segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PLANEJAMENTO OU PLANEJINMENTO


Publicado em 10-Nov-2010, por Plinio José Figueiredo Ferreira





A palavra Planejamento é de conhecimento de todos, pelo menos como palavra; como conceito e como ferramenta é de conhecimento de alguns.
A palavra Planejinmento não é conhecida, mesmo porque acabei de inventá-la e é totalmente desconhecida da grande maioria, pelo menos como palavra ou como conceito. Por incrível que pareça muitos a conhecem como prática.

Planejamento é o processo de estabelecer premissas sobre eventos que poderão influenciar a empresa, fixar objetivos realísticos e definir estratégias em cursos de ação que levam a atingir aqueles objetivos.
Como processo ele é dinâmico, flexível, deve ser usado como um roteiro e a competência dos planejadores fazem com que sirva como “carta de bordo”.
Algumas empresas o utilizam como piloto automático, isto é, esquecem de fazer o acompanhamento sistemático para poder gerenciá-lo.

Planejinmento é o processo de fingir ou pensar que se está planejando (planejamento + fingimento). É criar um documento com aparência de plano, incapaz de levar as empresas a qualquer tipo de ação, notadamente, pela sua inconsistência. Constitui-se de “um monte” de palavras e de números, regras cabalísticas impostas pela vontade do dono ou executivo maior.
Os mais conhecidos e praticados são os três tipos abaixo:

Plano Semântico – é aquele que leva os planejadores a uma maratona intelectual para definir, com bastante precisão, o que é política, diretriz, estratégia, objetivo, meta, plano de ação, etc., tornando-se uma “brincadeira” sem fim e sem conteúdo real.
Plano “do Mesmo” – é aquele feito em empresas que não têm o menor interesse em planejar coisa alguma. O mais importante é manter as coisas como estão. Cria-se a ilusão de que o que está se fazendo é o correto.
Plano “de Gaveta” – mais do que um plano é o destino dos dois anteriores que, por motivos óbvios, jamais serão lidos, analisados ou utilizados na prática.

O planejinmento é a realidade de grande parte das empresas brasileiras que vivem culpando governos, pacotes e outras bruxarias pelos seus desacertos. Para elas, consultar o serviço de meteorologia, horóscopo de jornal ou mapa rodoviário é, absolutamente, a mesma coisa.
Como diz o velho ditado: seria cômico se não fosse trágico.


Escrito por Plínio José Figueiredo Ferreira


Fonte: www.gestopole.com.br

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