quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Novo Papel da Logística Empresarial

Que Papel o Setor de Logística Desempenha nas Modernas Organizações? Como Eram Divididas as Atividades Logísticas Nas Empresas, Antes de 1950?

Atualmente vivenciamos tempos de muita competição entre as organizações, onde qualidade e preço são bastante parecidos e, nesse contexto, o papel desempenhado pela Logística Empresarial é cada vez mais relevante.

A Logística no Brasil está passando por um período de mudanças, tanto as práticas empresariais quanto em termos de eficiência, qualidade e disponibilidade da infra-estrutura de transportes e comunicações – elementos fundamentais para uma Logística moderna.

O ambiente altamente competitivo aliado ao fenômeno da globalização vem exigindo das organizações maior agilidade, melhores performances e a constante procura pela redução de seus custos.

E, nesse universo de enormes exigências em termos de produtividade e de qualidade no atendimento, a Logística passou a assumir um papel de fundamental importância entre as diversas atividades das organizações.

Até meados de 1950 a Logística permaneceu em estado latente, não havendo uma filosofia que pudesse conduzi-la com eficácia. E, nessa época, as organizações dividiam as atividades logísticas em diferentes áreas, o que causava certos conflitos:

    Os “transportes” ficavam à cargo da “gerência de produção”.
    Os “estoques” eram responsabilidade do “marketing”, “finanças” ou “produção”.
    O processamento dos pedidos era controlado por finanças ou produção.

Mas, entre 1950 e 1970 houve certo avanço na teoria e na prática da Logística Empresarial, uma vez que alguns professores de Administração e de Marketing passaram a alertar que as organizações estavam muito mais interessadas na compra e na venda do que na distribuição física de seus produtos.

No campo acadêmico, somente algum tempo depois é que a Logística Empresarial se transformou em uma disciplina a ser estudada em Administração. E, o fato que tornou isso possível, foi quando se verificou que o alto custo do transporte aéreo não impedia o uso desse serviço, mas que o ponto forte para a sua aprovação seria seu menor “custo total” – proporcionado pela soma das taxas do frete aéreo e pelo menor custo em razão da diminuição dos estoques, derivado – por sua vez – da maior velocidade da movimentação via aérea.

A partir da década de 70, a Logística Empresarial ficou mais madura, uma vez que já proporcionava determinados benefícios às empresas. Mesmo assim, as organizações ainda se preocupavam mais com a geração de lucros do que com o controle de custos.

Contudo, alguns eventos contribuíram para a referida maturidade da Logística tais como a competição mundial, a falta de matérias-primas, a súbita elevação dos preços do petróleo e o aumento da inflação.

Dessa forma, houve certa “mudança de filosofia”, a qual passou de estímulo da demanda para uma melhor gestão de suprimentos.

A partir da década de 80, o desenvolvimento da Logística foi mais marcante em virtude de fatores como a explosão da tecnologia da informação, das alterações estruturais nos negócios – e na economia – dos países emergentes, na formação dos blocos econômicos e no fenômeno da globalização.

Atualmente, embora o foco da Logística ainda esteja centrado nas operações manufatureiras e comerciais, é certo que as empresas que produzem e distribuem produtos (e serviços), se beneficiem dos atuais conceitos – e princípios – logísticos, procurando adaptá-los ás suas novas necessidades.

O Papel da Logística nas Modernas Organizações

Nas modernas organizações, a Logística exerce a função de responder por toda a movimentação de materiais, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente e, sendo assim, suas atividades podem ser divididas da seguinte forma:

q  Atividades Primárias: são essenciais para o cumprimento da função logística, contribuindo com o maior montante do seu “custo total”:

    Transportes: referem-se aos métodos de movimentar produtos. Via rodoviário, ferroviário e marítimo. De grande importância devido ao peso deste custo, em relação ao total do custo da Logística.
    Gestão de Estoques: dependendo do setor em que a empresa atua é necessário um nível mínimo de estoque, o qual atue como amortecedor entre a oferta e a demanda.
    Processamento de Pedidos: determina o tempo necessário para a entrega de bens aos clientes.
    Atividades Secundárias: exercem a função de apoio às atividades primárias na obtenção dos níveis de bens requisitados pelos clientes.
    Armazenagem: envolvem as questões relativas ao espaço para estocar produtos.
    Manuseio de Materiais: refere-se à movimentação dos produtos no local de armazenagem
    Embalagem de Proteção: sua finalidade é proteger o produto.
    Programação de Produtos: programação de necessidades de produção e seus respectivos itens da lista de materiais.
    Manutenção de Informação: ter uma base de dados para o planejamento e o controle da Logística.

Portanto, pode-se deduzir que a Logística vem estudando como a Administração pode melhorar o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição, através de planejamento, da organização e dos controles efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem, os quais visam facilitar o fluxo de produtos.

E, sendo assim, a Logística é um assunto vital para a competitividade das empresas nos dias atuais, podendo transformar-se num fator determinante do sucesso – fracasso – das modernas organizações
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Julio Cesar S. Santos  |  Publicado em: 15/10/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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