terça-feira, 30 de novembro de 2010

A esquizofrenia nossa de cada dia!




Publicado em 20-Oct-2010, por Caio Cesar Santos


Faça o que eu digo, mas não o que eu faço!

Esta semana terminei de ler um livro muito interessante chamado “MetaManagement: o sucesso além do sucesso” de Fred Kofman. Dentre tantos pontos de vista inovadores, um deles me chamou a atenção: a esquizofrenia organizacional. É impressionante como é poderosa nossa capacidade de nos adaptar a situações onde chegamos a beira da esquizofrenia em nossa vida pessoal e profissional.

Você conhece alguma empresa que tenha o discurso moralmente correto de seus gestores, mas na prática a coisa é bem diferente?

Kofman cita alguns exemplos bem interessantes do mundo corporativo:

* Faça seu supervisor pensar que você não tem problemas, mesmo se os tiver;
* Assuma riscos, mas não erre;
* Mantenha os outros informados, mas oculte os erros;
* Diga a verdade, mas não traga más notícias;
* Trabalhe em equipe, mas lembre-se que o que realmente conta é seu desempenho individual;
* Expresse suas idéias com autonomia, mas não contradiga seus superiores;
* Seja criativo, mas não altere os procedimentos tradicionais;
* Prometa somente o que possa cumprir, mas nunca diga “não” aos pedidos do seu superior;
* Faça perguntas, mas nunca admita ignorância;
* Pense no sistema global, mas só se preocupe com os resultados da sua área;
* Pense a longo prazo, mas só se preocupe com a obtenção de resultados imediatos;
* E a principal: aja como nenhuma dessas regras existisse!

Podemos falar sobre a esquizofrenia social, política ou corporativa, mas apenas como forma de entretenimento ou para nos sentirmos vítima de um processo fora de nosso controle.

Isto explica muito sobre a nota divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alegando que depressão, ansiedade e transtornos mentais serão as doenças mais comuns no mundo nos próximos 20 anos, afetando mais que outros problemas de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.

A melhor saída para mudarmos nossa realidade pessoal é avaliar as crenças que sustentamos sobre nós mesmos (autocrítica), relacionamentos, trabalho, dinheiro, saúde, família etc e identificarmos o que está criando comportamentos desalinhados. Esta falta de alinhamento entre nossas palavras e ações é a causa primeira do sofrimento individual. Perceber isto é um passo importante em nosso processo de mudança!
“Um homem enxerga no mundo o que ele carrega no coração”
Johann Von Goethe

Que tal buscarmos exemplos pessoais de incongruência?

* Respeite o livre arbítrio das pessoas, mas sempre dê sua opinião;
* Entregue-se e confie em seus relacionamentos, mas deixe um pé atrás para não sofrer;
* Incentive as pessoas para serem independentes, contanto que elas obedeçam às suas vontades;
* Assuma responsabilidade por suas escolhas, mas se errar martirize-se bastante;
* Fale a verdade, contanto que atenda a seus interesses;
* Acredite em seu potencial, mas sempre tenha os planos B, C e D;

E você? Tem algum exemplo para compartilhar? :-)

Forte abraço e ótima semana!


Fonte: www.gestopole.com.br



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