sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Diferença que Faz Diferença


Desde que comecei a “olhar o mundo, organizar meus desejos profissionais” e trabalhar, aprendi que o “sob medida” não se aplicava somente a bens materiais produzidos para pessoas com porte especial ou que “podiam pagar”.

Observava meu pai atendendo clientes e ele já tinha a prática do relacionamento com clientes muito bem trabalhado (CRM – Costumer Relationship Management) e nem imaginava isso.

Hábitos que ele mantinha:

    Se o cliente precisava de algum produto para levar na fazenda fora do nosso horário de trabalho, normalmente de madrugada, nós chegávamos bem mais cedo na empresa para preparar o material e ele providenciava pessoalmente o café para receber o cliente. PS.: Eu era jovem e ficava meio mau humorada por acordar “mais” cedo, mas aprendi muito com isso........
    Antes do cliente ir embora e durante o café, meu pai conversava muito e com isso sempre encontrava alguma necessidade que o cliente não percebeu.
    Sempre preocupado com as novidades de produtos agropecuários, ele lia todos os materiais que chegavam e, embora não fosse um veterinário ou agrônomo de carteirinha, tinha a prática e ensinou muitos deles com as experiências da vida real.
    Uma outra prática interessante era a da indicação de outros fornecedores. Quando ele não tinha o produto, indicava o concorrente e anotava a informação na “ficha do cliente”. Até aí, sem novidades.... Mas, quando ele fazia novo contato com o cliente, a primeira pergunta era se o fornecedor indicado fez um bom atendimento e tinha o produto. Se sim, ótimo, mas se não, a informação era registrada na “ficha do cliente” e na “ficha daquele fornecedor: não indicar até saber o que houve”.

Com o tempo, fui absorvendo esse modo de trabalhar e passei a me dedicar mais ainda ao que realmente valia: “o relacionamento com os clientes”.

O estudo e a busca constante de novas técnicas e formas de gestão fazem parte do meu modo natural de vida. Mas é o fato de encontrar os “malucos” que topam os desafios que invento e poder praticar que realmente contam.

Logicamente ao longo de tantas experiências, tivemos as bem-sucedidas e aquelas não muito efetivas, mas deram origem a alguma outra interessante.

Um dos maiores ingredientes de uma relação profissional que dá certo está vinculada à franqueza e direção real das atividades.

Mas quero deixar um ponto de atenção sobre o que faz uma relação profissional “azedar”:

    Leilões de interesses: Os ciclos mudam e ter para onde ir é fundamental.
    Memória curta: Desqualificar tudo que foi feito anteriormente em nome de uma novidade só pra ganhar apoio “temporário”.
    Relações profissionais passionais: Quem realmente é influente ou autoridade não divulga.

Portanto criar relações e história, certamente demarca a segurança dos próximos passos pessoais e profissionais.


Ana Carla Castello  |  Publicado em: 01/10/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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