Agronegócio, que riqueza nós temos.
Um empreendimento no qual de grão em grão podemos exportar o pó!
Quando usamos a frase, algumas pessoas imediatamente entendem, outras ficam pensando que enlouquecemos. Talvez um dia, por enquanto ainda não!
Não precisa necessariamente ser o pó, pode ser o suco, a massa, o doce, a pasta, ou o que quer que possa ser feito com a safra.
O fato é que à colheita precisamos adicionar trabalho, que gerará o produto, então exportá-lo.
Com toda matéria-prima que dispomos, porque não incentivar essa indústria?
Não é estranho e insensato exportar o milho e importar o bolo?
Como diz um amigo: - Façamo-los nós mesmos, ainda que muitos não comamo-los aqui! – Arcaico?
O primeiro ponto a ser observado é a visão. Nossa visão á agro?
Gostamos disso ou agro é nossa condição de subsistência?
Vamos deixar de conversa fiada e consertar o velho ditado, pois ferreiro que é ferreiro, em casa não tem espeto de pau, não!
Se tiver, o “cabra” pode estar ferreiro, mas que não é, não é.
A visão agro é que vai estabelecer se, como empreendedores, estamos ou somos empresários do segmento.
Reconhecendo e identificando-nos com a visão, precisamos nos ater à nossa missão, que deve ser macro. Transformar o segmento em indústria. Indústria sim, compreendendo o campo e as fábricas.
A aplicação dessa competência é que gerará o produto de exportação. Não o milho, mas o bolo. Com um referencial importantíssimo: “Made in Brazil”.
Made in Brazil, “produto” de uma visão e missão!
E, se tivermos dificuldades para entender a questão, não percamos tempo, exportemos os grãos, adição de valor não é nossa visão.
A rima não tem nada a ver com competência, é apenas produto do acaso.
Entendida e aceita a missão, a ação é micro.
Desenvolver, incutir, difundir e aprimorar essa cultura.
Ombro a ombro, máquina a máquina, acre a acre, safra a safra.
Regras claras, preços certos, lucros justos.
O detalhe: os pequenos e importantes pontos é que dão substância ao conjunto.
Certa vez vi, em uma negociação, o cliente “apertando” o fornecedor para obter mais descontos.
Este disse: - Em todas as negociações você sempre reduz um pouquinho meu preço.
O cliente rindo respondeu: - Faz parte do negócio!
Muito sério, continuou o fornecedor: - Acabo cedendo porque preciso, mas gostaria de saber o que acha do meu produto e até quando gostaria que lhe fornecesse.
Este ficou sério, preocupado, e respondeu: - Você é o meu grande parceiro, não falha nas entregas, a qualidade é impecável!
E o fornecedor: - Bom, tenho, então, uma proposta, você fará o preço pelo qual comprará, de forma que eu possa ser recompensado, até lá esta será a última entrega.
Você deve estar pensando: continuou fornecendo? Não naquele momento.
Fornece hoje? Sim, mas a retomada não foi das mais fáceis. Arriscaria dizer que estaria pagando um preço menor se não tivesse feito tanta pressão.
São parceiros?
Também quis tirar essa dúvida, então ouvi ambos.
O cliente: sim, claro. Temos a liberdade de estabelecer o preço pelo qual compramos!
O fornecedor: não, não somos parceiros. Apenas o atendo quando suas propostas para compra são interessantes.
Micro ação?
Não!
Micro visão!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
Publicado em 26-Nov-2011, no site: www.gestopole.com.br
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