Por mais que grande parte das pessoas cultive comportamentos profissionais de convivência no trabalho, é quando surgem as oportunidades que as faces mudam
A História é cheia de registros sobre disputas de trono. Rômulo matou Remo para virar rei, e em Hamlet, de Shakespeare, acontece algo semelhante. O que quero dizer com isso? Se desde que o homem existe há trapaça, inclusive entre irmãos, nas empresas, atualmente, acontece um movimento muito parecido – guardadas as proporções, é claro!
Por mais que grande parte das pessoas cultive comportamentos profissionais de convivência no trabalho, é quando surgem as oportunidades que as faces mudam. Nestes momentos, certas pessoas ignoram a ética e os bons costumes e fazem de tudo para conseguir o que almejam, sem pensar se isto magoará ou afetará seus compatriotas, o que importa é o próprio interesse.
O que muitas delas não esperam, ou pensam, é que, além de o mercado já se garantir de espalhar as notícias sobre os maus profissionais, essa capacidade foi ampliada com a internet e as redes sociais. Ademais, em certos nichos e profissões, onde o mercado é ainda mais restrito e mais pessoas se conhecem, saber quem são os “profissionais problema” também ficou mais fácil.
O ideal e mais natural é que, caso uma oportunidade de crescimento seja aberta dentro da empresa, e dois ou mais colegas a desejam, é natural que ali se instale uma pequena disputa, saudável e profissional. Naturalmente, o profissional mais qualificado, com melhores resultados e com o perfil que se equipare ao do cargo será o escolhido – o problema está na cobiça e ganância de uns.
Há sim, modos de evitar que sejamos um alvo fácil e constante desse tipo de jogo sujo. O primeiro passo, eu diria, é fazer e ter seu próprio território. Tenha seus limites e se faça respeitar, só tome cuidado para não se tornar arrogante.
Comportamentos com um quê de atrevimento geralmente acabam com desrespeito aos colegas e, desta forma, perde-se credibilidade facilmente. Segundo, não abra sua vida pessoal aos colegas. Ao falar sobre a vida pessoal, você dá subsídios para que comentem, bem ou mal, sobre você - e isso pode ser ruim para sua reputação profissional (e caso alguém queira lhe passar a perna, podem usar esse tipo de informação).
E o principal: foque no seu trabalho. Se há foco, há resultado. E se há resultado, você, seu trabalho e sua reputação tornam-se inabaláveis diante de todos. Isso é se fazer respeitar e valorizar. Seja esperto, cole seu tapete com inteligência no chão, e ninguém será capaz de derrubá-lo ou apunhalá-lo pelas costas.
Autor: Carlos Roberto Conde Junior
Publicado em: 15/07/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br
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