sábado, 30 de abril de 2011

Conflito de gerações


Publicado em 29-Mar-2011,  por Jack DelaVega


Muito se fala do tal conflito de gerações, a diferença entre valores dos Baby-Boomers, os Geração X e a atual Geração Y. Eu tenho uma opinião clara sobre isso:
 
Pura Besteira!

Dia desses estava lendo um artigo no Estadão sobre a Geração Y que descrevia o que esses profissionais mais levam em conta na hora de escolher uma empresa para trabalhar. Segue a lista abaixo, não necessariamente em ordem de prioridade:

- Ambiente de trabalho agradável

- Qualidade de vida

- Crescimento profissional

- Boa imagem no mercado

- Desenvolvimento profissional
 
Sério? Isso é o que a Geração Y quer? Eles e toda a torcida do Flamengo. Quem não quer, afinal, trabalhar em uma empresa com essas características? Se nada disso é novidade, onde está a razão de tal conflito? O que faz com que exista um problema de comunicação entre a geração Y e os profissionais de gerações anteriores?
 
Expectativas, tudo não passa de gerenciamento de expectativas. Se todos buscam trabalho em empresas com características acima descritas, também é notório que ainda são poucas as que de fato isso oferecem. Colocado de forma nua e crua, o conflito de gerações nada mais é do que um conflito entre os que anseiam uma empresa melhor e os que já se acomodaram com a empresa que tem. Melhor dito: É um conflito entre os que querem mudar, mas não sabem como, e os que sabem como mudar mas não querem.
 
Simples assim.

Claro, não sou ingênuo a ponto de pensar que todas as organizações são capazes de fazer essa transformação e oferecerem as condições de trabalho desejadas pelas novas gerações. E, certamente, levam vantagem as que já nasceram com esses valores no seu DNA. Mas, o destino daquelas que não conseguirem mudar me parece claro: Estarão fadadas ao esquecimento ou a mediocridade, o que vier primeiro.
 
Essa é a má notícia.
 
A boa notícia é que o "conflito" de gerações é também uma tremenda oportunidade, e falo disso por experiência própria. Cada vez que eu converso com um Y me olho em um espelho que reflete o passado. Vejo a paixão, aquela faísca, a certeza de que ainda posso mudar o mundo. Isso me revigora como profissional e me relembra constantemente a razão de estar aqui. Vejo também a ansiedade, às vezes, a truculência, características que também me recordam do jovem Jack. Mas, é justamente aí que posso ajudar.

Tenho certeza de que o papel das gerações anteriores é desenvolver e incentivar as novas gerações, para que eles se tornem agentes mais efetivos de mudança. Juntos, X, Y e Baby Boomers formam uma tríplice imbatível para as empresas que souberem aproveitar o melhor de cada geração, com vistas a construção de um objetivo comum e, quem sabe, um futuro melhor.

do site: www.gestopole.com.br

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