figura entre os elementos-chave para a administração financeira da empresa, pois pode determinar a viabilidade econômica ou não de investimentos e, até mesmo, do negócio. No que tange à repartição do resultado, trata-se de uma esfera de decisão em que se define a política de distribuição do lucro obtido em determinado período. A parte do lucro que é retida torna-se uma importante fonte de recursos (autofinanciamento) que, aliás, é muito utilizada pelas empresas brasileiras. O ponto de encontro das decisões mencionadas acima é o fluxo de caixa, que é um instrumento de vital importância para a administração. Investir, financiar e repartir o lucro representam, portanto, a essência da função financeira nas empresas, cujas operações são registradas, organizadas e apresentadas pela contabilidade.

                Tendo em vista o destinatário principal da informação contábil, a contabilidade pode ser classificada como financeira e gerencial. A contabilidade financeira é a responsável por estabelecer um canal de comunicação entre a empresa e os agentes externos, tais como bancos, fornecedores, investidores, autoridades fiscais e reguladoras. Sua maior função consiste em registrar, organizar e sintetizar as decisões tomadas pela empresa em determinado período, bem como informar, por meio das demonstrações contábeis, os efeitos que elas provocaram sobre sua situação econômico-financeira. Essas demonstrações compreendem o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração do fluxo de caixa, a demonstração das mutações do patrimônio líquido e a demonstração do valor adicionado. A divulgação desses relatórios é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto e empresas de grande porte. É por meio deles que  usuários externos podem analisar, diagnosticar e acompanhar o desempenho global da empresa, com destaque para aspectos de liquidez, grau de endividamento, lucratividade e rentabilidade. A contabilidade financeira é obrigatória, padronizada e executada mediante a observância de um conjunto de normas e procedimentos. O resultado do seu trabalho permite à empresa cumprir suas obrigações legais, fiscais, sociais e, ao mesmo tempo, reduzir a assimetria de informação no âmbito de suas relações com o mercado.

                Por sua vez, a contabilidade gerencial orienta-se aos agentes internos da organização. Seu objetivo é produzir dados, informações e relatórios gerenciais que auxiliem o administrador a avaliar, planejar, controlar, dirigir e tomar decisões. Diferentemente da contabilidade financeira, a contabilidade gerencial não precisa obedecer a normas e procedimentos contábeis, fiscais e legais. Utiliza-se, entretanto, de contribuições oriundas de outras áreas e disciplinas (teoria das organizações, economia, psicologia, ciência política, métodos quantitativos) na sua busca por uma melhor análise e compreensão dos fenômenos organizacionais. Avaliação de desempenho, geração de valor, controladoria e sistemas de apoio à decisão, controles de gestão, sistema orçamentário, gestão estratégica de custos e relatórios detalhados por produtos, departamentos, clientes estão entre as principais contribuições da contabilidade gerencial à administração das empresas. Sua ênfase reside na informação relevante, oportuna e capaz de orientar decisões voltadas para o futuro da empresa. A análise de custo-volume-lucro é um bom exemplo do emprego dessa perspectiva. Esse tipo de análise, que se desenvolve a partir do conhecimento da natureza e do comportamento dos custos e despesas, proporciona ao administrador dados e informações tais como margem de contribuição, ponto de equilíbrio (operacional, econômico e financeiro), grau de alavancagem operacional (sensibilidade do lucro operacional a variações em vendas). São informações que, entre outras aplicações, permitem ao gestor avaliar desempenhos de produtos e serviços, redefinir a carteira de produção e vendas, determinar o nível mínimo de atividade para cobrir despesas e custos fixos e avaliar o risco do negócio.

                É, portanto, evidente que a contabilidade exerce um papel de grande relevância na administração das empresas, seja respondendo às demandas de agentes externos, seja produzindo dados e informações para usuários internos. Cabe destacar, contudo, que obter informações implica em custos que devem ser considerados pelo empreendedor ao definir a estrutura de informação contábil que melhor se ajusta às características e perspectivas do seu negócio. Se a intenção for crescer, prosperar e atrair novos investidores, uma estrutura contábil que incorpore os aportes da contabilidade gerencial pode revelar-se a mais adequada. Neste caso, o empreendedor não poderia restringir-se a uma contabilidade orientada apenas ao atendimento de questões fiscais e legais. Ao contrário, ele precisaria de uma contabilidade mais completa e robusta.

                Para concluir, a mensagem que poderia ser deixada aos empreendedores é a seguinte: tenha a contabilidade como uma parceira, pois ela pode ajudá-lo, sobremaneira, a administrar o seu negócio.



Antonio Dias Pereira Filho é professor, escritor, palestrante e membro da Academia Leopoldinense de Letras e Artes. Autor de Structure du capital, dynamisme environnemental et performance: une articulation entre la finance et la stratégie, publicado pela Les Éditions du Panthéon, Paris, abril de 2012.

http://www.facebook.com/antoniodiasperfil#!/pages/Structure-du-capital-dynamisme-environnemental-et-performance/345287625529212
 
Publicado em 24-Apr-2012, por Antonio Dias Pereira Filho, no site: www.gestopole.com.br

terça-feira, 29 de maio de 2012

A empresa inteligente



 O que define se uma empresa detém ou não inteligência? Conhecimento é inteligência? Uma característica das empresas inteligentes é o uso competitivo do conhecimento com foco em resultados.

Na última década, líderes empresariais foram confundidos e distraídos com a construção de sistemas de informação que podem nem sequer entender ou utilizar.

A evolução do que é inteligência competitiva nas empresas esta diretamente ligada á mudança da segunda onda (Era da Industrialização) para a terceira onda (Era do conhecimento).

Mudanças de paradigma podem ser ótimas oportunidades para o sucesso, embora provavelmente o número de fracassos podem facilmente superar os casos de mudança bem sucedida.

Tentar gerenciar o conhecimento ou a própria idéia de que pode ser gerenciado como um recurso é um paradigma característico da segunda onda que deve ser evitado pelo gestor moderno (até porque pode ser um exercício totalmente inútil).

A busca pela inteligência organizacional passa pela definição do que aqui tratamos como a capacidade de uma empresa mobilizar todo seu potencial intelectual disponível para a realização de sua missão.

Assim, uma das questões mais cruciais enfrentadas pelas empresas hoje é a necessidade de atrair e reter pessoas (colaboradores) de grande capacidade intelectual.

É fato que todos os funcionários merecem respeito e gratidão por parte da organização. No entanto, o sucesso depende relativamente do pequeno número de talentos com capacidade para efetivamente projetar, organizar, liderar, inovar, ensinar e aconselhar a direção e suas equipes.

Assim temos que: sabedoria é o conhecimento de ordem mais alta e determina a capacidade de ir além dos conhecimentos disponíveis e chegar a novas descobertas combinando aprendizado e experiência.
 
Não é por acaso que as pessoas mais sábias são geralmente mais recompensadas do que a média dos colaboradores, já que é este grupo de pessoas relativamente escasso que determina a inteligência competitiva de uma empresa.

Deixo vocês com essa reflexão.

Até a próxima!


Publicado em 8-May-2012, por Luis Perdomo, no site: www.gestopole.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A internet e os filtros bolha: não somos tão livres assim

   

Por Eber Freitas


O modelo de comunicação em rede, onde os usuários podem se conectar uns aos outros em qualquer canto do planeta, certamente provocou um profundo impacto na política, na economia, na cultura e nos negócios. Conceitos como Ciberdemocracia, wiki, Creative Commons e outros só existem porque a nossa comunicação não é mais mediada apenas por grupos editoriais por trás dos jornais e programas de TV, mas sim por servidores, operadoras de telefonia e motores de busca. A comunicação ficou mais horizontal, interativa, abrangente, inclusiva e participativa.

A evolução das tecnologias mediadoras - bem como dos interesses corporativos por trás da galáxia internet - estão enviesando essa pretensa liberdade sem que, muitas vezes, ninguém perceba. As operadoras podem copiar seus dados de navegação para fins publicitários na surdina, por exemplo - vide o caso da parceria entre a Oi e a Phorm. Outras vezes, somos nós quem concedemos essa liberdade - quando um aplicativo do Facebook solicita muitas permissões, digamos, e não nos preocupamos em revogar ou questionar.

Eli Parisier, jovem CEO de uma empresa de tecnologia, aponta outra vereda pela qual a Web está trilhando. E tem a ver com moderação espontânea e algorítmica de conteúdo nos mecanismos de busca e redes sociais. Quanto mais a Grande Teia se torna semântica, quanto mais ela busca evoluir no sentido de identificar o comportamento do usuário e levar conteúdo classificado pelas equações como relevantes, mais nós nos isolamos em uma bolha de interesses. E isso nos isola de uma maneira imperceptível e entorpecente, um lacre informacional manobrado por algoritmos que quantificam e qualificam a vida online do usuário.

