domingo, 12 de setembro de 2010

Liderança – quem nasce com ela?




Pesquisas, estudos e conhecimentos extraídos de livros especializados em liderança e gerenciamento permitiram ao consultor estruturar e ministrar cursos para executivos e donos de empreendimentos. Dessa inquietude de espírito, que sempre o acompanhou, surgiram os primeiros cursos: Chefia e Liderança

Sentados frente a frente, consultores do mesmo túnel, mas de tempos diferentes, se perguntam: afinal, deve-se acreditar na fatalidade de que uns nasceram para liderar e outros para serem liderados?
O mais experiente deles dispara: não me parece uma afirmativa correta. Veja bem o que nos tem ensinado a história. De um modo geral há algumas características pessoais que contribuem ou facilitam o desempenho do líder em determinadas circunstâncias e em outras não! São elementos facilitadores da boa liderança e não determinante desta.
Observa ainda o consultor com mais conhecimentos que as reflexões sobre liderança levam a duas conclusões fundamentais: primeiro, que a liderança ou o surgimento dela depende do ambiente e das circunstâncias em que se encontram o líder e os liderados. Significa dizer que uma das características principais da liderança é ser situacional. Depende do momento e da situação a ser administrada.
A outra característica aponta que a liderança pode e deve ser aprendida. Ouvindo tais observações, o outro consultor, mais novo, pergunta: então, os líderes não são sempre líderes para toda vida e para todos os momentos? Um líder pode ser liderado? Será mesmo que o líder depende sempre do momento, das circunstâncias e da situação?
Se a liderança pode ser aprendida e é tão importante para o crescimento e desenvolvimento da humanidade, por que ainda não existe uma escola de líderes? Deixo que os leitores respondam tão instigante pergunta.
Ora, muito bem questionado, disse o consultor que, naquele instante, iniciava com um grupo de empresários um treinamento para tratar exatamente do tema da liderança. No tempo estava ele em 1982. Vinte e oito anos separavam os dois estoques de conhecimentos acerca do mesmo tema.
Pesquisas, estudos e conhecimentos extraídos de livros especializados em liderança e gerenciamento permitiram ao consultor estruturar e ministrar cursos para executivos e donos de empreendimentos.
Dessa inquietude de espírito, que sempre o acompanhou, surgiram os primeiros cursos: 'Chefia e Liderança, 'Eficácia Gerencial´, 'Administração por Objetivos´ e 'Administração do Tempo´.
Nesse período, rico em produção de textos voltados para a gerência de negócios, ressurge para o consultor um novo sistema de valores sobre as relações interpessoais e intergrupais. Emerge a convicção de que os líderes não são sempre líderes em todos os momentos, em todas as circunstâncias e em todos os segmentos.
Não é difícil encontrar exemplos, em qualquer época, sobre líderes em determinados segmentos que, provavelmente não seriam líderes em outros. Conheço muitos casos de lideranças empresariais que, por apostarem e investirem em sua capacidade de líderes, que tentaram a liderança política e não se saíram bem. Também é verdadeira a postura inversa.
É raro encontrar um líder político que possa aplicar suas virtudes no plano empresarial. Da mesma forma existem líderes estudantis que serão liderados quando professores. Líderes do banditismo não se sairiam bem se fossem convidados a liderar um movimento contra o custo de vida no país.
Um líder pode ser liderado, sim! Se as circunstâncias, a situação a ser administrada e as pessoas envolvidas, não fazem parte da sua competência de liderar.
Para extremar o raciocínio, o que é um dos hábitos adquiridos pelos consultores organizacionais, imagine que num determinado ambiente estejam presentes líderes políticos, empresariais, universitários, da classe trabalhadora e de outros segmentos da sociedade. E que esse ambiente seja atingido por um incêndio de grandes proporções, exigindo pulso firme e forte para controlar a emoção das pessoas presentes.
Provavelmente, surgirá alguém dentre os liderados, e que necessariamente não será um bombeiro, para coordenar e liderar as pessoas, encaminhando-as para o salvamento.
A liderança deve ser sempre entendida, em qualquer circunstância, como a boa liderança, aquela que leva a que as coisas certas sejam feitas. Situacional e aprendível são condições que, se bem compreendidas e internalizadas, levam às reflexões sobre circunstâncias e comportamentos.
Esteja sempre com a Energia de Deus-Pai!


Publicado em 25-Aug-2010, 18h31 por Mauro Nunes


Fonte: www.gestopole.com.br

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