domingo, 15 de julho de 2012

Paralisia Empresarial

Por Augusto Amato Junior

Temos muitas dificuldades em acreditar no intangível, naquilo que não podemos tocar.
Se nos atentarmos às tribulações empresariais, as primeiras medidas de contenção tomadas visando o fortalecimento do caixa, são os cortes das pessoas que poderiam dar passos criativos e gerarem transformações promotoras de diferenciais.
Marketing, recursos humanos, novos produtos, vão direto para a degola.
Resultado: cegueira total.
Tudo o que poderia abrir novos horizontes, criar processos inovadores, antecipar desejos do mercado de atuação das empresas, passam do dia para a noite ao descaso.
Elas vão então tateando e especializando-se no apagar incêndios cada vez mais reincidentes. O pior é que eles demandam mais tempo, principalmente quando focados nas causas e não nas soluções pertinentes.
Faltam capacidades criativas, inteligências para entender que a longo prazo o fracasso vai atingir maiores proporções.
Não podemos, em hipótese nenhuma, ter a petulância de cortarmos os "braços" que tocavam os clientes e experimentavam suas emoções.
Confiança se edifica custosamente, no dia a dia do bom atendimento e encantamento dos "donos" do negócio, os clientes, e não na entrega de produtos de baixo custo.
Aliás, baixo custo é o sonho desses líderes ultrapassados capazes e conscientes desta perigosa cegueira conservadora. Incapazes de trocar o faturamento certo engessam todas as possibilidades de reposicionamento da empresa.

Grandes donos da verdade tolhem satisfação interna e externa em busca da segurança dos cifrões imediatos, mas com data marcada para a queda.

Tenho muita convicção de que hoje esse tipo de comportamento é um grande "tiro no pé".

Cabe a nós a missão de plantarmos no coração das pessoas que nos rodeiam, que, fazer o novo, criar, ter a coragem do risco calculado, é base mínima para sermos notados como empresas que geram confiança e perenização.

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