Há mais de uma década, o sociólogo Manuel Castells identificou esse tipo de comportamento ao relatar que existe uma tensão, uma dualidade entre a identidade do usuário e a Rede.

Em uma palestra no TED (confira o vídeo abaixo), Parisier aponta como esse fenômeno está se manifestando de forma imperceptível, porém bastante incisiva. "Aconteceu uma mudança na forma como a comunicação está fluindo online. Ela é imperceptível. E se não tomarmos cuidado, isso poderá vir a ser um grande problema", diz.


Se você não tem tempo ou paciência de assistir os 10 minutos de vídeo, eu explico: só aparecem na timeline do Facebook as postagens de perfis com os quais o usuário tem maior interatividade - seja através de comentários, curtidas, compartilhadas ou cliques. Mas quem decide isso não é o usuário. Da mesma maneira se dá a classificação de relevância no motor de busca do Google. O termo "Egito" para um determinado usuário pode redirecioná-lo a resultados genéricos, enquanto para outro aparece toda a cobertura sobre os protestos e a queda de Hosni Mubarak. Segundo Parisier, existem até 57 sinais que o Google observa sobre o usuário antes de determinar o que é interessante ou não (conte-me mais sobre o Mac que você está utilizando, ou sobre esses sites que você visitou semana passada). E aqueles filmes sugeridos na Netflix não são aleatórios, mas baseados na sua classificação de outros títulos e gêneros.

"Não é apenas o Google ou o Facebook. É algo que está varrendo a internet. Há uma série de empresas que estão fazendo esse tipo de personalização [...] E isto nos leva muito rapidamente para um mundo no qual a internet nos mostra aquilo que ela pensa que queremos ver, mas não necessariamente o que precisamos ver"

O conjunto desses filtros de personalização forma o filtro-bolha, segundo Parisier, o seu "universo pessoal" de informação.

De certa forma isso é bom. Já li e ouvi várias críticas ao imenso universo de informações relacionadas a apenas um termo, e como isso acabava "desinformando" o usuário - ninguém vai verificar cada um dos 100 mil resultados da busca no Google, por isso os engenheiros trabalham para colocar na primeira página os resultados mais interessantes para nós. Como empresa, os caras trabalham para atender as necessidades do usuário, tomando a liberdade de classificar o que é mais relevante e, com isso, gerar lucro. O Facebook, mais do que nunca, precisa provar para os investidores que é uma plataforma lucrativa e, com isso, a rede vai definir quais são os posts prioritários na nossa timeline com base em quem paga. A linha editorial agora é exercida por algoritmos, não mais por editores de carne e osso.

Parisier defende que essas empresas tenham uma postura mais cívica em relação às informações para evitar a formação de bolhas viciosas em torno do umbigo dos usuários, impedindo que eles tenham acesso a outras informações, a outros filmes, a outras notícias que não fazem parte do seu escopo de relevância. Baseado em como agem os gigantes da comunicação midiática há décadas, eu não seria muito otimista em relação ao cumprimento desse dever cívico. As empresas de internet estão assumindo o bastão da velha mídia, e não acredito que serão mais éticos do que o grupo de Rupert Murdoch.

O que eu defendo é que os usuários sejam mais protagonistas em relação à sua própria vida online e saibam utilizar a tecnologia sem se tornar dependente das classificações de relevância impostas por essas empresas. Existem dezenas de comandos na programação do mecanismo de buscas do próprio Google que, se forem utilizados corretamente, podem levantar exatamente a informação que o usuário realmente precisa. Precisa de informações? Vá atrás por diversos meios, visite bibliotecas físicas, consulte jornais impressos e compare com os resultados que você obteve - não espere que as empresas façam isso por você, elas não têm essa obrigação.

Além disso, mais do que nunca as pessoas precisam conversar, trocar oralmente experiências e informações. Esse ainda é o meio mais eficaz para você conhecer novas bandas, novos escritores preferidos, novos filmes. Se você já leu tudo de Stephenie Meyer, talvez seja a hora de conhecer algo mais Douglas Adams ou Charles Dickens. Depois de assistir uma maratona das 10 temporadas de Friends, que mal há em conferir Firefly? Não deixe que a internet viva a sua liberdade.

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Publicado em 23 de maio de 2012, às 14h05min
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domingo, 27 de maio de 2012

A força da união



Por Tom Coelho

"A união do rebanho obriga o leão a deitar-se com fome." (Provérbio africano)

Fusões, aquisições e joint ventures sempre aconteceram no mundo corporativo, mas foram intensificadas no decorrer da última década. A busca por maior competitividade tem conduzido o mercado a um processo de concentração. A regra é unificar operações para reduzir custos operacionais.

Os exemplos são variados. Itaú e Unibanco, no segmento bancário; Submarino e Americanas, no comércio eletrônico; Gafisa e Tenda, na construção civil; Sadia e Perdigão, no setor alimentício; Casas Bahia e Pão de Açúcar, entre os supermercadistas. E ainda temos as incursões de empresas brasileiras no exterior, com destaque para a compra da Pilgrim's pela Friboi, da Inco pela Vale, e mais recentemente, da Burger King pela ABInBev.

Note que em todos estes casos estamos diante de empresas de grande porte. De fato, desde sempre as grandes corporações compreenderam que melhor do que uma boa briga é um bom acordo, de forma que em muitos mercados encontramos a polarização da disputa pela liderança entre duas ou três companhias. Assim nasceram muitos dos oligopólios e, por consequência, alguns conselhos governamentais em defesa da livre concorrência.

Contudo, entre as pequenas e médias empresas o quadro é bem adverso. Elas tendem a cultivar uma grande rivalidade, enxergando concorrentes como inimigos mortais. Neste contexto, chegam até a praticar dumping (vender abaixo do custo) para ganhar clientes de modo que o final desta história é sempre a guerra de preços que reduz as margens de lucro e fragiliza as empresas.

É neste cenário que sindicatos e associações de classe ganham evidência, pois lutam por interesses comuns do empresariado, ora pleiteando ao governo a adoção de uma política tributária mais favorável capaz de estimular a geração de emprego e renda, ora combatendo o contrabando e as importações subfaturadas que reduzem a competitividade, ora confrontando a concorrência desleal praticada por empresas informais.

Independentemente de seu setor de atuação, seja você industrial, agricultor, comerciário ou prestador de serviços, se sua empresa ainda não é afiliada a alguma associação, cooperativa ou entidade de classe, considere fazê-lo em seu planejamento estratégico a cada início de ano. Este é o melhor caminho para fortalecer o setor e tornar seu negócio ainda mais próspero!

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Publicado em 21 de maio de 2012, às 18h43min
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sábado, 26 de maio de 2012

Tsunami Financeiro



 Benedicto Ismael C. Dutra

A descoberta do Brasil com seus 8,5 milhões de km2, pelos portugueses, no século 15, veio ao encontro dos interesses comerciais dos europeus: ouro, marfim, escravos, especiarias. Aos povos da Europa interessava o comércio altamente lucrativo, nada mais. Mais tarde, para obter melhores resultados, se tornou necessário estabelecer um povoamento capaz de produzir bens de interesse para o comércio europeu.

A partir do século 17, as lutas político-religiosas travadas na Europa levaram as populações a buscar abrigo na América do Norte, onde foram procurar um local para construir o seu lar, gerando um tipo de ocupação diferente daquelas efetivadas para atender aos interesses comerciais mediante a exploração dos recursos naturais das regiões descobertas.

Essa condição de colônia marcou profundamente o desenvolvimento do Brasil e de sua população em todos os sentidos, incluindo educação, saúde e padrão de vida, sendo notório que até aos dias atuais, ainda não conseguimos escapar totalmente desse passado colonial, voltado para atender interesses externos e a consequente falta de objetivos próprios da população. Ficou a cultura de tirar vantagens, em prejuízo do desejo de construir um local agradável para viver.

O objetivo de qualquer população deveria ser focado prioritariamente na conquista do desenvolvimento humano. O ser humano não surgiu pronto, e sua tarefa principal consiste no esforço para o autoaprimoramento, fato nem sempre posto em prática, seja pela falta de lideranças conscientes ou pela falta de maturidade da população.

