sexta-feira, 17 de junho de 2011

Liderança e poder


Quando falamos em autoridade somos remetidos à questão do poder. Refletir sobre o poder nos leva a questões tais como sua legitimidade, formas de uso, origem e outras questões pertinentes.

A figura do líder está intimamente ligada à existência da equipe, e podem  ser consideradas “complementares”,   não há sentido falar de liderança sem a contrapartida dos liderados.

Complementares desde que compreendamos a liderança como uma atividade que alavanca a performance das equipes, buscando resultados compatíveis com o negócio, missão, visão e metas  dessa organização, atuando  como elo entre equipes de vários níveis e o nível hierárquico estratégico. Além de focar melhoria contínua nesse processo, é importante se antecipar aos problemas e gerar forte visão de futuro.

Além de alinhar a equipe com os valores corporativos, deve empolgar e motivar a equipe  a atingir e superar metas, tornando sua visão de futuro atraente para todos, inspirando confiança em seus objetivos, e desenvolvendo os liderados, de modo que faça a equipe segui-lo sem esforço.

Dessa forma  o poder flui de um lado para outro conforme a necessidade, o momento e a situação.

Um líder com essa postura tem sua autoridade fortalecida por partilhar de forma democrática e criativa.

E o grupo também exerce influência na natureza do comportamento da liderança.

Essa forma de autoridade democrática, onde todos podem definir sua opinião, desenvolver responsabilidade e decidir de forma compartilhada, gera entusiasmo, criatividade,  satisfação,  resultados, crescimento pessoal e profissional.

Dentro dessa linha de raciocínio, os comportamentos mais importantes  são:

    mobilizar, envolver e compartilhar para decidir: assim, há um poder compartilhado que gera forte senso de coesão e alinhamento, todos se sentem parte da decisão.
    delegar e usar as habilidades da equipe:  podendo permitir que a liderança também seja exercida, em determinados momentos, e quando necessário, por alguns membros da equipe, gerando comprometimento que reforça autoridade da liderança. Esse comportamento permite aparar arestas e incorporar todos num grupo coeso.
    autonomia e responsabilidade são tão importantes quanto conhecimento:  incentiva a criatividade e inovação, possibilitando melhor performance.

O que é mais difícil de praticar no cotidiano organizacional?

Acredito que todos os comportamentos que impliquem partilha responsável de poder, relacionamento mais horizontal, compromisso e relações mais próximas e colaborativas, pois o poder deixa de ser exercido apenas por um centro, sendo compartilhado por um grupo, de onde o líder faz parte.

Nesse sentido, e nessa linha de raciocínio os comportamentos  mais importantes podem ser considerados também os mais difíceis.

Conclusão:

O líder, além do aspecto de resultados, acaba incorporando um importante papel social dentro das organizações, pois gerencia e distribui informações  entre os diferentes níveis organizacionais, alinha diferentes tendências e forças para mudanças, lida com múltiplas habilidades funcionais e diferentes origens culturais, atua como facilitador para o aprendizado contínuo,  promove engajamento e permite um grau de consciência e desenvolvimento crescente entre os colaboradores em geral.

Assim entendido, o líder passa a ter sua autoridade legitimada pelo próprio grupo.

Autor: Lucy Cintra

Publicado em: 12/05/2011, no site www.qualidadebrasil.com.br

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