domingo, 13 de fevereiro de 2011

Porque são as melhores


Publicado em 22-Jan-2011,  por Carlos Eduardo Drumond


 Estudos mostram que as empresas com melhores práticas de gestão de pessoas são mais lucrativas. Entre 1998 e 2008, as melhores companhias para trabalhar nos Estados Unidos – que têm capital aberto e são listadas no S&P 500 – apresentaram valorização de 11,9% versus 6% das demais empresas. No Brasil, os investidores que aplicaram R$ 100 mil nas ações das “Melhores Empresas para Trabalhar” que têm capital aberto, em 2000, vão embolsar R$ 1,2 milhão em 2009; rentabilidade três vezes superior aos que aplicaram nas demais empresas (fonte: Great Place to Work).

Interessantíssimo o dado acima, hoje as pequenas empresas vivem num jogo de gato e rato entre os colaboradores e empresário, que definitivamente a médio prazo se torna o maior entrave para o crescimento da organização, observamos que nas economias desenvolvidas o ambiente corporativo é extremamente cooperativo diferentemente de empresas brasileiras. Situando cronologicamente  o desenvolvimento organizacional da maioria das pequenas empresas em nosso pais as mesmas estariam em meados de 1920, onde o conceito de lucro concebido por Karl Marx é plenamente colocado em prática e as técnicas desenvolvidas por Taylor ainda são as mais usadas, já que quase todas as empresas partem do principio que todos os seus colaboradores são “vadios” e sendo assim precisam de um supervisão altamente funcional, partindo do mesmo principio todos são homo economicus e a única coisa que os motiva é o dinheiro, resumido o colaborador é um mau necessário a empresa.

Por outro lado o colaborador vê o empresário não como um fator de produção econômica como assim definia Shumpeter, mas como um lazarento chupador de sangue dos probres e indefesos desfavorecidos, um desse colaboradores definiu para mim da seguinte forma uma empresa “A empresa é como um vampiro, pois nasce para ser eterna(1) e vive para chupar o sangue dos calaboradores”.

Certamente que os principais players de qualquer empresa estão redondamente enganados e isso se prova na citação a qual iniciamos esse artigo, contudo o agente dessa mudança deve ser o empresário tendo em vista que ele é o responsável pela gestão da empresa e sendo o “recursos humanos” a única forma de se ter uma vantagem mercadológica realmente competitiva ele deve dar toda atenção a essa parte do todo.

O que pode ser observado dentro dessas organizações é um ambiente extremamente competitivo, porém é óbvio que em uma competição sempre a um ganhador e um perdedor, agora como definir de forma factível e mensurável quem é o perdedor em um jogo onde teoricamente todos deveria ter a mesma missão?
A priori a estratégia dominante é aquela que oferece maior benefício para o indivíduo, contudo se considerar que o outro esta pensando da mesma forma a estratégia dominante prejudicará ambos e é dessa pespectiva que o empresário que visa maximizar o lucro deve pensar e gerir essa situação de forma e criar dentro de sua organização um ambiente cooperativo em que todos ganhem e se sintam parte do todo. Para isso um bom planejamento estratégico sólido e bem elaborado deve ser implantado, com missão, visão e valores bem definidos, politicas consistentes, principalmente de recursos humanos, e metas claramente tangiveis.
E este é o principal desafio de empresas que almejam surfar na crista da onda, maximizar o processo de entropia(2) que existe dentro de qualquer organização criando sinergia(3) entre as partes e buscando o melhor para a comunidade que há de se criar dentro da empresa e para isso o empreendedor deve entender claramente que a administração não é um processo formado por “feeling” e sim uma ciência. As empresas que atravesaram esse limiar com certeza se figuram hoje como a melhores para se trabalhar e consequentemente mais rentáveis, ou seja, botaram fim no jogo trivial entre o gato e o rato.


Nota:
(1) Principio contábil da continuidade que diz que um empresa nasce para viver para sempre.
(2) Principio físico em que a energia se transforma em trabalho.
(3)  Ação conjunta de entes da empresa, visando obter um desempenho melhor do que aquele demonstrado isoladamente.

Do site: www.gestopole.com.br

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