A fuga da família real portuguesa para o Brasil em 1808 deu margens para que a população se conscientizasse um pouco de si e de seu país, buscando a independência. Mesmo assim, o desenvolvimento tem se processado de forma muito lenta, com mais recuos do que avanços, que fazem do Brasil um país pujante pela sua riqueza natural, mas muito atrasado pela falta de desenvolvimento de sua população.

Conforme relato do jornalista e sociólogo Jorge Caldeira, no período imperial o Visconde de Mauá, diante de uma sociedade provinciana de senhores e escravos, favores e conchavos, destacou-se com seu pioneirismo criando um grande estaleiro e uma fundição em Niterói, a primeira estrada de ferro e o primeiro banco a operar em grande escala no Brasil. Mas quando expandiu seus negócios visando o desenvolvimento da nação, teve de se defrontar com poderosos interesses dos financistas internacionais e de políticos influentes, sendo forçado a liquidar seus negócios por falta de apoio do governo.

Atualmente, o mundo se defronta com a flexibilização financeira, o tsunami promovido pelos emissores de moedas que levam à valorização da taxa cambial dos países emergentes reduzindo a competitividade dos setores de bens e serviços. Há um volume descomunal de dólares no mercado, uma onda inesperada. Se os bancos centrais querem assegurar liquidez, que emitam quanto dinheiro acharem necessário, porém não se poderia permitir essa  mobilidade especulativa pelo mundo. Diariamente, 4 trilhões de dólares se movimentam de uma moeda para outra, enquanto o movimento de mercadorias não passa de 20 trilhões de dólares por ano.

 No Brasil, apesar do mercado promissor, ainda temos sido tratados como colônia. Nossa principal indústria, a automobilística, tem disponibilizado automóveis inferiores no seu acabamento, no desempenho e na segurança. Mesmo assim, comprava-se para gerar emprego, mas os importados através do México estão chegando com melhores condições, inclusive no preço, graças ao dólar barato.

E não é isso que os países desenvolvidos querem? Quando vamos aos “outlets” em Miami ou Nova York, os produtos feitos na China, além de ficarem mais em conta, também apresentam melhor qualidade do que os produzidos no Brasil ou por aqui importados. Então, toda essa emissão de dinheiro será apenas para cobrir os desmandos financeiros? Ou não será para atrair os consumidores dos países emergentes e também fazer frente ao caixa alto da China que a habilita a fazer aquisições onde ela quiser?

Enfim, temos de reconhecer que, desde o tempo do Visconde de Mauá, falta-nos visão de futuro. Produzimos pouco e vendemos mais caro. Sempre estivemos atrasados, sendo surpreendidos pela ausencia cuidados com o futuro. Falta-nos planejamento prevendo o crescimento da população e da economia. Temos de fazer um esforço para conscientização e bom preparo da população para sairmos do subdesenvolvimento e alcançarmos o desenvolvimento humano de forma continuada.

Publicado em 5-Apr-2012, por Simone Bertelli, no site: www.gestopole.com.br

sexta-feira, 25 de maio de 2012

10 dicas para não perder tempo com as redes sociais



Por Christian Barbosa


A partir do dia 19 de julho, todos os celulares da área 11 passarão a ter nove dígitos. O motivo da mudança é o aumento da capacidade de números, que passará dos atuais 37 milhões para 90 milhões. Todo mundo sabe que ter e manter um celular está cada vez mais acessível hoje em dia e isso acaba se revelando nessa avalanche de aparelhos e linhas existentes.

A questão é que as pessoas estão perdendo o controle na forma de utilizar os aparelhos, especialmente os smartphones – com acesso a internet e redes sociais. Quem tem um, sabe da necessidade inconsciente e viciante de após sair uns 10 minutos para almoçar, clicar no botão Enviar/Receber para checar seus e-mails. Eu já me peguei fazendo isso diversas vezes, muitas pessoas já me falaram que fazem isso. Por que, se acabamos de ver os e-mails? É o vício que a tecnologia gera.

Em meu novo livro "Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?", aponto como é chocante constatar quão conectadas estão as pessoas hoje em dia a seus smartphones, tablets, suas redes sociais, e-mail e toda essa tecnologia com a qual nos habituamos a viver. Vivemos conectados, mas será que estamos de fato conectados com o que verdadeiramente importa?

Pense no seu ambiente de trabalho, nas pessoas mais estressadas que se empenham durante longas jornadas. A maioria delas abdicou da vida pessoal, não consegue tempo para se dedicar a um esporte, nem a si mesma. Algumas até ganham dinheiro, mas não têm tempo para usá-lo em benefício próprio, vivem dependentes do e-mail, do smartphone, estão literalmente tão "conectadas" com essa vida de escravo que se desconectaram da vida real!
produtividade

Em reuniões de famílias e amigos é fácil identificarmos uma ou duas pessoas completamente ausentes das conversas, mergulhadas em seu mundo particular de e-mails e mensagens. Até mesmo casais pouco se falam em seus encontros.

Utilizando como simbologia o filme Matrix, que tem tudo a ver com gestão de tempo, percebemos que muitas pessoas estão presas na Matriz da Vida, vivendo como se fossem robôs comandados por qualquer coisa além de sua própria vontade, que foi substituída pelo estresse e pela falta de sentido

E se você ainda não tem um smartphone, fique tranquilo, que isso é temporário. Os pesquisadores acreditam que até 2015 todos os celulares terão algum tipo de conexão com e-mail/internet.

Não podemos negar que o uso de smartphones, notebooks, netbooks etc. ajudou a aumentar a produtividade. Porém, podem nos fazer trabalhar muito mais, sem a metodologia certa! Método é mais importante que ferramenta. Nunca se esqueça disso!

Aproveitando, elenco abaixo 10 dicas para você não perder tempo com outro grande vilão nesse âmbito: as redes sociais.

1 – Seja seletivo nas suas redes – Quantidade de redes não é qualidade. Para que participar de redes sociais que não sejam relevantes? O ideal é focar nas principais redes onde seus amigos e interesses estão localizados. Eu por exemplo, uso apenas 4 redes (Facebook, LinkedIn, Twitter e Orkut -> nessa ordem de importância).

2 – Cancele e-mails de notificações – Todas as redes permitem configurar o aviso de recebimento de e-mails, o melhor é cancelar todos, assim você comanda a rede e acessa quando quiser, caso contrário vai ser difícil controlar a vontade de saber porque você foi "taggeado" na foto da sua amiga.

3 – Determine um foco nas redes – Quem tenta agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo se complica com um dos lados. Crie uma estratégia para cada rede que você tiver, por exemplo, se você for utilizar o twitter para fins profissionais, não misture com coisas pessoais. Muitas empresas utilizam as redes sociais na hora de contratar um profissional e vai pegar muito mal se houver fotos suas bêbado depois da balada. Mantenha coerência no perfil que você definir, com fotos, textos e comentários! Muita gente tem se queimado sem perceber por falta de estratégia!

4 – Determine horários – Eu não sou contra ver seu Facebook durante o horário de expediente, sou contra o abuso desse uso. Utilize seus horários antes ou após o expediente e seu horário de almoço para caso queira acessar as redes no trabalho para fins pessoais. Eu costumo ver e responder minhas redes no final do dia, em casa.

5 – Siga poucas pessoas, mas relevantes – Para que seguir gente que não tem nada a ver ou que o conteúdo se tornou irrelevante? Faça uma dieta de pessoas que você segue, repare nos próximos dias quem não tem agregado valor e simplesmente deixe de seguir esta pessoa.

6 – Utilize agregadores – Existem sites e softwares que permitem centralizar suas redes sociais ou atualizar a partir de um único post. Eu tenho utilizado o Tweetdeck que me permite atualizar meu Facebook, Twitter e Linkedin de uma só vez. Um site que vale a pena dar uma olhada é o http://www.threadsy.com/ que junta e-mails e suas redes em um só lugar.

7 – Seja relevante nas suas redes – As pessoas gostam de seguir pessoas que fornecem um conteúdo relevante, na medida certa e com periodicidade. Aquele chato que "twitta" muito de uma vez só, acaba perdendo seguidores. E o que "twitta" posts dizendo que acordou de mau humor também não agrega.

8 – Aproveite seu tempo de espera – Eu gosto muito de atualizar minhas redes quanto estou no aeroporto ou esperando para começar um evento. Aproveitar esse tempinho é muito válido desde que seu celular ou tablet estejam habilitados para tal. Existem centenas de softwares para esses dispositivos que mandam muito bem!

9 – Rede social não requer "real time answer" – Não sinta-se obrigado a responder uma mensagem na mesma hora que a pessoa te enviou. Se fosse urgente de verdade, ela encontraria outra forma de falar com você. Se você cria esse péssimo hábito de responder assim que chega, além de acostumar mal as pessoas, vai perder muito tempo desnecessariamente!

