segunda-feira, 5 de julho de 2010

O poder do criador e da criatura na gestão empresarial



Você já se deu conta de quantas obras conhece, admira, sem identificar o criador?

Podemos falar em músicas, poesias, histórias, quadros, esculturas, edifícios, pontes, bens de consumo como sabão, sabonete, pasta de dente, desodorante, computadores, softwares, sistema de gestão e muitos outros.
Podemos dizer que estamos mais encantados com a criatura do que como criador? Não restam dúvidas.
Em muitos casos é mais fácil lembrar da criatura que do criador. Lembramos o nome de um romance famoso, mas temos dificuldades de lembrar de quem o escreveu.
Em momentos de grande alvoroço pela obra fixa-se, reforça-se a lembrança do nome do criador , momento em que a criatura cria o criador.
Na gestão empresarial a situação não é diferente, suas obras farão mais por você do que toda força que possa imprimir.
Visitando as cidades mineiras vamos encontrar uma enormidade de obras de Antonio Francisco Lisboa, conhecido como o Aleijadinho, contudo sabemos que muitos detalhes não foram executados diretamente por ele, muitos foram delegados e supervisionados, porém este detém todo o mérito da criação, lembrança e respeito.
Indo a Congonhas ( antiga Congonhas do Campo), nos deparamos com os 12 profetas no adro da Igreja do Senhor do Bom Jesus, esculpidas em pedra-sabão, e caso não saiba e lhe informem que é de aleijadinho jamais esquecerá, este é o momento em que a criatura cria o criador .
Sem dúvidas a adição de competência para a realização daquela obra foi enorme, tornando-se esta mais reverenciada que o próprio criador.
Uma antiga frase diz que não importa o que você sabe, mas o que faz com o que sabe e suas obras ratificam isso e lhe dá autoridade.
Poder com autoridade solidifica seu comando, poder sem autoridade o fragiliza, isso suas obras podem fazer por você, sem que seja necessário trabalhar apenas a duas mãos.
Há um programa de televisão chamado American Chopper onde pai e filho constroem motocicletas personalizadas e pode-se ser ver todo o processo de criação. Apesar de toda dureza e imposição do pai no dia-a-dia seu poder vem de sua criatividade e dos produtos que cria e não das ordens que dá .
Um exemplo de conflito que a obra apaga é a pintura dos afrescos da Capela Sistina, executada entre uma briga e outra entre Michelangelo e o Papa Julio II.
Cria-se neste caso uma relação difícil, mas interessante de ser analisada: Um confronto entre a intolerância e aceitação.
É impossível não encontrarmos nas empresas projetos e pessoas que enfrentaram momentos de intolerância e por serem aceitos tiveram sucesso.
Acredito que todos já ouviram a famoso frase : “O cavalo veio para ficar, o automóvel não passa de uma moda passageira “.
Neste caso a obra superou em muito seu criador, dando-lhe um poder enorme .
Estima-se que em dez anos a criação terá tanta importância como o tema da qualidade hoje, daí virá o poder da empresa com inovação e o seu como gestor.
Mais do que nunca um dos aspectos para o sucesso empresarial será a adição de competência que demanda sem nenhuma dúvida experiência.
Alguns aspectos nas administrações começarão a tomar uma outra conformação, como guerreiro um jovem, como general um sábio.Com isso deixaremos de negligenciar um terma importante neste país e nas nossas empresas: A experiência.

Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ivan@postigoconsultoria.com.br

Fonte: www.gestopole.com.br

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