quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O tamanho da empresa determina seu potencial de lucro?


 
Crescimento é a palavra que domina o dia dos gestores. As ondas de compras, fusões e incorporações vem e vão.
De tempos em tempos, ser grande é o máximo, quando o mínimo que se espera em gestão é lucro.
Crescer ou não crescer, eis a questão!
 
Alguns pontos merecem reflexão, este exercício você deve fazer na sua empresa. Reúna os formadores de opinião, chame especialistas, debata.
Você pode criar o futuro da sua organização ou ser apenas um expectador do futuro que outros criaram!
Além das nossas fronteiras, há muita gente trabalhando nesse caminho.
Produtos importados não invadem nosso mercado sem razão!
 
Alguns questionamentos são fundamentais:
 
Por que uma empresa busca expansão?
 
Com a competição acirrada, neste mundo globalizado, quem não conquista e não é capaz de manter o que conquistou, é conquistado.
Isso, contudo, não pode ser feito a qualquer preço.
 
Conquista de mercado e aumento de faturamento não significam, necessariamente, lucro ou superávit de caixa. Pode ocorrer exatamente o contrário.
Há um ponto importante a ser considerado, que é clássico em gestão empresarial: uma empresa não quebra por falta de lucro, mas por falta de liquidez.
A expansão pode levar ao comprometimento demasiado do capital de giro, sufocando a empresa, que se endivida continuamente.
 
Não fosse assim, grandes redes não se viam em dificuldades, enquanto pequenas e médias empresas regionais se mostram sadias
 
Abrir mão de lucro é diferente de abrir mão de margem de contribuição
 
A entrada em mercados saturados leva empresas a abusarem de seus próprios limites de redução de preços e oferecimento de descontos.
Essa miopia impede os gestores de perceberem a diferença entre lucro e margem de contribuição. Com isso, a passos largos, caminham em direção ao fracasso.
O exercício para recuperação do lucro costuma oferecer mais flexibilidade do que a recuperação de margens de contribuição, mas a falta de um processo crítico para análise de resultados impede que a questão receba o tratamento adequado.
 
Crescimento da desorganização ou desorganização com o crescimento
 
Para muitos gestores, a empresa uma vez grande, desorganizada, deficitária, com prejuízos, dificilmente permite agir sobre a causa. É exatamente nesse ponto que muitas se ressentem de competência de gestão e se complicam.
Gestão de crise é assunto complexo, demanda decisões de risco, por isso é necessário prevenção. Gestão de crise á assunto para especialistas e pessoas experimentadas.
 
A questão é complexa porque é impossível entender se a expansão de uma empresa é que provocou “o aumento da desorganização e a tornou visível”, uma vez que esta já existia, ou se esta surgiu porque faltou de estrutura e gestão no processo de expansão.
 
Fosse a segunda hipótese, bastaria retroceder e o processo de reorganização seria facilitado, mas não é isso que normalmente se observa.
 
Expansão da empresa como um processo sustentado
 
A expansão de uma empresa precisa ser um processo sustentado, em todas as áreas.
 
O primeiro passo é avaliar com seriedade a visão de futuro.
 
Empresas reativas, que seguem outras por cópia de modelos, costumam enfrentar grandes dificuldades.
A falta de visão leva gestores a entrarem em mercados para os quais não tem talento, nem vocação, criando enormes dificuldades administrativas, acirrando controvérsias e provocando crises que poderiam ser evitadas.
O desenvolvimento dessa visão, entretanto, pode ser feito com adição de competência: contratando-se especialistas que auxiliarão no processo e conduzirão a gestão da empresa com segurança.
 
Expansão precisa de foco e este deve levar em conta segmentos de mercado, consumidores, produtos, modus operandi, não se restringindo à simples clonagens de modelos bem sucedidos da empresa ou de concorrentes, afinal particularidades precisam ser analisadas com muito cuidado.
 
É exatamente o foco que torna empresas regionais concorrentes difíceis de serem superados, pois gera vantagens competitivas.
 
O projeto de expansão de uma empresa precisa levar em conta:
 

    Visão de futuro
    Análise crítica do estágio organizacional atual
    Análise crítica da Capacidade de Geração de lucros Atual
    Análise crítica da Capacidade de Geração de caixa Atual
    Organização e preparação para expansão
    Desenvolvimento de modelo de crescimento com alicerces na estrutura de gestão, segmento de mercados, consumidores, produtos, modus operandi
    Criação de bases de sustentação do crescimento, avaliando cenários otimistas e pessimistas
    Programa de promoção de colaboradores qualificados, recrutamento e treinamento de gestores para o novo cenário
    Orientação continuada para que o processo se consolide

 
Sua empresa quer crescer?
Vai para onde e por quê?
 
Relacione todos os pontos da sua visão e submeta-os à critica. Se forem fortes se sustentarão, se fracos você corre sério risco!

Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo
 Skype: ivan.postigo

Publicado em 6-Dec-2011, no site: www.gestopole.com.br

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