quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mais do mesmo?


Por Marco Júnior
Caro leitor, dessa vez abordarei um tema que há muito tempo evito. É claro que em todos os textos que escrevi até o momento, procurei colocar um pouco disso, mas falar especificamente sobre isso é complicado, complexo e principalmente saturado. Estou falando de motivação.


Acredito que mais de 90% dos profissionais assistiram pelo menos a uma palestra falando de motivação. Antes de prosseguir, preciso esclarecer que palestras em ambientes profissionais devem ser motivacionais, o que não quer dizer que falará sobre motivação literalmente. Também é interessante destacar que palestras motivacionais não precisam ser apenas aquelas de auto-ajuda em que cada slide trás uma frase do tipo "Você pode", "Nós conseguimos" e "Não desista" com belas paisagens e um vídeo de um deficiente físico que consegue realizar algo comum que geralmente ninguem espera.

Quero trazer dois aspectos negativos de uma pessoa quando o assunto é motivação em sua carreira profissional. Não quero diminuir a motivação que você tem, querido leitor. Mas a magia dela só acontece com luta e pés no chão. Por isso é preciso abordar os vieses negativos que vem da postura de muitos quando falamos desse tema.

Existe o profissional "filhinho do papai", que precisa de mimos. É aquele que se diz motivado através de recompensas. Como é bom, principalmente na área de vendas, conquistar um prêmio por atingir a meta - mas como isso é um perigo! -. Se você apenas sente sua motivação estimulada por esse método, tome cuidado. Pois quando uma vontade é atendida, a seguinte satisfação precisará de algo maior. E empresa alguma consegue ficar oferecendo frequentemente prêmios cada vez mais valiosos aos seus colaboradores.

Há o profissional "barra da saia da mamãe". É aquele que depois da maioridade, acha que a empresa deve ser como sua mãe que irá levá-lo a escola, cuidar de sua carreira, pagar seus cursos e que por tal motivo, não toma atitude para nada. E o pior desse tipo de profissional é que não aceita trabalhar em uma empresa que logo de cara pagará um curso a ele, além de questionar a imagem da organização por conta da falta desses benefícios imediatos, dizendo que a empresa não liga para a motivação de seus colaboradores. Meus caros, desde o primeiro texto, eu deixei claro que a qualificação caso oferecida pela empresa, é algo estratégico, é investimento. O que não quer dizer que seja obrigação dela.

A motivação está dentro de cada um. Não há uma pessoa que coloque motivação em você. É claro que existem fatores externos que influenciam e estimulam nossa motivação. Mas a predisposição e a vontade de se motivar parte de cada um. Vou contar um segredo que é meu, que é seu e de muita gente. Mesmo após vários anos, não haverá um dia em que você irá entrar pela porta de uma empresa para cumprir sua jornada de trabalho e seus objetivos pessoais se tornem menores que os objetivos da organização. Mesmo quando atingimos uma meta empresarial, no fundo, o intuito é de que aquilo tenha um retorno para nós. O segredo é manter um equilíbrio, que infelizmente não acontece apenas com nossos esforços, precisa de uma boa estratégia dos empregadores, mas os profissionais conscientes disso provavelmente serão os que irão se destacar.

É necessário salientar aos líderes, supervisores, gerente e chefes imediatos de algum colaborador ou equipe que o medo e a manipulação ao invés de estimularem um comportamento desejável, apenas atraem a desmotivação e que essa postura não é o significado de trabalhar sob pressão. É preciso causar entusiasmo em sua equipe.

Falando em entusiasmo, finalizo com a frase de um grande profissional, chamado Gretz que diz: "Entre otimismo e entusiasmo, escolha o segundo. Pois o otimista acredita que tudo irá dar certo, enquanto o entusiasta faz dar certo!"

Bons estudos, bom trabalho e sucesso!

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