terça-feira, 27 de outubro de 2009

Como tornar as reuniões de trabalho produtivas

Especialista dá dicas para que esses momentos não se transformem em perda de tempo

Andreza Emília Marino

Que profissional nunca torceu o nariz ao receber um convite para uma reunião? Ainda mais quando sobram tarefas e falta tempo para concluí-las. Em casos assim, o encontro parece um empecilho e não algo que pode trazer benefícios para a equipe e para a empresa.

“Marcar uma reunião é uma questão de respeito pelo colega que, quase sempre, deixa de fazer uma tarefa para comparecer”, diz Fernando Feitoza, da Across, consultoria especializada em desenvolvimento organizacional.

Para garantir a eficácia desses momentos, ele aponta vários aspectos que devem ser levados em consideração ao agendar, organizar e conduzir uma reunião.

Definição do objetivo“O ponto inicial de qualquer reunião é ter um objetivo claro”, frisa o consultor. Ele é o que pauta a real necessidade desse tipo de trabalho em grupo, quem deve participar e o que vai ser discutido. Quando os objetivos não estão bem definidos, é melhor estudar o assunto e planejar com calma o que deve ser feito.

Mais detalhes Não adianta que a equipe saiba apenas o tema do que será discutido. Ela precisa ter informações sobre o assunto e o que se espera discutir. “Dessa forma, pode-se verificar a necessidade de preparar algum material, levantar informações adicionais e até mesmo confirmar a necessidade da presença de alguns participantes”, esclarece Feitoza. “Precisa-se de um ponto de partida e de um de chegada.”

Precisa mesmo?Graças à quantidade de formas com que os colegas se comunicam entre si – e-mail, telefone ou mensagem instantânea, por exemplo – é importante verificar se há a necessidade de convocar uma reunião ou se o assunto pode ser tratado por outra via. “Caso o tópico seja muito relevante, justifica agrupar as pessoas. De outra forma, pode ser comunicado pela intranet ou por algum boletim”, explica Feitoza.

Participantes“Uma coisa é saber quem é fundamental e outra, bem diferente, é saber quem é desejável”, comenta Fernando Feitoza, da Across. Ter isso bem delimitado evita que as pessoas percam tempo, que não fiquem incomodadas com os convites de reunião e que o grupo se disperse. “É preciso ter respeito pelo tempo dos colegas.”

Reunião ou privacidade?Como a configuração física atual das empresas vêm abolindo as paredes entre um colaborador e outro, muitas vezes, são realizadas reuniões para que as pessoas consigam trabalhar com privacidade e sem incomodar o restante dos colegas. “Isso, no entanto, dá a sensação de que são feitas mais conversas do que o necessário, tanto para que participa delas, quanto para quem apenas observa”, alerta.

Tempo determinado Segundo o consultor, no convite, já deve ser incluída a duração do encontro, para que o profissional possa organizar o restante de sua agenda. O tempo estimado não pode ser muito grande, porque facilita a perda de foco, nem muito pequeno, por ser ilusório, o que impede a correta discussão das pautas e ainda ocasiona atrasos nos compromissos agendados após essa reunião.

Formalidade na medida Conhecidas como as vilãs da produtividade, as regras podem garantir a eficácia. “O excesso de formalidade atravanca, mas a falta dela torna o ambiente relaxado demais. O que era para ser uma reunião decisiva pode acabar virando um bate-papo”, avisa o especialista.

Hora do intervalo Pensar no bem-estar dos colegas durante os momentos de discussão também é atribuição de um bom condutor. Café, água e alguma coisa para comer ajuda a manter o grupo unido quando a conversa é longa. Outra opção é sugerir um intervalo para as pessoas irem ao toalete, retomarem a concentração e descansarem um pouco “Aconselho parar por pouco tempo e manter os participantes por perto, para não atrasar o recomeço”.

Anotações Reuniões produtivas geram decisões e ações delimitadas. Dessa forma, o registro do que foi decidido, bem como a definição dos responsáveis e os prazos de implementação e conclusão de cada tarefa precisam ser registrados. “Caso a empresa não tenha um ambiente tão formal, não acho necessária uma ata. Pode ser apenas a lista dos tópicos, as ações e os prazos.”

Assunto encerrado Saber a hora de encerrar a reunião é muito importante. “Quem a convocou deve observar se os principais pontos foram discutidos, se foi estabelecido um plano de ação e também se as pessoas estão cansadas. Nesse momento, chega-se a um nível improdutivo”, ensina Fernando Feitoza. “Quando isso acontece, a melhor alternativa é encerrar a reunião, mesmo que alguma questão tenha ficado aberta. Cabe avaliar se o que ficou pendente pode ser tratado por e-mail, por exemplo”, sugere.

Fonte:
http://empregos.ig.com.br

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