10 – Existe vida lá fora – Não é porque a vida social se tornou digital que você vai se esconder atrás de um computador em seus relacionamentos. É preciso reservar um tempo para estar junto com os amigos e família presencialmente!

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Seis conselhos de Ram Charan para uma administração eficaz


O desafio de qualquer organização é implementar estratégias vencedoras. Aquelas capazes de transformar ideias em ações efetivas. Fomos atrás de quem realmente entende sobre o assunto e ouvimos seis recomendações para conseguir, de fato, esses resultados

Por Fábio Bandeira de Mello, Revista Administradores

Seus livros, quase todos best-sellers, mostram o lado prático dos negócios. Atuou nos bastidores de grandes corporações, como DuPont, General Eletric, Novartis, Home Depot, 3M, Ford, Duke Energy e Verizon. Aconselhou homens poderosos do mundo dos negócios (incluindo Jack Welch) e foi apontado pela revista Business Week como um dos "10 melhores consultores para cursos in-company".

O invejável currículo pertence ao professor indiano Ram Charan, um dos mais admirados conselheiros em gestão do mundo. Em passagem pelo Brasil, o coach esteve com empreendedores e executivos de todo o país e, para nossa felicidade, listou alguns princípios que podem fazer a diferença para o sucesso das empresas.

1 - Olhe para o horizonte e identifique tendências

A execução das tarefas na empresa é importante, mas é preciso estudar o ambiente externo para ir além dos limites da organização. É necessário ficar de olho no horizonte e detectar as tendências ao redor. Para identificar movimentos, converse com pessoas que sejam diferentes de você. "Não é lendo livros, mas olhando pela perspectiva dos outros que detectamos as tendências", afirma Charan. E para o coach, esse é um dos segredos das companhias mais bem-sucedidas. "Seja qual for o seu modelo de negócio, descobrir tendências e olhar para fora sempre pode trazer bons resultados. A internet hoje facilita as coisas. Por isso, seja global".


2 - Defina prioridades dominantes

É preciso definir três ou quatro prioridades que ajudem atingir sua visão e sua estratégia. Se você conseguir detectar quais são elas, com certeza, vai conseguir reverter isso em resultados. "As pessoas que são excepcionais na execução não se distraem fazendo mil coisas ao mesmo tempo", esclarece Charan. O consultor destaca que Bill Gates, por exemplo, quando começou, colocou apenas uma prioridade: um computador por pessoa. "A partir daí, as coisas começaram a funcionar com eficiência", destaca.

3 - As pessoas certas, nas funções certas

Os profissionais não precisam ser perfeitos, mas precisam estar felizes e satisfeitos. Eles precisam estar à vontade no trabalho que estão realizando. "O seu maior multiplicador é ter a pessoa certa no lugar certo", afirma Charan. No entanto, ele lembra que é fundamental, independente do talento de cada líder ou funcionário, saber trabalhar em conjunto. "Para convocar um jogador é preciso que ele seja muito bom, mas também é preciso que ele saiba jogar em equipe", indica.

4 - Ligue as pessoas, as estratégias e o orçamento

Para que a ligação entre essas três vertentes seja realizada, é fundamental a reflexão sobre as competências necessárias para o negócio dar certo e as competências que não possuem tanta importância. Essa reflexão, alinhada com o orçamento disponível, trará a definição das melhores estratégias para serem colocadas em prática. Ram Charan sugere duas perguntas que todo CEO deve fazer:

- Quais competências não temos e quais precisamos ter para nossa estratégia decolar?

- Como mudar o orçamento para o ano seguinte?

5 - Avalie o desempenho de olho nas causas

"Ache as causas de por que o desempenho é bom e por que o desempenho não é bom", ensina Charan. O coach explica que não é bom tirar conclusões precipitadas. Às vezes, inclusive, a meta não foi alcançada, no entanto, se o mercado diminuiu e a empresa foi melhor que os concorrentes, essa performance deve ser premiada por ter minimizado os efeitos negativos. Ele explica que é importante avaliar o desempenho de tempos em tempos e recompensar os bons trabalhadores.

6 - Treine, treine e treine

A execução não é uma disciplina dificílima, mas necessita de muito treino para atingir a prática. Para Charan, existem empresas que fazem muito bem isso, como: Apple, Amazon e até as brasileiras Vale, Natura e Ambev. Por isso, ele assegura: "quando você treina, desenvolve hábitos que se tornam instintivos".

Do site: www.administradores.com.br, em 23 de maio de 2012
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quarta-feira, 23 de maio de 2012

A Transparência como meio de consolidação das Organizações Sociais




Por várias vezes tive oportunidades em dissertar sobre este tema, seja em artigos, palestras ou cursos de capacitação de gestores públicos, exatamente por se constituir em fator de primordial importância e determinante ao sucesso ou ao fracasso de qualquer empreendimento entre público e privado.
Na realidade, também é determinante no processo de gerenciamento e aplicação dos recursos públicos mesmo quando o ente gerenciador é tão somente a administração pública.
Há um movimento contrário à adoção de modelos de gestão nos quais participam entidades de direito privado. Alegam-se perda do controle, uso desregrado do recurso público, diminuição dos serviços ofertados, etc.
Mas o fato é que, a má gestão, a improbidade, a falta de qualidade e o uso irracional do dinheiro público, estão presentes em boa parte das administrações municipais, estaduais e federais. Os Tribunais de Contas e os Judiciais estão abarrotados de processos que apontam responsabilidades de toda ordem.
O que sempre dizemos é: má gestão e corrupção podem acontecer em qualquer modelo, pois independem do modelo de gestão e sim do caráter dos dirigentes. Durante os mais de 20 anos transitando pelos dois segmentos pude constatar essa afirmação.
E aí vem a seguinte pergunta: então não há jeito?
Sim, é claro que há. Então Vejamos.
Na administração pública brasileira há muito se vem criando mecanismos de controle e monitoramento que impeçam ou ao menos dificultem práticas de gestão que signifiquem a ineficiência como produto, que, por conseguinte, se resume na falta de qualidade e no uso irracional dos recursos. São inúmeras leis, normas, regulamentos e acórdãos que se juntam e se entrelaçam para obrigar aos gestores que alcancem resultados com eficiência. Portanto, não é a ausência de regulamentação que faz o “mau gestor”.
Por outro lado, nem sempre o “mau gestor” está configurado por um ato de improbidade ou deliberadamente por alguma forma de corrupção. Estes são imperdoáveis e merecem a aplicação rigorosa da lei em todas as instâncias, administrativa, civil e penal quando for o caso. Esses sim são aqueles destituídos de caráter à altura para lidarem com a coisa pública.
Excetuando, portanto, esses casos, vamos tentar entender as outras razões que levam os gestores públicos a não cumprirem eficientemente as suas missões em seus respectivos órgãos.
Embora apareça como vilã, a legislação não é o maior obstáculo. Quando a estrutura do órgão aplicador da lei tem adequada capacitação, a aplicação da lei se torna mais leve. Ao contrário, tudo fica mais difícil. Por exemplo: a Lei 8.666/93, a maior das vilãs, exige que as contratações de obras e serviços sejam precedidas do respectivo projeto básico. Ora, elaborar um projeto básico exige conhecimento não somente da sua estrutura em si, mas principalmente do objeto que se pretenda contratar. E esse componente é só o começo do processo. Dele virão o edital, a publicidade, audiência pública, questionamentos prévios, abertura de propostas, recursos e contratação. Para cada fase requer conhecimento e experiência específica.
O que então acontece quando não existe a estrutura e capacidade adequadas? Os instrumentos são mal elaborados, as provisões orçamentárias são precárias e as escolhas podem recair em fornecedores pouco comprometidos com a qualidade dos produtos ou com prazos de entrega. Consequência: perda da eficiência do poder público, diligência do tribunal de contas e inserção do gestor no rol dos responsáveis.
Neste caso, por melhor que tenha sido a intenção do gestor, ela não será considerada, pois “boa intenção” não é fator atenuante nesses casos.
A solução, portanto, é a capacitação, a padronização, a redução do turn-over, as boas condições de trabalho e, principalmente, o planejamento. O uso de ferramentas informatizadas para pesquisas é essencial, pois tudo o que se deseja fazer, ou quase tudo, encontram-se similares já realizados, que podem servir de parâmetros.
E quais as diferenças em relação ao gerenciamento feito por entidades privadas?
 Eu divido em dois grupos:
1-      Flexibilidade
 
