terça-feira, 3 de maio de 2011

EMPRESAS SE DESPEDEM DA GERAÇÃO “BABY BOOMER”.


Publicado em 9-Apr-2011,  por Nelson Batista De Sousa
Caros amigos:

Estava lendo uma matéria publicada na Folha de SP do dia 03.04.2011, onde o tema da matéria é o seguinte:

EMPRESAS SE DESPEDEM DA GERAÇÃO “BABY BOOMER”.
 
Primeiro vamos definir e elucidar o que significa o termo “baby boomer”:
 
A descrição mais simples da geração Baby Boomer é aquela que compreende pessoas que nasceram nos Estados Unidos entre 1946 e 1964. Entretanto, com freqüência elas são divididas em dois grupos distintos: aqueles que nasceram entre 1946 e 1954 (geralmente chamados de Primeiros Boomers) e os nascidos entre 1955 e 1964 (freqüentemente chamados de Boomers Posteriores ou Geração Jones).

 O único evento histórico de definição da Geração Baby Boomer foi a Guerra do Vietnã. Como os Boomers Posteriores, não podiam se alistar, eles tiveram uma experiência muito diferente dos Primeiros Boomers, criando uma lacuna no meio de uma única geração.
 
De acordo com William Strauss e Neil Howe, em seu livro "Generations" (1992), a Geração Baby Boomer (que eles descrevem como os nascidos entre 1943 e 1960) está posicionada entre a Geração Silenciosa (1925 a 1942) e a 13ª Geração (também chamada de Geração X, 1961 a 1981).

 No livro, Strauss e Howe explicam que as gerações surgem em quatro ciclos, os quais geralmente duram de 80 a 100 anos. Os ciclos giram, começando com uma geração idealista, passando para uma reativa, seguida de uma geração com consciência cívica e, finalmente, chegando a uma geração de adaptação que, mais uma vez, direciona para uma geração idealista. Juntos, os quatro ciclos compõem um "século". Os Boomers são o primeiro ciclo, ou idealista, do "Século Milenar".
 
Segundo a matéria da folha os representantes dessa geração nasceram e ingressaram no mercado, provavelmente faz-se referencia ao mercado de trabalho, no período da ditadura militar no Brasil.
 
Em boa parte do mundo não só no Brasil, estes trabalhadores se acostumaram a seguir estruturas hierárquicas rígidas. Segundo a Professora Irene Azevedo da Brazilian School, “são pessoas que têm como principio vestir a camisa da empresa”.  As gerações seguintes (X, Y,), se preocupam mais com o ambiente de trabalho e com o crescimento imediato na carreira.
 
Segundo alguns consultores, na Folha de São Paulo,  existem diferenças entre as 3 gerações:

Baby boomers:
 
-Cria vínculos com a empresa,

-Passa longos períodos em uma mesma companhia,

-Respeita e valoriza a hierarquia,

-Tem como objetivo trabalhar em uma grande empresa;

-Valoriza a superdedicação ao trabalho;

Geração X:
 
-Busca associar os próprios interesses ao perfil da empresa,

-Questiona a hierarquia, mas a aceita como forma de organização,

-Preocupa-se com o ambiente de trabalho com a qualidade de vida,

-Divide-se em grupos de interesse comum.

-Utiliza informática e tecnologia como ferramenta de trabalho,

Geração Y:
 
-Procura novos desafios, para os quais busca soluções imediatas,

-Quer crescimento rápido na carreira,

-Não se submete à hierarquia,

-Quer ser reconhecido pela singularidade,

-Vê tecnologia como parte da vida.
 
Para alguns especialistas, a geração X, que agora estariam assumindo a direção das companhias teria a missão de preparar o mercado para mudanças drásticas que chegam com os profissionais da geração Y.
 
Segundo Heitor Mello Peixoto da Eyes Fortune, o funcionário não pensa em ficar 20 anos na companhia, e os chefes não pensam 2 vezes em cortar empregos. Desse modo gera um ambiente de desconfiança mutua. Também segundo Riccardo Barberis, a idéia que tem sido seguida pelos trabalhadores mais jovens é trabalhar por uma empresa em vez de trabalhar em uma empresa.
 
Depois de lido e analisado algumas opiniões, se tiverem a oportunidade de lerem a matéria da Folha de SP, chego a uma conclusão, posso estar errado, mas enfim, de que os jovens trabalhadores, geração Y, hoje pensam mais em si do que na empresa. Eles buscam um desenvolvimento rápido onde possam chegar a postos de comando em menos de 2 ou 3 anos, e, caso isso não ocorra trocam de emprego, deixando a empresa com o encargo de ter que recrutar e preparar novamente alguém para ocupar esse posto de trabalho.
 
Acredito que exista um pouco de incoerência, tanto por parte das empresas como também por parte dos jovens profissionais. Algumas empresas não possuem plano de desenvolvimento de carreira, procuram profissionais altamente qualificados, com experiência que se for analisada a fundo só se consegue com anos e anos de trabalho e desenvolvimento, e não estão dispostas a pagar salários “justos” por isso. Usam também o fator idade como empecilho para contratação.
 
Por sua vez jovens profissionais não querem permanecer em empresas que não possuam planos de carreiras e possibilitem um crescimento “rápido”. Buscam colocação em grandes organizações que possibilitem tal desenvolvimento e crescimento.
 
Logo, as pequenas e médias empresas, têm que ter consciência de que tais profissionais quando contratados, não permaneceram durante muito tempo em seus quadros de funcionários e provocarão um retrabalho para o setor de RH. Estão apenas como se diz “dando um tempo” até surgir uma oportunidade de mudança. Vestir a camisa da empresa como querem alguns empresários, está ficando no passado.
 
Por isso acredito que as empresas necessitam da diversidade de profissionais dentro de seus quadros. Elas terão profissionais experientes que preparam seus sucessores, e jovens que visão a possibilidade de crescimento. Assim poderá alinhar os objetivos empresariais com os objetivos pessoais desses profissionais e até mesmo reter talentos, afinal mercado de trabalho necessita de todas as gerações.
 


do site: www.gestopole.com.br

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