sábado, 8 de outubro de 2011

Um NOVO executivo! E agora?


O mercado quer pessoas que são capazes de alavancar a empresa. O novo executivo foi contratado exatamente para isso, pois, geralmente, além de apresentar excelente performance, está tanto preparado para entender a empresa em que irá atuar como também entende muito do mercado. Mas iniciar as atividades como executivo em uma determinada empresa não é uma tarefa nada fácil. Exige muita resiliência, perseverança, otimismo, determinação, iniciativa, foco, sabedoria, equilíbrio emocional e visão estratégica para ele consiga resistir e permanecer nesta nova empresa, mesmo em meio a todos os obstáculos que porventura surgirem.

Entretanto, até que se conheça o novo executivo, a onda de protestos por parte de alguns do corpo integrante da mesma empresa sempre se inicia quando este episódio acontece, principalmente quando o profissional que se desligou da empresa tem muita amizade com os demais integrantes que permaneceram. Chega a ser visível aos olhos, o estado de nostalgia, de descrédito, de falta de parceria e de um péssimo tratamento ao executivo iniciante, o que poderá causar um tremendo mal-estar tanto ao grupo de profissionais da empresa quanto ao novo integrante.

Pode-se perceber que a falta de maturidade profissional ainda impera, e muito, nas empresas.  A razão é simples: não podemos comprá-la, arrendá-la ou alugá-la, pois somente com uma vivência empresarial de qualidade é que se adquire a Sra. Maturidade. Enquanto isso, os estragos vão sendo feitos e quem leva o maior prejuízo é a própria empresa.

Vale ressaltar que a integração junto às demais “pratas da casa” é imprescindível. Se estas não permitirem essa soma, o trabalho fica difícil de ser resolvido, pois, na empresa, um departamento precisa do outro para sobreviver. Todos deverão atuar de maneira interligada, interagida e inter-relacionada.  Assim, todos deverão trabalhar de forma integrada, juntos, somando forças, habilidades, conhecimentos e talentos em prol do alcance de um só objetivo: o objetivo da empresa. Logo, ficar com rixas, picuinhas e agir com malvadez na tentativa de derrubar o novo executivo integrante do grupo é uma atitude impensada, de muita falta de inteligência e de tremenda falta de maturidade e ética, pois a maior prejudicada é a própria empresa.

Certamente, ser receptivo faz parte da educação, e educação também é uma variável importantíssima em nossa vida que não podemos comprar nem alugar, mas que se adquire. Tratar mal o novo executivo, com desdém, frieza, mau humor, em nada adiantará. Lembre-se que a tomada de decisão já foi realizada pela presidência e que o novo executivo foi reconhecido pela empresa. Assim, agora é hora de somar, e não de subtrair forças.

É preciso estarmos atentos e conscientes de que estamos na empresa para trabalhar. Especular a vida do novo executivo toma tempo e irá prejudicar o desempenho do próprio especulador, pois, o tempo na empresa do século XXI vale ouro e assim, enquanto ele especula a vida do novo membro da equipe,  suas próprias atividades ficam de lado.

Com frequência, o colaborador inteligente e que possui certa maturidade realiza uma aproximação com o novo executivo, pois sabe que se assim o fizer, além de poder demonstrar seu desempenho profissional e seu potencial, sabe que todo processo organizacional fluirá com mais facilidade e o resultado virá com maior rapidez.
Vale salientar que, ao iniciar suas atividades na empresa, o novo executivo marque uma coletiva na empresa para falar de suas expectativas, atribuições, objetivos e estratégias em prol dos mesmos, mas não provocando mudanças nesse primeiro momento. Sabemos que toda e qualquer mudança gera certo desconforto, dor, insatisfação e até mesmo revolta. Portanto, o novo executivo deve empreender as mudanças no momento certo, e não nesse momento inicial.

Além disso, é importante lembrar que toda estratégia de ação, bem como planejamentos e programa de investimento do novo executivo, deverá estar atrelada às políticas da empresa e do país, caso contrário, mesmo com ótimos resultados, ele poderá perder seu novo cargo com muita rapidez.

Depois de todas essas reflexões, torna-se de suma importância dizer que este novo executivo deve trabalhar para transformar todos os profissionais da empresa em tremendos aliados, em verdadeiros parceiros, pois o alcance dos resultados virá por meio da ação de todos os envolvidos no processo. Dessa forma, implementar uma política na empresa em prol de todos os líderes, trabalhar para conquistar, manter e reter excelentes profissionais é fator sine qua non para o sucesso.

Autora: Marizete Furbino

Publicado em: 14/09/2011, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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