Por Augusto Amato Junior
Temos muitas dificuldades em acreditar no intangível, naquilo que não podemos tocar.
Se nos atentarmos às tribulações empresariais, as primeiras medidas de contenção tomadas visando o fortalecimento do caixa, são os cortes das pessoas que poderiam dar passos criativos e gerarem transformações promotoras de diferenciais.
Marketing, recursos humanos, novos produtos, vão direto para a degola.
Resultado: cegueira total.
Tudo o que poderia abrir novos horizontes, criar processos inovadores, antecipar desejos do mercado de atuação das empresas, passam do dia para a noite ao descaso.
Elas vão então tateando e especializando-se no apagar incêndios cada vez mais reincidentes. O pior é que eles demandam mais tempo, principalmente quando focados nas causas e não nas soluções pertinentes.
Faltam capacidades criativas, inteligências para entender que a longo prazo o fracasso vai atingir maiores proporções.
Não podemos, em hipótese nenhuma, ter a petulância de cortarmos os "braços" que tocavam os clientes e experimentavam suas emoções.
Confiança se edifica custosamente, no dia a dia do bom atendimento e encantamento dos "donos" do negócio, os clientes, e não na entrega de produtos de baixo custo.
Aliás, baixo custo é o sonho desses líderes ultrapassados capazes e conscientes desta perigosa cegueira conservadora. Incapazes de trocar o faturamento certo engessam todas as possibilidades de reposicionamento da empresa.
Grandes donos da verdade tolhem satisfação interna e externa em busca da segurança dos cifrões imediatos, mas com data marcada para a queda.
Tenho muita convicção de que hoje esse tipo de comportamento é um grande "tiro no pé".
Cabe a nós a missão de plantarmos no coração das pessoas que nos rodeiam, que, fazer o novo, criar, ter a coragem do risco calculado, é base mínima para sermos notados como empresas que geram confiança e perenização.
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domingo, 15 de julho de 2012
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