segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Não force o Empowerment




Publicado em 25-Oct-2010, por Wagner Siqueira





Muitas vezes os gerentes inadvertidamente pressupõem que os membros de sua equipe reagirão automaticamente de forma positiva aos seus planos e desejos de descentralização ou delegação de tarefas, enriquecimento do trabalho ou transferência de parcelas significativas de poder, responsabilidade ou autoridade por falta de empatia. Não percebem a realidade das relações de trabalho como os subordinados a fazem, mas como perceberiam se fossem subordinados. O executivo e os membros de sua equipe devem estar dispostos a construir e a manter juntos e de forma compartilhada um processo sistemático de transferência de poder e de autoridade.
A disposição psicológica dos membros da equipe para participar desse tipo de processo depende, em geral, de três condicionantes principais:
1º) Os subordinados precisam acreditar que o executivo está de fato aberto às questões suscitadas por eles. Tal credibilidade decorre amplamente da experiência anterior que tem como executivo, como ele responde hoje e respondeu ontem à proposição de suas idéias, críticas e sugestões. A biografia do relacionamento chefe subordinados facilita ou dificulta a implementação do empowerment.
2º) Os membros da equipe precisam confiar na capacidade de o executivo tomar decisões consistentes e adequadas. Um executivo errático, inseguro ou contraditório não estabelece um clima de confiança capaz de implementar uma cultura de empowerment de seus subordinados. Assim o fazendo, acaba disseminando a certeza de que apenas o faz para “se livrar do abacaxi”, que pretende tão somente “ficar à toa”, enquanto eles – subordinados – ficam com toda a carga de trabalho.
3º) Finalmente, os membros da equipe devem perceber que a decisão do empowerment terá conseqüências significativas para eles como pessoas e profissionais, para toda a equipe e até para o conjunto da organização. As pessoas desejam participar do que é importante, têm o sentido de contribuir e de integrar uma equipe que vence. Se não perceberem que o empowerment é de fato importante, dificilmente se engajarão com convicção e empenho no exercício de novas tarefas e responsabilidades. Preferirão manter o status-quo.



Do site: www.gestopole.com.br

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