sábado, 12 de junho de 2010

Administrador, um profissional em construção VI


[ continuação ]


Por Uélson Kalinovski




Porém, o professor Silva, coordenador da Uniesp, explica que a escolha dessa modalidade de ensino pode ser a solução para quem deseja uma formação rápida. “O curso técnico é
interessante para profissionais que estão há anos em uma empresa e precisam adquirir, com
rapidez, um novo conhecimento específico ou atender aos requisitos da companhia na concessão
de promoções. Por outro lado, é inadequado a quem almeja um aprendizado completo que o qualifique como profissional capaz de assumir posições importantes dentro da nova realidade das empresas”, observa o professor.
Outro fator na análise da questão “profissionais de Administração X necessidades de mercado” é encontrar uma fórmula mágica para que as mais de 1.500 escolas de Administração do País estejam preparadas para formar esse pessoal. De acordo com o professor e administrador
Hamilton Luiz Correa, coordenador do curso da FEA/USP, investir no aparelhamento das
IES e no bom preparo dos professores, proporcionar condições para pesquisa e, principalmente,
estimular o estudante são medidas certeiras para a qualificação dos futuros administradores.
Porém, outras ações mais simples podem ser tomadas: “Cito o exemplo de um centro universitário em uma cidade de tamanho médio, como Votuporanga, no interior de São Paulo. Trata-se de uma região com algumas empresas importantes nos setores de alimentação, de carrocerias de caminhões e de agronegócios e com uma população com razoável poder de consumo. Analisando o perfil econômico e as necessidades locais, é possível estabelecer que o administrador que vai trabalhar ali não precisa ter as mesmas características de quem exerce função similar em São Paulo. São outras as necessidades, os estilos de trabalho e as formas de relacionamento.
Nessa linha de pensamento, esse centro tem que adequar as disciplinas e os conhecimentos na
preparação de profissionais que atendam a demanda das empresas localizadas ao seu redor. Assim deve acontecer também em todo o País”, observa o coordenador da FEA/USP, que também é conselheiro do CRA-SP.



Da revista Administrador Profissional n° 287, maio/2010

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