sábado, 18 de junho de 2011

A liderança eficaz nas organizações

    
Faço um convite à reflexão sobre nossas deficiências ao exercer com eficácia o papel de liderança, principalmente quando ocupamos funções gerenciais.

Funções gerenciais são aquelas de todos os cargos de “chefia” ou gestão, desde a presidência até supervisão.

Essa análise das causas e das dificuldades, bem como das propostas de ação, se baseia na minha experiência de quase 40 anos de prática em funções gerenciais e como consultor de gestão de pessoas, com centenas de “casos” e exemplos reais de fracassos e sucessos.

Achei oportuno escrever sobre isso depois de verificar como atualmente o foco sobre o assunto tem levado à criação de vários títulos para identificar a liderança eficaz: do milênio; líder XXI; participativa; servidora; motivadora; assertiva; coach; transformadora, entre outros.

Verifico que esses diversos títulos “da moda”, com microvariações de conteúdo e método entre eles e comparados com títulos de “antigamente”, se tornam dificultadores para o entendimento das competências para exercer a liderança e contribuem para a desqualificação delas.

Isso ainda é reforçado pela facilidade de pesquisa no Google e pela decisão de considerar um conceito “coisa antiga” e ultrapassada, levando à “supersimplificação”. 

Em seguida aponto “dicas” para a eficácia de nossa liderança nas organizações.

Sobre o papel do líder

Nem sempre o líder é gerente, mas todo gerente tem que ser líder.
O real gerente de recursos humanos é você, a área de RH é sua consultora e assessora.
Trabalhe com as pessoas e não apesar das pessoas.
Recursos Humanos são recursos. Não os desqualifique.
Dê a eles a ênfase que você dá aos outros. Na verdade dê mais ênfase.
Trabalhar com pessoas é tão difícil como com as outras “coisas”.
Requer conhecimento, técnicas e métodos como qualquer outra área.
A sua habilidade deve ser compatível com a sua dificuldade.
Desenvolver suas habilidades, se necessário, deve ser o primeiro passo.
Participação não se deixa, estimula-se e mantém-se. Requer esforço e competência.
Ser participativo é diferente de ser “bonzinho”.
Líder desenvolve outros líderes.

Sobre os Resultados

A liderança eficaz traz desempenho e qualidade de vida no trabalho.
Experiências e pesquisas são evidências objetivas disto.
Analise as consequências das ações das pessoas e equipes no desempenho dos processos.
E sim, resultados com pessoas são mensuráveis.

Sobre os Conceitos

Lembre-se de que alguns conceitos já foram considerados antigos, mas “voltaram”.
Um exemplo disto é o CHA – Conhecimento, Habilidade e Atitude.
Outro exemplo é o que já afirmaram contra, sem comprovação, a teoria de Maslow.
Peter Drucker já foi Guru, depois decrépito e voltou a ser Guru.
Não os desqualifique em prol da “moda” sem um entendimento profundo dos mesmos.
Mudanças e novas tecnologias sempre existiram.
Gerações diferenciadas como a geração Y sempre existiram, só tinham outros nomes.
Palestras motivacionais nem sempre trazem a motivação para os objetivos propostos.
Ao escolher curso ou seminário verifique se os resultados são os esperados por você.

Sobre as Práticas

Pesquise, entenda e incorpore os conceitos básicos.
Avalie sempre se você tem comprometimento com sua decisão de aplicá-los.
Tenha coerência entre seu discurso e a prática. Seja o exemplo.
Não desanime. Tenha determinação e perseverança.
Não fique só na intenção, aja. Faça acontecer.
O ótimo é inimigo do bom. Se necessário faça o “feijão com arroz”.
A qualidade de vida do líder é consequência de sua competência.

Autor: Eduardo Rocha

Publicado em: 24/05/2011 , no site|: www.qualidadebrasil.com.br

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