Consiste na forma de aplicar as regras (não se trata de ausência de regra).
Toda entidade qualificada como Organização Social e contratada para gerenciar um serviço ou uma unidade pública, firma um Contrato de Gestão, no qual são estabelecidas diretrizes e metas as serem cumpridas.
A entidade não inventa nada, apenas cumpre aquilo que a administração pública determina.
Um dos mandamentos previsto nos instrumentos de pactuação é que a entidade deve submeter à aprovação da administração e divulgar em diário oficial as regras para contratação de bens e serviços e a forma de contratar pessoal.
Evidentemente que não se trata em aderir à Lei 8.666/93 na sua íntegra, mas também não poderá se constituir em regra destituída do mínimo que signifique a observância dos princípios constitucionais. Prevalecerá o bom senso.
Parece pouco, mas, juntamente com outros fatores facilitadores fazem toda a diferença.
Quando uma entidade assina um contrato de gestão, o faz em cima de um plano de ação aprovado pela administração onde as condições de trabalho e formação de equipe são elementos cruciais no processo de assunção das responsabilidades nele contidas.
Nesse ponto, entra na agenda a transparência como elemento integrador entre a entidade gerenciadora, a administração pública, os órgãos de controle e as instâncias do controle social.
O interessante é que, embora a transparência seja sempre recomendável em todos os níveis e que independe das circunstâncias de governança, quase sempre as estruturas públicas não são capazes de responder adequadamente a essa necessidade.
 A transparência vem de diversas formas, entre elas destaco: a prestação das contas financeiras, com os apontamentos sobre os grupos de despesas incorridas; a demonstração do nível de atingimento das metas; a movimentação dos recursos humanos; os bens e serviços contratados; os processos de contratações em andamento; o nível de qualidade percebida pelos usuários; o grau de satisfação dos colaboradores e, por fim, as notas explicativas sobre as razões do não cumprimento de metas, as dificuldades operacionais e outras informações relevantes.
Esse procedimento é peça chave no sucesso dos gerenciamentos por Organizações Sociais e se constituem nos elementos essenciais a qualquer processo de avaliação e controle, seja por parte do poder executivo quanto dos demais poderes e órgãos de controle.
 
2-      Incorporação
 
O termo incorporação tem a seguinte definição: qualidade ou caráter do que é incorporado, integrado, anexado.
Utilizo desse termo para registrar um dos mais importantes efeitos do processo de parceria entre a administração pública e as entidades qualificadas como Organizações Sociais. E quem são essas entidades?
São entidades de direito privado, sem fins lucrativos, criadas com a vocação de apoiar o desenvolvimento técnico-científico de segmentos que compõem as políticas públicas de interesse social.
A qualificação se dá por reconhecimento da administração pública em se tornar uma entidade capaz de firmar parceria com o poder público e assim contribuir para ampliar a capacidade do estado na execução das políticas públicas, seja na área da saúde, da educação, do desporto ou da cultura.
O que, porém é mais importante é justamente a capacidade dessa entidade em incorporar tudo aquilo que lhe é próprio por vocação. Isso quer dizer: se a entidade tem experiência em gerenciar ações de saúde, significa dizer que toda a sua expertise técnica e de gestão será coloca à disposição da administração pública. Mais do que isso, a administração pública irá se apropriar desse conhecimento e transformá-lo em melhores serviços à sociedade.
Esses dois pontos fecham o circuito das “boas práticas de gestão” e fomentam a transformação do círculo vicioso da administração pública em círculo virtuoso, onde os resultados obtidos beneficiam diretamente a população.

Publicado em 8-Apr-2012, por AILTON DE LIMA RIBEIRO, no site: www.gestopole.com.br

terça-feira, 22 de maio de 2012

Oportunidade, potencialidade e performance



Há uma frase que dificilmente alguém não usou: “Tinha tudo para dar certo, mas deu errado!”
 
Pode ser uma observação sobre uma viagem, confecção de um bolo, em relação ao destino de uma pessoa ou sobre uma empresa, que será o nosso tema.
 
Oportunidades a vista, condições favoráveis, mas resultado frustrante. Como avaliar a questão tecnicamente?
 
Podemos encontrar nessa situação organizações consolidadas, algumas constituídas para explorar um determinado segmento de mercado, empresas em rápido crescimento, que sofrem um revés. Enfim, os exemplos são diversos.
 
A afirmação pode também ser lida no sentido inverso: “Tinha tudo para dar errado, mas deu certo!” Nestes casos parece haver um toque de genialidade.
 
Voltando ao final da segunda guerra mundial, dificilmente alguém apostaria que o Japão se tornaria uma potência, pois uma ilha com poucos recursos, saindo destroçada do conflito mundial, completamente dependente de ajuda, não encontraria oportunidades claras. E pior, não mostrava potencialidade. O que possibilita sucessos como esse?
 
Definitivamente a dinâmica dos três fatores mencionados no título.
 
Quem está acostumado a avaliar projetos, está sempre verificando as oportunidades para se assegurar de seu sucesso. Por exemplo:
 
Estudamos o mercado comprador, analisamos a concorrência, consultamos o mercado quanto ao fornecimento da matéria-prima, avaliamos diversos tipos de maquinários e ferramentais, observamos o pessoal que será contratado, os turnos na fábrica, calculamos os custos, averiguamos as disponibilidades financeiras, as fontes de financiamentos, calculamos as taxas internas de retorno (TIR) e o tempo de retorno (Payback).
 
A princípio nenhuma razão para dar errado, certo? Errado!
 
Considerando que o estudo foi feito de forma exaustiva e consciente, é necessário garantir a sua execução, de ponta a ponta. Dois aspectos têm que ser observados: potencialidades e performance.
 
Potencialidades têm que ser desenvolvidas e aprimoradas, esta é a base da performance.
 
É impressionante o número de empresas que encontro desenvolvendo projetos, sem que na sua execução façam o efetivo uso do cronograma. Ferramenta de enorme utilidade, que mostra o que tem que ser feito, quando e quem deve fazer.
Data perdida gera uma quantidade infindável de prejuízos para a empresa, como aumento de custos, atrasos nas entregas, cancelamento de pedidos e conflitos internos e externos.
 
Meses passam e muitas empresas que não estão obtendo os resultados esperados não terão muitas chances de reverte a situação, uma vez que não estão conseguindo projetar e planejar o futuro.
 
Esta é uma situação em que a performance indica que há necessidade de melhoria das potencialidades para observação das oportunidades.
 
Entusiasmo, comprometimento, dedicação, superam muitas vezes as deficiências nas potencialidades e criam as oportunidades.
 
É comum tratarmos de performance pensando no chão de fábrica, na execução dos produtos, nas entregas, no desempenho da equipe de vendas, sem uma visão clara de futuro.
 
As oportunidades de mercado podem ser atendidas ou criadas, como dizia Akio Morita.
 
Uma potencialidade pode ser desenvolvida na empresa com treinamento ou agregando competência com a contratação de especialistas.
 
O sucesso de um produto começa na observação de sua oportunidade, passa pela avaliação da potencialidade da empresa em fabricá-lo, vende-lo e entregá-lo e se consolida com o comprometimento com a performance.
 
Esse processo de conscientização deve ser levado por toda organização, de forma que cada pessoa saiba o que está fazendo e por quê?
 
Caso sua empresa forneça componentes para clientes diretamente na linha de montagem, atendendo a um contrato que estabeleça multa por atraso, você deve ouvir com freqüência: “Temos que atender os prazos, eles não podem parar!”.
 
Na realidade a frase deveria ser: “Nós não podemos parar!”.
 
Lembre-se sempre: Suas oportunidades, sua potencialidade, sua performance, seu sucesso. Ou não !
 
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo 

Publicado em 3-Apr-2012, no site: www.gestopole.com.br

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os Conflitos de Gerações nas Empresas


Por Wellington Moreira

Pela primeira vez na história cinco gerações estão trabalhando simultaneamente nas companhias brasileiras e uma das principais razões deste fenômeno é que muitos profissionais têm adiado sua aposentadoria por diferentes motivos. Se trocavam o terno e o tailleur pelo pijama aos 50 anos, agora é comum concluírem suas carreiras depois dos 65.

No entanto, tamanha diversidade tem causado um efeito colateral: os conflitos de relacionamento. O que se vê na prática é que esses trabalhadores possuem perspectivas, aspirações e visões de mundo díspares que os leva a buscar o mesmo objetivo a seu modo. Atitude que preocupa as empresas, principalmente aquelas que ainda não sabem lidar com este tipo de problema.

