terça-feira, 30 de novembro de 2010

Porque os programas de treinamento não funcionam


Publicado em 29-Oct-2010, por Julio Sergio Cardozo


Semana passada, li uma matéria no jornal Valor Econômico que me chamou a atenção. Uma pesquisa feita pela Rosseti Consultoria com mais de 100 empresas revelou que 70% dos funcionários não enxergam qualquer relação entre o que aprenderam em treinamentos com o dia a dia do trabalho. Ou seja, a maior parte do dinheiro gasto pelas organizações com programas de qualificação é, praticamente, jogada no lixo.
Claro que diante do mercado aquecido e da dificuldade em encontrar profissionais preparados, a única saída para as empresas é treinar funcionários em início de carreira. Onde está o erro então? Na forma de desenvolver esses programas. Uma das razões que vejo é capacitar o profissional para a função depois que ele assume, quando o ideal seria que acontecesse antes. Só assim é possível minimizar erros, evitar desperdícios e problemas, impactando de forma expressiva nos custos operacionais.
Talvez, não exista elo entre o que o empregado aprende e o que está sendo exigido dele naquele momento. Para funcionar de fato, as dinâmicas precisam ser objetivas, se adequar à realidade de cada um e não ser algo estranho à atividade cotidiana do funcionário. Além disso, muita gente não consegue ver valor nos treinamentos. Poucos entendem ser um investimento feito pela empresa, enquanto deveriam encarar como remuneração adicional ou parte da compensação total que recebem da empresa.
Os treinamentos não podem abusar do lado psicológico das pessoas e em hipótese alguma levar ao constrangimento. Devem empregar o lúdico, o bom e saudável humor, para fixar conceitos. Precisam contribuir para despertar e aumentar o orgulho corporativo, aquela sensação gostosa de trabalhar naquela empresa. Senão, todo o investimento feito não servirá para o objetivo pretendido e irá para o ralo.


Do site: www.gestopole.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário