sábado, 22 de janeiro de 2011

Reengenharia


Publicado em 29-Dec-2010, por José Carlos Rodrigues Junior


Muitos empresários se perguntam: Por que meu negócio não está dando certo? Onde está o erro? Como faço para sair do “buraco”?

Na verdade, o erro pode estar ocorrendo na empresa toda. Métodos e processos de administração e gestão que deram certos em outros tempos, hoje não dão mais. Nestes casos, a empresa toda tem que passar por um processo de reengenharia.

Agora... O que é reengenharia? Reengenharia é uma estratégia de mudanças que visam tornar a empresa mais competitiva, através da adoção de medidas que alteram todas as operações e processos, como também em alguns casos, a própria estratégia empresarial. Ocorre a substituição dos processos manualizados por informatizados, e eles são integrados numa única cadeia. Processos que não se adequam as mudanças, são substituídos ou até eliminados. A estrutura organizacional baseada em funções e com vários departamentos e níveis hierárquicos é substituída por um modelo mais ágil e menos burocrático.

A reengenharia introduz mudanças em três níveis da empresa: o operacional, o de gestão de processos e o de gestão de negócios:
· OPERACIONAL – as pessoas passam a trabalhar em equipes multifuncionais e as relações hierárquicas, que geralmente criam conflitos são eliminadas. O excesso de hierarquias, com grande diluição de responsabilidade, torna o processo decisório lento e burocratizado;
· GESTÃO DE PROCESSOS – neste nível, ocorrem as maiores mudanças no que tange a aplicação das inovações tecnológicas. Os processos são todos integrados e informatizados;
· GESTÃO DE NEGÓCIOS – neste nível ocorrem as maiores mudanças na empresa. Rompem-se as barreiras com clientes e fornecedores, e todos integrados, repensam os negócios, e até criam novos negócios e produtos.

Podemos resumir este desafio da reengenharia, nas seguintes demandas de competitividade:
· Responder prontamente às necessidades do cliente;
· Agilizar as operações e informações;
· Adequar-se às novas exigências do mercado e desenvolver um processo de mudanças contínuas, ou seja, a flexibilização;
· Obter mais qualidade e produtividade em suas operações;
· Diminuir tempo de resposta;
· Integrar os processos numa cadeia única;
· Fazer alianças estratégicas com clientes e fornecedores.

Porém, nem sempre a reengenharia dá resultados positivos. Os principais fatores que levam o insucesso desta empreitada são os seguintes:
· Baixa ou nenhuma compreensão do assunto pelos executivos da empresa. Percebem que a reengenharia é apenas uma técnica de enxugamento voltada para a redução de custos;
· Indefinição de uma estratégia de implementação do processo de reengenharia. Esta é aplicada indiscriminadamente em toda a empresa de forma imediata. O resultado é quase sempre a interrupção do processo, devido às fortes resistências encontradas;
· Perda de tempo na análise de processos existentes. Simplificando e racionalizando procedimentos que poderiam ser extinguidos;
· Busca de resultados em curto prazo;
· Ênfase na informatização e automação de processos e não na sua gestão, ou seja, a empresa investe muito dinheiro na compra de equipamentos e sistemas, mas não capacita seus gerentes;
· Não envolvimento dos clientes, fornecedores e empregados nos processos;
· Soluções que complicam a organização, ao invés de simplifica-lo;
· Não-estabelecimento de prioridades.

Por outro lado, os fatores que levam ao sucesso são:
· Mudanças nas relações cliente/mercado;
· Introdução de elementos de valor agregado;
· Aplicações de tecnologias corretas;
· Maior agilidade de comunicação entre os diversos funcionários, com a diminuição dos níveis hierárquicos.

A reengenharia é um processo de reestruturação que depende de inovações em quaisquer dos níveis, seja o operacional, seja o da gestão de negócios, seja na gestão de processos. Podem ser feitas reestruturações nos níveis separadamente, mas para que a reengenharia realmente dê resultados, as mudanças têm que ser feitas nos três níveis.


Fonte: www.gestopole.com.br

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