É claro que a faixa etária não é suficiente para caracterizar alguém como membro de uma determinada tribo, especialmente porque os paradigmas, valores e vivências históricas também precisam ser compartilhados. Assim, alguém pode fazer parte de uma geração e ter a idade comum a de integrantes de outra.

E quais são estas gerações? Os Tradicionais são aqueles nascidos até 1950, que se dedicam integralmente ao trabalho, dão grande valor a todo tipo de sacrifício necessário para alcançarem seus propósitos, cultuam a hierarquia e compreendem que as recompensas muitas vezes demoram pra chegar. Seu lema preferido é: o dever vem antes do prazer.

Já os chamados baby-boomers são os profissionais que nasceram após a Segunda Guerra Mundial (de 1951 a 1964), tem por característica trabalharem com foco no curto prazo, são independentes, acreditam num mundo altamente competitivo e são revolucionários por natureza.

A Geração X, que nasceu entre 1965 e 1983 é formada por pessoas mais céticas, empreendedoras, que buscam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, acreditam na liderança por meio da competência e trazem consigo o pragmatismo. Além disso, trata-se de um grupo marcado pela inserção das mulheres no mercado e que transformou muitos dos costumes da sociedade contemporânea.

Por sua vez, os integrantes da Geração Y, que vieram ao mundo entre 1984 e 1990, são otimistas, multifuncionais e aprenderam desde cedo a aceitarem a diversidade em suas relações cotidianas. Decididos e autoconfiantes, não pensam duas vezes em mudar de emprego quando já não consideram enfrentar desafios que os impulsionem e ainda têm pressa por galgarem novas posições.

E há também a Geração Z, que conta com profissionais de 17 a 20 anos de idade totalmente ligados à alta tecnologia, que aprenderam desde cedo a serem autodidatas e valorizam os relacionamentos virtuais, mas exatamente por causa disto também apresentam dificuldades quando precisam interagir presencialmente.

Qualquer empresa é capaz de perceber que estas diferentes gerações ajudam a compor o quadro ideal para competirem num mercado cada vez mais mutante. O maior desafio dos seus líderes é justamente criarem o ambiente que possibilite às pessoas o espírito de tolerância para conviverem com aqueles que se guiam por outros paradigmas e, por isso, podem completá-los.

Na prática, mecanismos e ferramentas que facilitem o gerenciamento dos conflitos que nascem das discordâncias cotidianas entre gerentes mais velhos e subordinados mais novos – ou o inverso – e até entre os pares, já que muita energia é gasta desnecessariamente quando o trabalho precisa ser executado num ambiente de discórdia e conflitos disfuncionais periódicos.

Ao mesmo tempo, da próxima vez que você estiver com vontade de esgoelar o gerente de sua área ou a equipe toda que trabalha contigo por resistirem a perceber o mundo da mesma forma que você o vê, aproveite para rir de si mesmo. Talvez a visão míope seja a sua.

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domingo, 20 de maio de 2012

Marketing Digital e ações para o bom andamento


Por Antonio Savino


A importância do Marketing Digital no ambiente corporativo é muito visível. O comportamento do consumidor mudou, o marketing age de outra maneira e muitas empresas não utilizam o digital como estratégia de Marketing.

O ambiente tecnológico é muito importante para fazer com que a marca continue viva no mercado e as ações digitais levará ao contato diário com o público.

O contato com o consumidor antigamente era feito através das campanhas e muitas vezes o monitoramento só era medido depois de meses. Hoje graças a globalização e a facilidade na compra de celulares e computadores o contato com o público virou diário mídias sociais, email marketing, marketing de busca, blogs e dentre outros fatores online, conseguimos nos comunicar diariamente com o nosso público e principalmente realizar muitas vezes testes antes de iniciar uma campanha pelos veículos impressos.

A pergunta é: Como deverei usar o Marketing Digital?

Fazer um planejamento de marketing digital e feito com muita pesquisa, pensando sempre no consumidor.

"Venda valor, não venda preço" Philip Kotler

Pensar como o seu público se posiciona na internet, que tipo de mensagem ele procura, quais as redes sociais ele freqüenta, se ele tem blog, quais as palavras que ele procura... Monitorar essas ações é uma ação que pode levar alguns meses, mas depois você começará ver o retorno das suas ações diariamente, tanto em divulgação da marca e em conversão.

Ações de marketing digital:

- Crie um site relevante, com bastante conteúdo
- Crie um perfil nas redes sociais que o seu público frequenta e lhe apresente conteúdo
- Crie uma banco de mala direta pensando sempre na autorização de que está recebendo.
- Procure palavras e conteúdo que o seu público que ver

#dica - Para o bom andamento do Marketing Digital, você não deve se apegar a uma só ferramenta e sim na união de várias ferramentas!!!


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sábado, 19 de maio de 2012

Empresas pagam por comentários falsos



Por um lado cresce a discussão pela sustentabilidade, transparência nas relações entre empresas e seus clientes, para um mundo melhor.

Mas por outro, ainda nos deparamos com governos, sociedades e empresas que utilizam ferramentas modernas de marketing e comunicação, visando apenas e tão somente o lucro e pouco se importando com as comunidades e clientes que atendem.

Um exemplo é classificação do hotel Candlewood Suites, perto do aeroporto Love Field, de Dallas, 11º colocado na lista de melhores hotéis da cidade texana no TripAdvisor, um popular site de viagens com comentários e resenhas de clientes. Enquanto no site Expedia, os usuários colocam o Candlewood na 368ª posição. E o jornalista Scott McCartney[i], pergunta: em quais comentários se pode confiar?

Sabe-se que diante da competição e conseqüente aumento na oferta de produtos e serviços, influenciar clientes e consumidores, é uma tarefa cada vez mais importante. Mas não podemos, não devemos esquecer os limites.

Mas nesta reportagem, McCartney escreve "que para os hotéis é forte a tentação de publicar comentários falsos que ajudem a inflar suas classificações, ou até mesmo denegrir a imagem de concorrentes para melhorar suas próprias vendas".

E ainda comenta "o TripAdvisor informa que tem conhecimento sobre empresas que oferecem "fábricas" de resenhas e "gestão de reputação" para alterar as classificações de hotéis dispostos a pagar pelo serviço. Sites como o Fiverr.com estão cheios de pessoas que oferecem lotes de resenhas falsas por US$ 5 ou mais. Alguns hotéis têm oferecido incentivos aos clientes para que escrevam críticas positivas".

O resultado para empresa que administra este site o TripAdvisor, com mais de 60 milhões de comentários, tem sido alvo de críticas. Em fevereiro, a agência governamental que regula o mercado de publicidade do Reino Unido considerou que o anúncio do TripAdvisor, com o slogan "conselhos confiáveis de viajantes reais", era enganador, porque comentários falsos podem ser publicados sem verificação. Agora mudaram seu slogan para "opiniões da nossa comunidade".

Por isso ainda temos muitas empresas, especialmente no Brasil que realizam suas ações baseadas em pensamentos como os do economista Milton Friedman que disse "a responsabilidade social de uma empresa era a maximização dos lucros[ii]". Parecia claro que preocupações sociais ou ambientais só serviam para reduzir esses lucros.

Mas desde o final da década de 1980, a chamada "revolução verde" vem ganhando cada vez mais espaço e importância. Pensamentos e ações como estas, estão sendo mais observadas, reguladas e até mesmo evitadas por parte dos gestores que realmente estão no século XXI. Afinal as empresas que não se anteciparem a estas mudanças, terão que fazê-las pelas exigências das sociedades onde tem suas instalações. Pois, a prevenção de poluição, manejo de produto, marketing e comunicação, não podem mais estar alheios a estas novas exigências da sociedade.

Referências:

[i] Fonte: Scott McCartney | The Wall Street Journal/Valor Econômico, 5/4/2012.

[ii] Milton Friedman, "The Social Responsability of Business Is to Increase Profits", The New York Times, 13 September (1970): 32-33, 122-126.

Publicado em 9-Apr-2012, por Alfredo Passos, no site: www.gestopole.com.br

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Como anda seu tempo?



Uma das maiores dificuldades modernas é a gestão do tempo. Todos reclamam que trabalham mais, tem menos tempo pra si e que falta horas no dia a dia.
  
Isto vale em qualquer tipo de trabalho, sempre parece que falta tempo.

 Na verdade o tempo é sempre o mesmo, temos 24 horas no dia, faça chuva ou faça sol. Dormimos uma média de 6 horas, alguns mais outros menos, mas temos em média 18 horas acordados. Teoricamente, trabalhamos 8 horas ou 10 horas, então teríamos – numa matemática simplista – de 8 a 10 horas diariamente para nós.
 
Então? Como não sobra tempo?
 
