quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os desafios da liderança para inovação




A sociedade em que vivemos anseia por um novo modelo de trabalho em que as pessoas se preocupem efetivamente umas com as outras. Para Euclides Colombo, especialista em psicologia organizacional e do trabalho, a busca pela inovação nas empresas, se insere também neste novo olhar para com o outro.
O maior desafio das organizações atuais não é criar novos produtos ou tecnologias, processo incorporado pelo mundo globalizado e, hoje superado rapidamente. O verdadeiro desafio está em descobrir e incrementar as potencialidades de suas equipes e colaboradores. Esse desafio consiste em criar e implantar ambientes onde predominam relacionamentos saudáveis para a criatividade e o comprometimento. Onde as pessoas possam sentir-se parte do todo sem perder suas individualidades. Isso é fundamental para que elas tenham motivação continuada, com incentivo permanente para a inovação no dia a dia da organização. O que se espera hoje é uma participação efetiva onde a autonomia supere a permanente dependência dos gestores. A inovação necessária e contínua não depende mais só da capacidade técnica dos líderes, mas, especialmente de sua habilidade facilitadora do desenvolvimento das pessoas de sua equipe de trabalho. Somente com boas equipes será possível acompanhar as inovações galopantes do mundo atual. Quando um líder consegue expor seu pensamento com clareza para analisar conjuntamente as limitações existentes, a equipe será capaz encontrar soluções, permitindo estabelecer um processo de ajuda mútua. Ao propor um modelo diferente do que estávamos acostumados, arrisco-me a dizer que na verdade se pretende um modo diferente de ser. Devemos trabalhar, em prol de um novo pensar, agir e ser, para identificar possíveis barreiras culturais. Reconhecer as diferenças nos seres humanos e valorizá-las é a maneira mais eficaz de remover barreiras que impedem a criatividade das equipes e priorizar a originalidade de seus integrantes. A postura essencial da liderança caracteriza-se em reconhecer que o líder pode ter um olhar diferente, ampliando pontos de vista, comunicando aos demais, alcançando-se, assim, soluções coletivas e níveis de criatividade jamais alcançados. Ações inovadoras emergem somente em equipes criativas e energizadas em que o ambiente possibilita criar novos produtos ou melhorar os existentes, simplificar processos e sistemas, reduzir custos, identificar novos canais de distribuição, além de outras formas de agregar valor, fazendo mais com menos. Muitas organizações pensam que trabalham em equipes, mas na prática não o fazem. Alguns gestores ainda seguem cartilhas como se as equipes fossem homogêneas e previsíveis, quando na verdade equipes de trabalhos se constroem na diversidade, nas relações interpessoais e no dia-a-dia. Trata-se de uma nova forma de gestão e se a entendemos como tal, converte-se numa ferramenta eficaz para a melhoria contínua. Organizações de alta performance identificam vantagens que as equipes podem agregar em busca da inovação e sustentabilidade, tais como, estabelecer padrões de comunicação que dão suporte as soluções de problemas e definir objetivos coletivos e maneira de atuação estratégica, entre outros. Além disso, equipes tem maior flexibilidade, respondem rapidamente às mudanças e, em função do comprometimento coletivo, não se sentem tão ameaçadas frente ao novo. Salienta-se ainda, que por seu foco nos objetivos comuns, as equipes lançam desafios, se motivam e colaboram para as mudanças na maneira de fazer as coisas. Destaca-se que cabe ao líder construir e desenvolver as competências para trabalhar com equipe e ampliar a eficácia organizacional. Algumas práticas são essenciais para a formação de equipes. O ponto de partida é a orientação, passando pelo desenvolvimento dos integrantes, o controle e a aceitação, concretizando-se pela realização. Assim, para alcançar a excelência, essas práticas devem ser avaliadas e trabalhadas ao longo do caminho, sem descuidar que as equipes devem projetar metas desafiadoras e inovadoras, mas que sejam possíveis de serem alcançadas.

por:

Euclides Pedro Colombo


do site: www.gestopole.com.br

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