domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Evolução do Varejo Brasileiro


Analisando as empresas varejistas brasileiras podemos observar importantes mudanças nesse segmento, paralelamente às alterações dos desejos e necessidades dos consumidores atuais. Nesse sentido, a Revolução Industrial e o processo social da urbanização provocaram o desejo por uma maior quantidade e variedade de produtos.

Estando a população  com as necessidades básicas atendidas, novos desejos – como a socialização e a informação – foram despertados e, na busca da satisfação desses anseios, as compras representavam momentos agradáveis e desejáveis para as pessoas, pois as opções eram escassas.

Este ambiente proporcionou oportunidades para o surgimento e o desenvolvimento de lojas de compra comparada, especializadas nas cidades mais desenvolvidas.

O perfil dos consumidores mudou, pois hoje eles estão buscando obter o máximo de valor pelo menor preço nos bens que adquiriam, pela necessidade de reduzir os custos financeiros.

O preço passou a ser priorizado visando uma transação mais eficiente e, deste novo perfil de consumidor, resultaram as estratégias de custos, no surgimento de novos formatos de varejo. Ou seja, as lojas de departamentos, os supermercados e as lojas de variedades.

Mudanças mais profundas no perfil do consumidor surgiriam em decorrência da Segunda Guerra Mundial. As compras, novamente, se transformaram numa tarefa agradável oferecendo interação social e lazer. Os produtos adquiriram dimensões psicológicas e as compras significavam atender mais a desejos que necessidades.

A experiência da compra era mais valorizada que a mercadoria propriamente dita e, neste contexto, o ambiente propiciava à coexistência dos Shoppings Centers, das lojas especializadas e das lojas de departamentos.

A oportunidade de atender a esta dimensão de desejos e necessidades, gostos e comportamentos faz surgir uma grande diversidade de lojas, as quais passaram a disputar o mercado varejista brasileiro. Além disso, o varejo se transformou num negócio de alta tecnologia.

Quando se compra algo em um supermercado, numa loja de materiais de construção ou em uma loja de eletrodomésticos – por exemplo – é acionada uma seqüência de comunicações eletrônicas e decisões determinantes das quantidades, especificações e demais características dos produtos que serão entregues ao cliente, sobre a reposição nos armazéns, refletindo nas linhas de produção dos fabricantes.

Se o século XX se iniciou sob a hegemonia da indústria, muitos afirmaram que o varejo marcaria o novo milênio, pois ele se tornou o negócio que mais dinheiro movimenta no mundo.

Dessa forma, as atividades varejistas no Brasil vêm se consolidando em ritmo acelerado e um número crescente de empresas já aparece na relação das maiores empresas brasileiras.

Segundo analistas, à medida que as empresas varejistas de expandem elas passam a adotar avançadas tecnologias de informação e de gestão, e desempenham papéis cada vez mais importantes na modernização do sistema de distribuição de bens e serviços e na economia nacionais.

Nas últimas décadas, um intenso ritmo de transformações foi observado nas instituições varejistas brasileiras. Basta retroagir no tempo – até início da década de 60 – e verificar que a maioria dos formatos de “varejo de loja” atual não existia naquela época.

Não se encontravam os shopping centers, os hipermercados, os auto-serviços de materiais de construção, as redes de franquias e, muito menos, as lojas de eletrodomésticos associadas à informática e as empresas globalizadas como Carrefour, C&A ou Wall-Mart.

Publicado em 24-Jan-2012,  por Julio Cesar S. Santos, no site: www.gestopole.com.br

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