Pelo óbvio… Temos que computar o tempo de deslocamento até o trabalho, tempo de alimentação, banheiro, banho, etc. Consumimos umas boas 5 horas aí. Sobram em média 4 horas ainda…
 
Na verdade não sobram, porque usamos mal o nosso tempo.

Tarefas que são simples, mas são chatas, nós levamos um tempo enrolando para não fazer, deixamos mais tempo para tarefas complexas, sendo que só de pensar que são complexas, nos afastamos dela. Quer dizer, nossa mente tem uma boa parcela de culpa pelo tempo de enrolação.
 
Existem reuniões de 2 horas que poderiam ser resumidas em 30 minutos. Porque então levamos 2 horas?
 
Porque, muitas vezes, ser objetivo é ser mal educado. Ser objetivo é não pensar nas pessoas. Ser objetivo é ser chato e ninguém quer ser chato.
 
Outras vezes temos distrações no meio da reunião, conversas paralelas, outros tópicos que não estavam na pauta, por aí vai.

Calma, por óbvio que todos precisamos de distração vez em quando e que tomar um café e bater um papo descontraído faz render mais o trabalho.

Ocorre que tudo tem o seu tempo certo. Se você está no meio de um prazo complicado, o melhor é chavear a porta. Tomar um café e falar bobagens só se for para liberar a mente para pensar no problema sob outro prisma.

O foco nos traz para mais perto da solução. Gerenciar o tempo não é uma tarefa simples, mas pode e deve ser feita, pois gerenciar o tempo, libera mais tempo para outras tarefas igualmente importantes, tais como namorar, passear, sair…

Trabalho é uma das facetas da vida e não tudo nela. Quem vê o trabalho como a única faceta da vida está jogando fora mais do que tempo, está jogando fora a sua vida.
 
Trabalho deve ser um momento dedicado, de valor agregado, de comprometimento com a empresa e seus propósitos. Outro momento é do de lazer, mas ambos são igualmente importantes.

Então, afinal, como anda o seu tempo?

Reflita sobre as ideias deste artigo e busque alternativas para gerenciar melhor o seu tempo. A sua vida agradece.

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr

www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br
 
Fonte/Origem: http://gestao.adv.br/index.php/como-anda-o-seu-tempo/
Nota: as notícias/artigos são responsabilidade de seus autores, conforme fonte/origem mencionada, não refletindo necessariamente a opinião do GestãoAdvBr
Publicado em 4-Apr-2012, por Gustavo Rocha, no site: www.gestopole.com.br

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Aprendendo a aprender



Nas reflexões de caminheiro – acabo de chegar – me ocorreu uma conexão com seletiva e respeitada equipe para complementar com uma mensagem construtiva que não foi dita: Sonhe! Acredite! Empreenda!

Tenha a Coragem de Errar! Corra Riscos! Aprenda a Pensar! Seja Curioso! Analise suas Forças, esqueça suas fraquezas! Esteja atento às Oportunidades! VOCÊ é ÚNICO no MUNDO! Assim, não permita que ninguém faça por você: CONSTRUA SEU FUTURO! Afinal, é lá que você vai passar o resto dos seus dias!

É uma mensagem para todos, mas corre particularmente na demanda de mentes brilhantes, carência de todos nós. Mentes capazes de promover a construção de um futuro melhor. É essa a missão. É esse o compromisso.

Precisamos nos encontrar urgentemente com o futuro. Com o desejo por mudança. Assumir compromisso e a responsabilidade na medida da qualificação de cada um.

É fundamental estar atento às armadilhas da normose e dos paradigmas. Precisamos estar a toda fração de segundo, alerta em todos os sentidos, e extremamente vigilantes.

Todos os seus sentidos, incluindo a intuição, são importantes para não deixar passar oportunidades de evolução e de crescimento, pelo simples e racional entendimento de que o costume e a experiência mostram o caminho.

Raramente temos tempo para avaliar e debater tudo que é valioso em nossas vidas. O pragmatismo, este em si já um paradigma, se sobrepõe à criatividade e a imaginação para gerar soluções mais criativas e imaginosas.

Outra reflexão: se algum louco lhe procurar com uma idéia, um pensamento, com proposições inteiramente diferentes e que não cabem no raciocínio e nos paradigmas atuais, PARE, OUÇA, AVALIE.

As oportunidades estão nos detalhes. E têm sido os loucos – se loucos são os que pensam diferente de todos – que têm contribuído para a evolução do mundo.

Lembrar ainda que o sucesso de sua missão deve convergir e resultar em melhoria da qualidade de vida das pessoas que estão bem próximas de nós.

E ainda que, todas as nossas atitudes e posturas – pela visibilidade inevitável – estão sendo observadas. E serão copiadas, pelas gerações que estão em formação.

Aqui sua missão ultrapassa o pragmatismo para se transformar em vitrine como exemplo de integridade e educação política.

Enquanto não for substituído o paradigma da racionalidade que entorpece a intuição, impede a inspiração e bloqueia a criatividade, serão considerados loucos, os que abraçarem estudos sobre a mente e a inteligência universal.

Quem tem a coragem de pensar e aprender sabe do que falo. É de uma Paraíba carente de valiosos e sábios princípios e ensinamentos! Tem sido enorme o processo deseducativo que tem nos alimentado nos últimos tempos.

“O futuro das organizações – e nações – dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente.” Peter Senge

Palestrante e Consultor Especializado em Planejamento e Gestão Estratégica. Autor do PROJETO EMPREENDER - Microcrédito Administrado pelo Município que vem fazendo sucesso em boa parte do país e de um Plano de Gestão, simplificado, contudo eficaz e efetivo, para aplicação imediata em organizações públicas ou privadas. Já vem sendo adotado, com sucesso!

Acesse também:  MNConsultoria

Publicado em 3-Apr-2012,  por Mauro Nunes, no site: www.gestopole.com.br

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Postura Profissional


O desenvolvimento e a construção de imagem profissional adequada requerem posturas, hábitos e atitudes adequadas com a dinâmica do mundo empresarial. De forma que terão mais sucesso e destaque no mundo do trabalho os profissionais que sabem respeitar as regras da etiqueta corporativa. A ETIQUETA CORPORATIVA objetiva estabelecer regras de comportamento e maneiras adequadas que facilitem uma melhor interação entre funcionários, clientes e pessoas relacionadas ao ambiente profissional.

A base da ETIQUETA CORPORATIVA são as regras da boa educação e da melhor convivência entre as pessoas no ambiente empresarial, pois, ela torna as pessoas mais sociáveis, simpáticas e abertas, contribuindo para um desempenho profissional de sucesso.
 
As mudanças constantes ocorridas no competitivo mercado de trabalho obrigaram as pessoas a reverem seus hábitos e posturas no ambiente empresarial, ampliando a consciência da coletividade, da interação e convivência com o outro e da cidadania, já que o comportamento individual é percebido por todos, e define uma IMAGEM. Todos nós temos uma IMAGEM que transmite MENSAGENS ao nosso meio social e profissional. Cuidar desta IMAGEM e das MENSAGENS transmitidas é de suma importância para o sucesso profissional, mas nem sempre as pessoas tem consciência da IMAGEM que transmitem. E é justamente a ETIQUETA CORPORATIVA que vai ajudar as pessoas a agirem com discernimento evitando erros e gafes, que podem comprometer sua IMAGEM no ambiente de trabalho.


silvanalagesconsultoria@gmail.com.br
 www.silvanalages.com.br
 Cel.: 31 9182-8252- Fabiana Nardy

Do site: www.saesp.com.br

terça-feira, 15 de maio de 2012

A comunicação que não comunica


 
Nada como perceber as potencialidades e fragilidades das empresas por meio do diagnóstico de nosso dia a dia. As empresas são feitas de pessoas. Pessoas têm potencialidades que precisam ser mantidas e também pontos fracos que necessitam de atenção. O corriqueiro e o cotidiano sempre nos ensinam coisas incríveis. Nos pequenos frascos é que encontramos os grandes perfumes, já dizia minha falecida mãezinha.
 
Estava na segunda-feira de Carnaval trabalhando para diminuir as pendências da empresa que possuo, juntamente com meu sócio e minha secretária. Lá estavam outros dois funcionários e um prestador de serviços fazendo reparos na Internet e na rede da empresa. Resolvi que deveríamos construir uma agenda compatível com nossos compromissos e, para tanto, precisávamos organizar os nossos contatos.
 
