quarta-feira, 14 de abril de 2010

Profissionalização da Governança Corporativa


CRA OnLine n° 37, de 13.04.2010

As diretoras de Learning e Recursos Humanos da consultoria KPMG no Brasil, Maria Cristina Bonini e Lorene Carvalho, estiveram na sede do CRA-SP, em março, para ministrar a palestra sobre o Administrador do Futuro e a Governança Corporativa. O evento abordou temas como a importância de fluxos de produção que protejam a reputação dos profissionais e da própria empresa; e a união, no espaço de trabalho, de gerações de executivos - que podem estar mais de 30 anos distantes umas das outras.
De acordo com Maria Cristina, sistematizar os elementos que garantem confiabilidade a uma empresa é a melhor maneira de proteger os negócios. "Vejam a importância da transparência, por exemplo. Falo da agilidade e credibilidade da informação tanto a clientes e fornecedores como aos próprios funcionários. É elemento-chave na construção de uma marca, que é um bem imaterial de valor inestimável", afirmou. De acordo com ela, o processo de consolidação de um nome passa pela determinação de valores que norteiem o trabalho e a adoção de comportamentos que sustentem essa imagem.
"É incrível como uma fofoca no espaço de trabalho pode virar um problema enorme. Ou mesmo, uma demissão mal conduzida. Um funcionário ou ex-funcionário descontente que inicie uma discussão sobre os problemas da empresa em uma rede social, o Orkut, por exemplo, pode criar um processo que acaba com uma marca. Restabelecer a credibilidade pode levar anos", completou Lorene.
São situações que podem parecer óbvias para o executivo da nova geração, acostumado com a atual velocidade de troca de informações, mas que poderiam surpreender um administrador da velha guarda. "No entanto, precisamos notar que os recém-formados são de uma geração que, mais do que nunca, precisa de tutores. Eles trabalham pela realização pessoal, buscam prazer na profissão, por isso mudam muito de emprego e necessitam de bagagem. Nenhuma tomada de decisões é automática", avaliou Maria Cristina.
"O que é uma boa notícia para os quarentões: está acabando, aos poucos, aquela cultura de não contratar ninguém que já esteja com os cabelos brancos. Tem empresas que estão até chamando de volta os aposentados para que eles transfiram experiência aos mais jovens", completou Lorene.

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