segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sucesso, poder, fama e glória



 Todo tipo de trabalho, dos bens de consumo à arte, para continuidade, é necessário que tenha sucesso. Sem sucesso, sem lucro, sem retorno financeiro,  não é possível dar prosseguimento.
 
Há alguns anos, vi uma matéria sobre uma ordem religiosa católica, onde a irmãs são especialistas em aplicações na bolsa de valores, e obtêm excelentes lucros. Quando questionadas se aquilo era correto, a resposta foi imediata: - É dessa forma que conseguimos manter e dar uma boa educação às nossas crianças.
 
Trabalhamos e esperamos ter sucesso para melhorar nosso padrão de vida, realizar sonhos materiais e também ter satisfação pessoal. Afinal, a aceitação e os aplausos também fazem parte das expectativas dos seres humanos.
 
Uma peça de teatro sem aplausos, não terá vida longa. Sem retorno financeiro, sua existência será breve e os atores terão dificuldades para se manter.
 
Fazer esse raciocínio com uma empresa fica mais fácil, afinal, quem não viu o fim de uma organização?
 
Sem sucesso, o empreendimento simplesmente acaba, com ele se vão os empregos e vêm as dificuldades das famílias.
 
Sucesso, quando significativo, possibilita aos empreendedores expandirem seus negócios, com isso aumentam as possibilidades de ação e a razão para que tomem determinadas medidas. Permite agir de acordo com regras que eles mesmos estabeleceram, e, ainda, alcançam o direito à delegação.
 
Isto, em resumo, é poder, respeitando-se os limites da lei e da boa convivência.
 
Sucesso e poder nem sempre atendem as necessidades pessoais, pois muitos precisam de reconhecimento individualizado.
 
Há uma frase para os trabalhos em grupo, que destaca esse conceito, que diz: “O erro é coletivo, mas o acerto individual. Nós erramos, mas eu acertei”.
 
Quem não se contenta com sucesso e poder, busca notoriedade. Por suas ações ou por ações coletivas, que toma para si como forma de ter renome ou fama.
 
Na vida empresarial, esse tipo de comportamento gera dissabores e conflitos, uma vez que estão no palco atitudes, comportamentos e sentimentos de todo o grupo.
 
“Noventa e nove por cento dos resultados obtidos numa empresa são frutos de progressivos ajustes e colaborações coletivas, seja nas suas criações, nas suas realizações, nos seus aperfeiçoamentos, na sua difusão, assim como na sua aplicação”- diz Domenico de Massi.
 
Não é difícil para quem teve sucesso, galgou os degraus do poder e obteve fama, acreditar que esse estado seja eterno. Não fosse assim, as pessoas seriam mais parcimoniosas.
 
Há pouco tempo, lendo sobre a vida das abelhas, vi um texto que dizia: “Uma boa colméia consome dezoito quilos de mel numa temporada, contudo produz quarenta”. Uma boa receita para garantir sobressaltos e temporadas difíceis, não é verdade?
 
A expectativa do ser humano não se encerra com a fama, há um degrau com brilho, esplendor, que pode ser atingido: “A glória”.
 
Que tal ter sucesso, poder, fama, e, ainda, ter a glória de ser reconhecido por feitos extraordinários?
 
Nessa escalada, há um detalhe que, se esquecido, pode colocar tudo a perder: a continuidade do sucesso.
 
Dizem os artistas da música, com muita propriedade, fazer o primeiro sucesso é difícil, agora, o segundo, aí sim as coisas se complicam!
 
Para as empresas, a situação não se restringe ao primeiro ou ao segundo, mas a sucesso sempre, ainda que poder, fama e glória não lhes sejam atribuídos.



Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo

Publicado em 18-Jan-2012, no site: www.gestopole.com.br

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