quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

DESCONTOS E INFLAÇÃO


Publicado em 27-Jan-2011,  por João Leonardo

Quando Pedir descontos?
 
A resposta adequada a meu ver seria: Sempre!

 Os grandes grupos empresariais, em suas compras, utilizam-se bem daquilo que tem de melhor a seu favor: o poder de barganha.
 
Quem compra em maior quantidade, quem mantém seus pagamentos em dia, quem compra a vista, por exemplo, são alguns daqueles que tem garantida melhor negociação e, claro, os descontos fazem parte desta negociação.
 
Nestes casos, muitas vezes, nem é necessário o cliente solicitar, é o próprio fornecedor quem oferece. Mas, há também situações em que o cliente força um desconto ainda maior, utilizando-se, claro, do seu poder de barganha.
 
Empresas de negócios semelhantes, por necessidade logística e para obter descontos mais favoráveis, mesmo sendo de proprietários diferentes, fazem negociações em conjunto para manterem-se competitivas no mercado, quando tem visão mercadológica, sem aquela grande preocupação de brios e orgulho feridos ou ego gerencial.
 
Há estudos, objeto até reportagens de revistas, dando conta de que as grandes redes de varejo garantem o sucesso do combate à inflação. Estas grandes redes, fazem compras em grande volume e assim, sao elas que praticamente dizem quanto querem pagar, pois, afinal, são grandes clientes. A “queda de braço” entre eles é bem dura, até porque tem fornecedores que também são grandes grupos. Aí, “é briga de cachorro grande”.
 
Mas e as empresas de menor porte? E nós simples mortais?
 
Bem. Já vi uma pesquisa na qual se afirma que Manaus (onde moro) é uma das cidades onde a cesta básica tem um dos custos mais elevados. Mas, também li que um dos motivos (que certamente não é exclusividade desta cidade) é aparentemente simples, apesar de complexo para alguns. Grande parte dos consumidores não cultiva o hábito de “pedir descontos”. Quando o vendedor diz o preço, simplesmente o comprador fecha o negócio, não questiona as condições, não pede desconto, ou seja, simplesmente aceita, ou no máximo procura outra loja e recomeça.
 
Assisti à uma reportagem da China, onde ao entrar na loja, o cliente é bem recebido pelo vendedor(a) com um sorriso e “armado” com uma calculadora de números grandes. Ele fala (ou digita) o preço, e à medida que o cliente acha o preço caro, o vendedor vai digitando na calculadora e mostra ao cliente o seu novo preço no visor, e assim vai até o cliente chegar no valor real do produto, se ele insistir, claro. O cliente acha que ganhou e o vendedor faz carinha de quem "não ganhou".

Pedir descontos não é feio, não ofende, não é vergonhoso. Pedir descontos é um direito do cliente em qualquer aquisição ou negociação. Conceder o desconto é uma faculdade do vendedor, que é sabedor de que, se ele não der o desconto o concorrente dele poderá dar. Claro, ele só concede se não tiver perdendo na venda.
 
Da feira livre ao mercado, da autopeças à concessionária de veículos, da tipografia ao banco em qualquer destas negociações e outras mais, não custa nada tentar. A lei de mercado é simples, o preço depende da oferta e da demanda, mas também da habilidade de quem compra. Mesmo que pequeno, o desconto é um grande negócio.
 
Boas compras combinam com bons descontos.



João Leonardo
http://admatual.blogspot.com/



extraído do site: www.gestopole.com.br

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