sábado, 9 de abril de 2011

O importante é ter talentos


Publicado em 23-Mar-2011,  por Cristiane Correa Dias

texto adaptado da entrevista de  Claudio Fernández Aráoz (conselheiro sênior da Egon Zehnder International) na edição 266/Março 2011 da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.


Para se atingir bons resultados o líder deverá confirmar a estratégia da empresa e inspirar as pessoas a segui-la. Todas as empresas começam, por definição, insignificantes e pequenas, mas conforme crescem,  tornam-se complexas e tudo depende das pessoas que o gestor escolhe.
 
Além da educação, experiência e competências sociais, as competências basedas na inteligência emocional são a chave.para escolha de um candidato. Pois deve ser examinado como a pessoa gerencia o time, como é sua relação com outros. Isso inclui autoconhecimento sobre suas forças, fraquezas, integridade, iniciativa, otimismo, motivação e controle emocional. Não deixando de lado a consciência do social, empatia e habilidade para entender as pessoas. E uma série de competências sociais, como liderança, trabalho em grupo, resolução de conflitos.

Com frequência as pessoas são contratadas por causa de sua inteliência e experiência. E são demitidas por causa da burrice emocional.

Não precisa ter necessariamente um orçamento alto e fazer um processo seletivo longo, é essencial que olhe não somente a formação e experiência, mas a inteligência emocional, perguntando se a pessoa já esteve em uma situação de liderança de grupo grande, qual que foi seu papel, quais eram as circuntâncias. Depois, é preciso checar as referências, para verificar se o candidato teve comportamentos corretos em situações similares.
 
Espera-se que depois que o empreendedor contratra as pessoas a recompensa seja proporcional e justa em relação ao esforço e contribuição. Mas isso não basta.  Para reter profissionais mais capacitados primeiro deve haver desafio: pessoas ótimas querem atingir a excelência e crescer como profissionais; segundo modo é um bom chefe. O chefe deve ajudar a pessoa a se desenvolver e não fazer microgestão. Terceiro modo é um projeto que tenha sentido, particularmente os jovens, querem ter a certeza de que atuam em um projeto que, de alguma forma, está fazendo do nosso mundo um lugar melhor.
 
Vale lembrar que é possível treinar muitas coisas, mas há grandes limitações. Valores, por exemplo, vêm com a pessoa. Voc~e não pode esperar que um egoísta mude por causa de treinamento. A inteliência tradicional, lógica, analítica é basicamente condicionada pela genética, logo não pode ser treinada. Jas as competências baseadas na intelig~encia emocional podem, porém o processo é difícil e requer condições, como: a pessoa querer mudar e ter consciência de aus forças e fraquezas.Caso a posição seja sênior e falta inteliência emocional, é melhor contratar outra pessoa, porque você não pode ser dar ao luxi de ter um desempenho ruim por muito tempo.
 
Para finalizar, quando não há um orçamento alto, o melhor é contratar menos pessoas, mas mais mais bem preparadas e talvez mais caras, do que o inverso, pois há diferença na produtividade, principalmente se o trabalho for mais complexo, como: corretores de seguros, a diferença na produtividade é de 240%, já para um programador de computador a diferença é mais de 1.000%. Ao passo que para atividades mais simples, como uma linha de motnagem de carros, a média na diferença é 100. A do melhor empresado é 40% maior do que a média.

Por isso que "minha preferência é por um time menor, mas com ótimos jogadores".




Fonte: www.gestopole.com.br

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