( continuação )
Primeiro: Orientação
Os gestores deveriam buscar orientação, os erros estão evidentes e algumas ações podem rapidamente recolocar a empresa nos eixos.
Vaidade, política, teimosia, medo das mudanças criam barreiras que impedem a incorporação e ação de “agentes externos”.
Segundo: Correção
Entramos numa fase um pouco mais delicada e a empresa começa a sentir o impacto financeiro dos problemas.
As linhas de crédito se aproximam de limites perigosos e as garantias começam exaurir.
Terceiro: Socorro
Pronto, cheques especiais esgotados. Todas as linhas tomadas.
Os gestores já não administram os negócios, a ordem é arrumar dinheiro.
A folha de pagamento começa a atrasar, os fornecedores se recusam a entregar material sem pagamento de parte dos valores pendentes, pagamentos em cartório viraram uma constante.
Quarto: Salvação
A situação ficou tão complicada que nem vendendo uma parte do patrimônio a situação mostra possibilidade de reversão.
Já especularam uma possível venda da empresa, mas uma pessoa se interessa só pela marca, outras por algumas máquinas e equipamentos, mas ninguém está disposto a comprar o problema.
As propostas são encaradas como ofensas e os atritos estão a “mil”.
A notícia já é de conhecimento geral e o valor da empresa, se é que ainda tinha algum, despencou.
Quinto: Falência
Por que não tratar a situação em uma concordata?
Quer dar uma sobrevida ao negócio? Pode colocar essa medida no estágio de salvação.
Quando o fato que levou a empresa ao processo concordatário é uma questão mercadológica e não problema de gestão costuma ser mais fácil a superação. A empresa precisa de algum tempo para ganhar fôlego, mas quando a questão é dificuldade de gestão é pouco provável que a situação se resolva.
Valores pessoais e convicções se sobrepõem a questões técnicas.
Nesses casos as pessoas decidem mais para ter razão do que para gerar resultados.
São momentos em que a procura por orientação costuma ocorrer: a crise no último degrau.
A esperança de reversão ficou lá entre o terceiro e quarto passos.
É sempre bom ter desafios profissionais, mas cá entre nós, é bem melhor quando são para superar as barreiras de crescimento.
Muitos gestores quando chegam próximos da meta e não a superam, suspiram e dizem desanimados: - O mercado ta complicado!
Complicado?
Complicado é o quinto estágio que acabamos de ver. Isso sim é complicado!
Publicado em 30/05/2011, em www.qualidadebrasil.com.br
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