terça-feira, 6 de novembro de 2012

Carreira: que decisões tomar?



O sucesso ou fracasso da sua carreira depende de você. Por mais que não possamos negar a influência que as pessoas tenham em nosso sucesso ou fracasso, a grande responsabilidade pelos resultados é nossa!

Provavelmente você já ouviu e leu isso várias vezes. Então há grande chance disso ser verdade.

É normal a angústia por não saber se estamos no lugar certo, na empresa certa, ao lado das pessoas certas, no caminho certo. Todos nós vivemos essas dúvidas.

Algumas pessoas vão lhe aconselhar a fazer o que você ama, que assim vai ganhar dinheiro, enquanto outras dirão para você aprender a amar o que você faz, pois é desse modo que o dinheiro chega.

É fácil aprender a amar o que fazemos... como também é fácil deixar de amar. Tudo depende dos resultados!

Eu digo para você fazer o que lhe der dignidade e felicidade. Se pensar apenas no dinheiro é provável que perca sua dignidade. E entenda felicidade não como alegria, pois o pai de família que há dias não vê o filho acordado devido ao aumento na produção da empresa na qual trabalha não está alegre com essa situação, mas, certamente sente-se feliz por poder comprar o brinquedo novo que o filho pediu, e por fazerem boas refeições juntos nos finais de semana.

Acredite: você já fez, faz ou vai fazer um monte de trabalhos que não ama, mas, que dão uma boa grana. E, também, já fez, faz ou vai fazer muito trabalho que adora, porém, que dão pouco ou nenhum retorno financeiro.

Às vezes a gente busca carreiras que dão muito dinheiro e acabamos fugindo da nossa essência. O dinheiro que pensávamos ser sinônimo de felicidade tornou-se vilão. Ou, passamos tanto tempo tentando encontrar a carreira dos sonhos que, quando nos deparamos com ela, estamos cansados demais para poder aproveitar o que ela poderia proporcionar.

Outras vezes negamos que continuar fazendo o que amamos é um atraso de vida, pois mal conseguimos comprar feijão e arroz com o que ganhamos, e o que parecia nos levar ao paraíso está trazendo muita dor e sofrimento.

O importante é:

    Continuar fazendo;
    Continuar crescendo;
    Continuar sonhando.

Continuar fazendo por que o mundo está em movimento, e, acertando ou errando, o melhor a fazer é seguir em frente. Nada é pior do que desistir.

Continuar crescendo pelo fato de que, parados no tempo temos a falsa sensação de que pelo menos ficaremos no mesmo lugar, mas, a realidade é que damos um passo para trás todos os dias. Na corrida profissional somos ultrapassados, e, sem perceber, já não temos fôlegos para sequer cruzar a linha de chegada, quanto mais cruzá-la em primeiro lugar.

Continuar sonhando é vital. É mantendo os sonhos vivos que conseguimos realizar boa parte deles. Tropeços, dificuldades, erros não são capazes de fazer parar quem mantém a chama dos sonhos acesa.

Eu sei o quanto é difícil tomar uma decisão profissional, irrelevante a idade que temos: mudar de emprego, esperar mais tempo no atual, pedir ao chefe uma promoção, abrir um negócio próprio, tentar a sorte noutra região e até país são angústias comuns a todos nós.

Alguns jovens sofrem por que as portas não se abrem devido a pouca idade, enquanto que os veteranos sentem calafrios exatamente por terem mais idade.

Se você sente medo de tomar uma decisão em relação à sua carreira, parabéns: você faz parte do clube dos seres humanos. Tomar decisões em relação à carreira causa uma série de medos mesmo, afinal, essas decisões afetam todas as áreas da vida.

Decidir no campo profissional é como quando você maceta seu dedo e a unha fica roxa. Depois de um tempo ela começa a se soltar da pele e você não sabe se a arranca ou se deixa ela ali, quietinha, pendurada, até que caia naturalmente.

Quando vai dormir tem medo de enroscá-la no cobertor e sente dor só de pensar que isso pode acontecer enquanto você dorme.

Sabe que se arrancá-la vai doer muito e tenta evitar essa dor, porém, não arrancá-la também é um martírio, pois a dor é em conta gotas.

O que é certo fazer? Não há certo ou errado a ser feito. Há decisões que precisam ser tomadas.Arrancar a unha pode trazer uma dor enorme, mas, com o tempo a dor passa e a unha cresce de novo. Deixar a unha pendurada faz você sentir doses menores de dor. O problema é que ela é intermitente.

Em ambos os casos, independentemente da decisão, lembre-se: sua unha vai se recuperar, e, no tempo certo, vai nascer de novo, talvez até mais bonita que antes.

Na nossa vida, neste caso, profissional também funciona mais ou menos dessa maneira.

Não se angustie tanto por pensar que a melhor decisão foi a que você não tomou, que o melhor caminho foi o que você não seguiu.

Quanto antes você acertar, melhor, no entanto, como disse, o importante é continuar fazendo, crescendo e sonhando. Não importa sua idade, nem se está dando seus primeiros passos profissionais ou por quantas profissões e empresas já passou. Se tiver que arrancar a unha, arranque. Se decidir ficar com ela pendurada, fique: com o tempo você terá outra unha, outra carreira, outra empresa... e novas oportunidades de transformar seus sonhos em realidade.


Paulo Sérgio Buhrer  |  Publicado em: 08/10/2012, no site: www.qualidadebrasil.com.br

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