terça-feira, 27 de outubro de 2009

Internet

Não perca tempo com a Internet no ambiente de trabalho

Recursos on-line podem atrapalhar a produtividade. Bom senso é a regra para o uso

Rachel Sciré


A Internet pode ser uma armadilha para roubar o tempo dos funcionários durante o expediente. Por isso, algumas empresas bloqueiam o acesso a sites com vídeos, redes sociais, programas de mensagens instantâneas ou podcasts. Mas será que esses conteúdos e recursos não podem contribuir para a produtividade de alguma maneira? Apenas vetar o acesso é a melhor saída? De acordo com especialistas, o ideal seria dosar o uso dessa ferramenta.

Christian Barbosa, especialista em gerenciamento do tempo e produtividade pessoal e empresarial, parte de uma pesquisa australiana para comentar os riscos do desperdício do tempo diante da tela de um computador. Segundo o estudo, 20% do tempo gasto com navegação pessoal se traduz num aumento de apenas 9% de produtividade. “É um período muito grande, para um resultado pequeno”, diz.

O especialista, entretanto, é contrário à simples proibição. “É necessário entender que a Internet fará parte, cada vez mais, da realidade das pessoas, então é preciso educar para o uso desta ferramenta”, afirma.

Para tanto, Barbosa recomenda às empresas a adoção de políticas ou padrões de utilização dos recursos. Por exemplo, permitir o acesso no horário do almoço e bloquear alguns sites em outros momentos. “Não é certo proibir, nem liberar tudo. O que é perigoso é permitir a Internet desenfreada e o acesso aleatório.”

Quando começou a trabalhar na empresa atual, a jornalista Kelly Borges sentiu falta da troca de mensagens instantâneas. Ali, são bloqueados conteúdos com vídeos ou música e programas de bate-papo. “A troca de mensagens ajuda a entrar em contato com as pessoas com rapidez. É mais fácil localizar quem está sempre conectado”, diz.

Ao mesmo tempo, ela reconhece que a ferramenta dispersa bastante a atenção. “É inevitável. Os amigos puxam conversa mesmo quando se está ocupado.” Nesse caso, Barbosa sugere a adoção de um programa de troca de mensagens interno - entre os funcionários e apenas alguns colaboradores de fora da empresa. “Já vi casos em que essa ferramenta é muito produtiva, por exemplo, para compartilhar arquivos”, fala o especialista. Kelly concorda, “fiz reuniões com pessoas em outros Estados pelo bate-papo”.

Para a jornalista, no entanto, o bloqueio dos conteúdos parece, algumas vezes, mais atrapalhar do que ajudar a produtividade de seu trabalho. “É bem complicado, principalmente para quem trabalha com comunicação, porque é indispensável ter acesso a determinados materiais”, diz.
Assim também acontece com Alexandre Costa*, que trabalha em uma empresa de pesquisa de mercado, em que o acesso aos vídeos é bloqueado. “A área de TI alegou que era para não sobrecarregar o sistema, mas nós sabemos que as pessoas ficavam assistindo outras coisas, principalmente durante os Jogos Olímpicos”, conta.

Porém, como os funcionários precisam assistir a comerciais de alguns produtos, a proibição dificulta a rotina, de vez em quando. “Aí nós temos que pedir para o rapaz da ilha de edição separar o material, o que leva mais tempo”, explica. “As pessoas abusam e quem precisa, acaba prejudicado”, afirma Kelly.

Dicas para não perder tempo on-line• Quando for navegar, tenha foco no que deseja pesquisar e feche o navegador quando achar o que precisa;• MSN deve ficar no offline ou no ocupado;• E-mail particular pode ser acessado, mas apenas em intervalos distantes, na hora do almoço ou no pós-expediente.* Nome trocado a pedido do entrevistado.

Fonte:
http://empregos.ig.com.br

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