domingo, 17 de março de 2013

Medindo a performance da empresa


Após a II Guerra Mundial, as empresas americanas e europeias começam a investir em outros países com maior intensidade em busca de novos mercados. Com o aumento da competição, as empresas são obrigadas a buscar a melhoria de sua  performance e melhorar a qualidade de seus produtos, com o objetivo de obter maior lucratividade e competitividade da empresa no segmento onde ela atua.

Nas últimas décadas, vários programas forma criados para responder os problemas de eficiência, produtividade, e competitividade. Podemos citar os programas de zero defeito; Administração por Objetivos; circulo de qualidade; TQM; PDCA; Manufatura Enxuta; Seis Sigma; KPI; BSC; e tantos outros neste artigo irei abordar alguns destes programas.

Vamos iniciar pelo programa de Peter Drucker (1909 a 2005), que em 1954 lança seu livro intitulado “The Practice of Management” que foi traduzido para o português como – Administração por Objetivos – e em 1988 o professor Jairo Santos da Silva lança o livro denominado, Administração por Objetivos: Uma abordagem prática. Silva comenta que antes do surgimento da APO, os gerentes das empresas eram cobrados por maior eficiência e melhores resultados. Porem todo este processo não era claro, e com o processo APO ficou mais objetivo e participativo. O princípio deste programa é pegar o objetivo principal da empresa e dividi-lo em várias metas – cinco metas para cada departamento – de tal forma que a soma destas metas atinja o objetivo principal da empresa.

Um segundo programa foi lançado em 1980 por Michael Porter que edita o livro denominado “Competitive Strategy” onde o autor busca demonstrar a necessidade dos gestores analisarem a empresa como um sistema aberto, no qual os players, novos entrantes; novas tecnologias; os vendedores; os compradores; e os concorrentes, são influenciadores diretos do resultado da empresa - este sistema foi denominado as 5 forças de Porter – seu objetivos é gerenciar e administrar os fatores que podem influenciar a empresa.

O terceiro programa denominado “DPCA” ou ciclo do desenvolvimento da melhoria contínua ou ainda, ciclo de Deming – Willian Edwards Deming (1900 a 1993) - pois foi ele que divulgou este “sistema”, porem foi Walter Andrew Shewhart (1891 a 1967) que desenvolveu o ciclo PDCA. Este programa foi largamente divulgado no Brasil pelo professor e consultor Vicente Falconi Campos. Entre vários livros escritos pelo professor Falconi que abordam o programa PDCA, destacam: Gerenciamento da Rotina do trabalho do dia-a-dia; Gerenciamento pelas Diretrizes; e TQC Controle de Qualidade Total: No estilo japonês. Para que uma empresa tenha competitividade ela tem que ter produtos, serviços, e atendimento com qualidade, nesta direção, Vicente Falconi durante os anos de 1986 e 1988, pesquisou sistemas de qualidade e em seu livro – TQC Controle de Qualidade Total: No estilo japonês, editado em 1992 afirma que: “Após vários anos de pesquisa considera que o sistema Total Quality Control japonês era melhor para as empresas brasileiras pelo motivo que é simples de entender e implantar”.

O quarto programa e um dos mais recentes é o Key Performance Indicators (KPIs), este programa tem como objetivo a medição do desempenho de uma empresa através de índices ou indicadores de desempenho, ou seja, ao medir o desempenho de uma empresa e compará-los com as de outras empresas – Benchmarking – é possível identificar possíveis problemas, e corrigi-los. O sistema de medição de desempenho através do (KPIs) é um conjunto de métricas tiradas dos objetivos estratégicos da empresa, portanto, ele é uma ferramenta que ajuda os gestores das empresas a alcançar os objetivos traçados pelos acionistas.

O quinto programa é o Balanced Scorecard (BSC), no início da década de 1990, os professores Robert S. Kaplan e David P. Norton, iniciaram estudos sobre medição de performance de empresas americanas. Em 1996 é lançado o livro “Translating Strategy into Action: Balanced Scorecard, e em 1997 é lançado o livro em português com o titulo de A estratégia em Ação: Balanced Scorecard pela editora Campus. Conforme os autores, eles afirmam que, “Os executivos assim como os pilotos de avião, precisam de indicadores – direção - sobre vários aspectos do ambiente e desempenho organizacional, se os quais não teriam como manter o rumo desejado e atingir os objetivos”

O Balanced Scorecard mede o desempenho da empresa sob quatro perspectivas, são elas: a) evolução financeira; b) atendimento ao cliente; c) melhoria dos processos internos da empresa; e d) crescimento da empresa e treinamento. Para que uma empresa tenha vantagem competitiva superior aos seus concorrentes, deverá sofrer grandes mudanças em sua gestão organizacional bem como mudanças constantes em sua medição de seu conjunto de métricas.

O programa com BSC é uma atividade na qual os resultados aparecem no segundo ou terceiro ano após a implantação, requer muita dedicação e disciplina para que a empresa obtenha a tão esperada vantagem competitiva sustentável.

 
Anselmo Buttner, publicado em 10/01/2013, no site: www.qualidadebrasil.com.br

47 anos trabalhando e empresas de renome internacional como: Ford; Alfa-Laval; Schenck; Coca-Cola; KSB; GEA; e APV.

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