Publicado em 25-Apr-2011, Mário Artur Garrett Maciel Pinto
O modal rodoviário foi escolhido dentro do setor de transportes brasileiro, como o principal elo de norte a sul. Pois bem, ainda no 1º trimestre deste ano presenciamos a superação em aproximadamente 40% do numero de veículos em circulação, em relação ao ano de 2006 (dados extraídos da internet), isso significa que para cada 1000 mil veículos que circulavam em 2006 hoje temos mais 400 veículos circulando. Nossas rodovias podem absorver tantos veículos, sem aumentar o gargalo logístico brasileiro?
Neste feriado de semana Santa observou-se algo triste e que esta se tornando corriqueiro, um numero exorbitante de acidentes, congestionamentos e desordem generalizada nas vias que dão acesso as principais cidades brasileiras, indiferente da região onde estão localizadas. Tomemos como exemplo a Br277, via que liga Curitiba, Paraná ao interior do estado e o Brasil ao Mercosul, na ultima quinta-feira início do feriado novamente verificou-se trafego intenso e lento em vários trechos, mas para nos basearmos o trecho aqui citado apresenta aproximadamente 45 quilômetros entre Curitiba e a localidade de São Luiz do Purunã, município de Balsa Nova, tal trecho normalmente exige aproximadamente trinta minutos para ser percorrido, no inicio deste feriado, os motoristas que por ali passaram levaram em torno de 2 horas e 20 minutos para percorrer tal trajeto .
Não é necessário ser especialista em transportes para observar que algo está errado, não estou aqui para fazer julgo de valor, mas depois de nossas rodovias estarem abandonadas por muito tempo (caso da Br476, denominada rodovia do xisto), a grande maioria, necessitando de uma revitalização urgente e que ainda não começou, vemos o poder publico praticamente jogando-as nas mãos da iniciativa privada, como se estivesse transferindo a responsabilidade e esta fosse a solução para o problema instaurado.
De primeira mão é necessário realizar a reestruturação e manutenção das vias que já existem, mas é preciso ir além, está na hora de unir crescimento com desenvolvimento. Sim, isto mesmo, nossa frota cresceu, porém, a infraestrutura para abriga-la, não. Temos um código de transito moderno e bem elaborado, temos uma indústria automobilística moderna, um amplo mercado para o setor, mas nossa malha viária não condiz com este crescimento. Vemos medidas que são adotadas contingentemente e às pressas, para tentar minimizar os efeitos deste crescimento de veículos em circulação, por exemplo, a proibição de trafego para caminhões em algumas rodovias na data dos principais feriados... Atitudes como esta até funcionam momentaneamente. Entretanto, estão focadas no efeito (transito lento) e não na causa (rodovias sem estrutura) e como sabemos não adianta atacarmos o efeito do problema senão agirmos na causa. Muitos céticos de plantão podem até dizer que “isto ocorre apenas em feriados prolongados”, discordo deles, a pergunta é: quanto tempo vai demorar a estas cenas caóticas tornarem-se normais em dias úteis? Se olharmos um pouco adiante, cronologicamente falando, nosso país está se preparando para receber a Copa do mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, então como estará à situação viária no entorno as cidades que irão receber esses eventos?
É imperativo buscar soluções e implementar ações, com vistas ao que podemos chamar de entrave logístico brasileiro e realizar uma reestruturação efetiva de nossa malha viária, sabemos que esta situação é complexa e de difícil solução, mas devemos nos atentar a necessidade de resolvê-la, pois este gargalo não nos afeta apenas quando estamos em nosso carro presos em um congestionamento, ele nos afeta economicamente, nossas empresas perdem competitividade, o “custo Brasil” se torna ainda mais elevado, o custo ocasionado pelos acidentes é altíssimo, nosso prejuízo social é incalculável, trocando por miúdos, perdemos muito dinheiro. Vamos mudar essa situação, nosso País agradece!
do site: www.gestopole.com.br
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