terça-feira, 16 de março de 2010

Febraban





Febraban Será Presidida por Administrador Profissional e Não Banqueiro



JORNAL O BRASIL EFICIENTE



Pela primeira vez no Brasil, um importante órgão de classe será presidido por um administrador profissional e não pelo presidente de uma das empresas pertencentes ao órgão.
Isto é uma mudança histórica no Brasil, e terá profundas consequências para o futuro se for adotada por outros órgãos de classe, como a FIESP e Federação do Comércio.
Até esta mudança, o Presidente era sempre um dos donos de um dos grandes bancos brasileiros, tipo Roberto Setúbal, ou um executivo. Este tipo de escolha classista, gerava dois problemas.
1. Conflito de interesse entre os interesses da classe e do banco em particular.
2. Dificuldade do Presidente da Febraban em atacar o governo ou ministro da Fazenda por medo de retaliação ao banco do qual era dono.
Esta forma de eleição, que agora Fabio Barbosa está mudando, explica porque a Febraban, Fiesp, e outros órgãos eram extremamente pró governo, ou no mínimo apáticos. Medo de retaliação. Esta é mais uma vitória do movimento de Administração Socialmente Responsável, do qual Fabio Barbosa, é um dos expoentes.
Segundo Prof. Stephen Kanitz, isto explica 40 anos de atraso do Brasil. "Nossas entidade produtivas nunca puderam se colocar contra o governo, que cresceu em detrimento do crescimento da produção. Agora, a única forma de retaliação seria analisar o Imposto de Renda anterior do administrador da entidade. Algo que o IR de hoje jamais faria, e o IR de um simples funcionário é bem mais simples do que o de uma enorme empresa.
Outros países já adotaram este sistema menos paternalista há mais de 50 anos. Permite verdadeiros "bate-bocas", entre as empresas e o governo.
Se o bate-boca sair do controle, ou se houver exageros da parte do administrador da entidade, demite-se o administrador, que vai para o sacrifício, e o caso é resolvido.
"Febraban decide substituir seu Presidente, devido à polêmica do ISS".
Mas, substituir um Roberto Setúbal seria impossível, ou despedir um Horácio Piva da FIESP, e frases infelizes ou teses equivocadas acabam prejudicando todo o setor, virando questões de "honra".
Esta inovação evita também enormes campanhas eleitorais, porque a Presidência da FIESP ajudava, e muito, o sucesso da empresa do escolhido. Se ela fosse adesista e bem comportada.
Não mais. O Presidente da Febraban não terá Banco, o da Fiesp não teria empresa.
Estamos finalmente abrindo para associações de empresas que podem contestar o governo e seus economistas, e discutir assuntos sérios e polêmicos, como os demais países.
Um belo avanço.
Do blog do Stephen Kanitz

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