terça-feira, 30 de março de 2010

Como melhorar a sua Universidade


Atenção Gestores e Donos de Universidades:


Como Melhorar sua Instituição


O segredo de toda universidade é gerar valor e emprego para os seus alunos, especialmente se sua universidade for remunerada pelo próprio aluno, que demandará resultados.
Nestas universidades, a questão custo-resultado é crucial para a sobrevivência, mas para as universidades estatais, tanto faz. Estas nem sabem onde seus ex-alunos trabalham, nem querem saber.
Como garantir que seus alunos consigam emprego? Como garantir que seus professores, que fazem pesquisa, sejam úteis?

O segredo é ter inúmeros professores que façam a ponte entre as empresas e as universidades.
Leiam este comentário no Estado de São Paulo, do Professor e amigo Silvio Meira. "Um dos méritos de Silvio Meira é fazer essa ponte entre a universidade e as empresas, numa atitude ainda incomum no Brasil".
É tão óbvio que dói, mas porque esta atitude ainda é tão incomum no Brasil?
Porque a maioria das universidades públicas não tem Escolas de Administração, por incrível que pareça.
Não temos Diretores de Escolas de Administração que podem fazer esta ponte entre a universidade e as empresas.
Não temos Escolas de Administração cujo primeiro passo seria convidar uns 30 empresários e administradores profissionais para fazerem parte do Conselho da Escola de Administração.
Nas universidades estatais, o que temos são Departamentos de Administração pendurados numa Escola de Economia, Administração e Contabilidade.
Os três departamentos vivem se degladiando. Na FEA-USP, a Economia levava 55% dos recursos, apesar de oferecer somente 25% dos cursos.
As Escolas de Economia tem o poder que tem justamente porque faziam etsa ponte, não com as empresas, mas sim com os vários Governos.
Se você é um gestor ou dono de uma universidade, separe o departamento de Administração e lhe dê a devida autonomia.
Crie uma Escola de Administração independente, como fizeram Harvard, Stanford e Nova York há noventa anos, e veja como você terá muito mais contato com as empresas deste país. As escolas de economia também vão se beneficiar, também terão a sua devida autonomia.
Façam a ponte com empresas que de fato produzem, que querem pesquisas de coisas novas, que se interessam por novas técnicas de gestão, produção, arquitetura. Oscar Niemeyer não entra nas empresas brasileiras, e com razão. Só o governo quer por 60 anos a mesma arquitetura.
É um absurdo que no Brasil ainda não temos escolas de Administração que não sejam subordinadas a uma escola de Economia, como a Eaesp, o Ibmec e a Insper. Queremos mais foco em empresas e menos em especulação financeira e arbitragem de futuros de câmbio e inflação.
Está na hora de mudarmos a relação Universidade - Empresa, de antagonismo acadêmico por parte da maioria dos intelectuais para uma parceria produtiva.
E, a chave é o professor de Administração.

Do blog do Stephen Kanitz

Nenhum comentário:

Postar um comentário