Agora, o RH ou o chefe diz na lata: “Você está com uma saúde de ferro, todo gás e energia para seguir seu caminho”. Ou seja, nem precisa justificativa para dizer que você está na rua. Por isso, defendo a postura de cada um ser o CEO da própria carreira. A empresa não é e nem pode ser o responsável por sua vida. Seu destino quem faz é você.
Lembro-me de um executivo que entrou em depressão quando não cumpriu as metas de sua área no ano passado e levou um “belo” cartão vermelho de consolo. Simples assim. Ninguém quis saber se a crise tinha afetado os negócios, a mulher estava desempregada e as dívidas batendo à porta.
Da mesma forma que ele ficou surpreso com o tratamento que lhe foi dado, uma amiga confessou-me dias atrás que teve a mesma sensação ao ser demitida, sem saber sequer a razão. “Um belo dia, minha chefe volta de férias e diz que posso ir para casa. Eu precisava apenas passar no RH e ver como ficaria o plano de saúde", disse-me.
Por outro lado, esse cenário perverso vem levando as pessoas a atitudes extremas, como falta de comprometimento e de ética. Muitos não hesitam em tocar projetos paralelos, em falar mal da empresa fora do ambiente corporativo, em trocar de emprego como mudam de roupa, em “roubar” clientes quando vão para a concorrência, em levar equipes inteiras se recebem um convite de fora.
Infelizmente, o cenário é um tanto quanto assustador. Ninguém respeita mais ninguém. Na selva de pedra, quem vence é aquele que for mais esperto, passar o colega para trás, tirar o chefe da jogada, não ameaçar a liderança, tirar proveito de onde está. Onde vamos parar desse jeito?
Publicado por Julio Sergio Cardoso, em 21.06.2010
no site www.gestopole.com.br
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