terça-feira, 5 de abril de 2011

A embalagem “fala” mais do que você pode imaginar!


Publicado em 20-Mar-2011,  por Paula Zago

Comprar um produto por causa da embalagem não é novidade nenhuma nos dias de hoje. Pense nisso: você já deve ter comprado algo baseado na embalagem (talvez o produto nem fosse tão interessante assim, mas a embalagem)...

Se isso ainda não aconteceu com você, mais cedo ou mais tarde a embalagem o(a) fisgará sua atenção. A embalagem não é apenas um "porta-qualquer-coisa", ela traz consigo diversas características e uma delas é assumir o papel de vendedor de seu conteúdo.

Tudo começou com o advento do auto-serviço, em meados da década de 50, quando foi necessário o desenvolvimento de novas formas de comunicação, afinal não haveria no ponto de venda um vendedor a disposição do cliente. Foi a partir daí que a embalagem assumiu essa função.

Mas, antes de discorrermos sobre o assunto, vamos compreender algumas definições básicas sobre embalagem. De acordo com sua etimologia, a palavra "embalagem" vem do termo "embalar", que por sua vez é interpretada por Hollanda (2004, p.727) como sendo o "ato de acondicionar (mercadorias ou objetos) em pacotes, fardos, caixas etc, para protegê-los de riscos ou facilitar seu transporte".

Particularmente, gosto da definição de Costa Santos e Ferraz de Castro (1998): "a embalagem posiciona o produto para enfrentar a concorrência, cria e reforça a imagem e contribui decisivamente para aumentar o lucro. A embalagem pode representar, portanto, o fator de diferenciação entre vários produtos da mesma categoria, oferecendo importante vantagem competitiva".

Quando a embalagem deixa de ser apenas um recipiente, para ser um vendedor

Podemos comparar a embalagem a um vendedor ambulante: está em todos os lugares, e sem dizer (verbalmente) uma palavra, consegue informar tudo o que, em primeiro momento, é necessário (composição do produto, modo de uso, tabela nutricional, validade etc). Além disso, a embalagem tem papel fundamental na decisão de compra.

Vejamos o porquê: "De acordo com os dados nacionais, 70% das aquisições feitas pelo consumidor resultam de decisões tomadas no ponto-de-venda" (Design de Embalagens – NEGRÃO, Celso; CAMARGO, Eleida). Isto me leva a pensar que a embalagem vem assumindo, cada vez mais (e melhor, diga-se de passagem), o papel de vendedor – pois expõe o produto, na melhor forma possível e demais informações sobre ele, além de agregar valor ao mesmo.

A mensagem que a embalagem traz deve ser clara e concisa ao consumidor, sem deixar espaço para dúvidas. Sua forma e material, bem como suas cores, devem seguir o perfil e o padrão do produto, de modo a criar uma identidade facilmente associada ao mesmo e lembrada pelo público consumidor. O quesito conveniência também tem sua importância no processo de desenvolvimento de uma embalagem, pois está associado à praticidade de consumo e aproveitamento que a embalagem traz.

Você já passou pela experiência de utilizar uma embalagem nada prática e ter parte do produto desperdiçado pelo simples fato de não conseguir extrair todo o seu conteúdo? É frustrante. Portanto, a embalagem ideal não é aquela moldada apenas para a pura estética e sim para a sua funcionalidade, acima de tudo – mas sem deixar de lado o bom gosto, é claro.

Contudo, na hora de desenvolver a embalagem de um produto, é primordial que a empresa invista em um bom planejamento, levando em consideração qual o perfil do produto e do público, além de outros pontos, de modo a atender as necessidades apontadas e oferecer um produto e embalagem com qualidade percebida pelo consumidor. Afinal, ela é ponto forte no momento da decisão de compra, agindo como um vendedor, a sua disposição - a todo o momento.

Veja o original em: http://www.pontomarketing.com/design/a-embalagem-fala-mais-do-que-voce-pode-imaginar/#ixzz1G6xxmgSI


do site: www.gestopole.com.br

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