Peguei a pilha de cartões de visita, recebidos por mim e também os contatos do meu sócio e comecei uma triagem por categoria de contatos. Dos meus cartões, fiz a classificação rapidamente, pois conhecia cada um dos contatos. Já os do meu sócio, foi mais complicado. Aí veio a revelação: muitos dos cartões eu não pude classificar porque não havia no cartão qualquer indicação da atividade da empresa. Lindos cartões por sinal. Caros até, mas cuja finalidade ficou perdida. Ao perguntar para meu sócio do que se tratavam os cartões que separei, ele mesmo teve dificuldade para se lembrar do que se tratavam.
 
Duas dicas aqui: a primeira é a de que, já que pretendemos arrasar na arte e na criação dos nossos cartões de visita, que eles ao menos possam transmitir a mensagem com competência. E a segunda: sempre que recebemos um cartão de visita, o ideal é que façamos anotações que possibilitem nos lembrar da pessoa, da empresa e do objetivo do contato.
 
Outras coisas gritam pela nossa atenção. Não é certo, nem nunca será, que todas as pessoas irão associar uma determinada propaganda, outdoor, cartaz ou qualquer outro meio de divulgação, às nossas atividades e à nossa empresa. O que está claro para nós, não necessariamente está para os outros. Então, que sejamos coerentes nos dizeres, claros e objetivos na mensagem e que, principalmente, todos possam compreender quem somos e a que viemos.
 
Isso também se estende para as declarações de visão e missão da empresa. Outro dia, em uma de minhas aulas, dei o seguinte exemplo de visão: nossa empresa quer ser a maior, mais feliz e mais lucrativa do país. Ora, se a visão tem o objetivo de comunicar o que a empresa é, no que essa declaração que acabei de citar diz? Nada. Qual é a empresa que não quer ser grande? Qual delas não quer ser feliz, ainda que felicidade seja algo muito relativo. E ainda, qual empresa pretende não ser lucrativa, ainda que seja sem fins lucrativos?
 
Toda declaração de visão deve explicitar de forma muito clara e objetiva o que a empresa é, ou seja, a que ramo pertence, se é nacional ou estrangeira, se é multinacional ou não, o porte e, principalmente, o que ela faz. Industrializa o quê, comercializa o quê, presta serviços em quê? Vende para o varejo? Atacado também? Enfim, diga tudo o que de fato apresenta a empresa e não gera dúvidas.
 
A mesma coisa para a missão, aquela declaração que pretende fazer compreender para que serve a empresa, qual a sua razão de ser, qual diferença faz ela existir mesmo que muitos concorrentes já façam a mesma coisa. Significa explicitar as melhores formas de se fazer algo em consonância com a visão. Uma complementa a outra e não se confundem.
 
Mas as empresas continuam insistindo em comunicar sem se fazer compreender. Certa época, uma grande empresa de chocolates, veiculou nas telas das emissoras de televisão uma propaganda de bombons que era uma gracinha. Bons atores, enredo inteligente e que custou uma boa quantia para permanecer no horário nobre. O que faltou? Foco!
 
No final eu perguntei para a minha família reunida na sala de TV: qual era o produto que estava na propaganda mesmo? Todos me olharam e somente um respondeu: bombons, mas não me lembro a marca....
 
Comunicar bem é a chave. Não só na empresa, mas também na vida pessoal, no dia a dia, nos nossos relacionamentos. É muito comum as pessoas se desentenderem porque alguém não disse o que precisava ser dito. Eu mesma já fui vítima desse desencontro de informações. Um pensa uma coisa, enquanto o outro está pensando algo totalmente diferente.
 
Sucesso!

Claudia Fonseca Rosès é professora universitária, consultora de negócios e diretora do Instituto de Educação Fonseca Rosès – IFR. O IFR tem para você Administrador, bem como para seus familiares e amigos, cursos de capacitação, palestras e encontros que poderão contribuir para uma carreira bem sucedida. Conheça o nosso site e faça um contato conosco: www.institutofr.com.br – institutofr@uol.com.br
 
Do site: www.saesp.com.br

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Equipes autogerenciáveis - modismo ou solução?

O aumento da necessidade de se envolver um maior número de funcionários em prol dos objetivos da organização, move os gestores no sentido de se criar mecanismos suficientemente capazes de extrair o melhor de cada colaborador de forma autonoma e produtiva.


A intensa disputa por mercados tem forçado constantemente os gestores a formularem novas alternativas que possam de alguma forma contribuir para a maximização dos dividendos, mas acima de tudo possam garantir uma maior longevidade a estas organizações. E não é raro o surgimento de estrangeirismos para denotar movimentos, ações ou mesmo estratégias pautadas na geração de resultados positivos.

Porém, recentemente muito tem se falado na importância da gestão compartilhada e das equipes autogerenciáveis, temas tão abordados por estudiosos e profissionais de recursos humanos, terreno ainda inabitável da maioria dos gerentes. Mas, afinal o que são essas equipes autogerenciáveis?

Primeiramente, antes de adentrar neste conceito, vale destacar um pequeno detalhe, o porquê da implantação destas ferramentas. Desde os estudos de Maslow e Herzberg, podemos constatar que a motivação do funcionário é um fator preponderante para as empresas pautadas em resultados, uma vez que, segundo algumas visões capitalistas, funcionário satisfeito produz mais e melhor.

Diante disso, muitos foram os estudos que contemplam a necessidade de se elaborar mecanismos que possam garantir esta satisfação funcional, dentre elas as equipes autogerenciáveis, a qual segundo CABANA E PURSER (1998) consiste em implicar os operacionais na elaboração da estratégia e dos processos, diferente do modelo de organização tradicional, no qual os dirigentes tomam as decisões estratégicas e os operacionais colocam em prática.

A implantação desta ferramenta possibilita dentre outras coisas a maior visualização por parte do colaborador do seu trabalho individual como uma parte essencial para um grupo como um todo, logo a não perfeição da sua tarefa contribui negativamente para o fruto do trabalho do grupo. A troca de informações e as ações colaborativas são aumentadas bruscamente, já que agora o todo é o mais importante, neste cenário não há espaços para individualismos.

Entretanto, de acordo com Campbell e Goold (2007), para favorecer as trocas e colaboração, deve-se antes de tudo minimizar o peso das estruturas hierárquicas, de forma a estimular o dinamismo. Segundo eles, é recomendável que se reduza ao mínimo o número de níveis hierárquicos. Em equipes autogerenciáveis os funcionários são os responsáveis pelo planejamento e pela execução das tarefas, bem como a tomada de decisões que possam vir a serem tomadas durante o processo.

Mas, para que isso ocorra o gestor deve assumir o papel de agente facilitador destas ações, promovendo estimulando meios para que estes funcionários possam desenvolver suas atividades, garantindo a coerência nas ações e definindo as orientações básicas para o alcance do objetivo principal da empresa. Logo, o resultado será uma maior assimilação das estratégias e planos corporativos, bem como uma aplicação rápida das ações definidas.

Segundo Barlett e Ghoshal (1998), o modelo clássico de organização de empresas foi construído sobre a homogeneidade da autoridade hierárquica. Com os papéis estando claramente repartidos, os dirigentes definem a estratégia da empresa e decidem a alocação estratégica de recursos, enquanto os operacionais põem em prática a estratégia, traduzindo-a em ações e resultados. Este modelo caiu em desuso, visto a sua inoperância, já que atualmente os pilares que sustentam uma empresa são conhecimento, competências e recursos tecnológicos, que por sua vez acabam por serem copiados com muita rapidez.

Um fato curioso sobre as equipes autogerenciáveis é abordado por Barlett e Ghoshal (1998) que afirmam no conceito de equipes autogerenciáveis, os recursos e responsabilidades devem ser delegados para pequenas unidades autônomas para que se desenvolva uma cultura de autodisciplina e de apoio. Este tipo de organização incita seus colaboradores a agir como se gerenciassem sua própria empresa.

Porém, vale neste momento abrir uns parênteses, deve-se estimular sim a autonomia funcional, desde que se mostre um modelo básico, um molde, um mapa diretivo que possa dimensionar as ações desta equipe, para que não haja fugas ou escapismos que possam comprometer os resultados da empresa e consequentemente aquilo que era para ser solução acaba por se tornam um problema.

Por fim, se está é mais um modismo ou mais uma estratégia empresarial, só o tempo vai dizer, de certo é que empresas que adotam tais práticas colhem bons frutos com o uso desta ferramenta que se usada de forma racional pode sim obter resultados bem acima da média e consequentemente isso representa uma possível injeção de capitais nestas organizações. E para finalizar este bate papo faço uso da letra de uma música que diz assim: “A gente não quer só dinheiro/ A gente quer dinheiro e felicidade”.

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Publicado no site: www.administradores.com.br