sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A sua estratégia funciona?



Publicado em 17-Dec-2010, por Alessandra Assad



Fazer a estratégia funcionar é mais importante do que ter uma estratégia. Foi com esta ideia que Lawrence Hrebiniak (autor do livro Execução – Fazendo a Estratégia Funcionar – Editora Bookman), começou uma palestra* que tive a oportunidade de assistir no mês passado.
Fazer a estratégia funcionar é mais importante do que ter uma estratégia. Foi com esta ideia que Lawrence Hrebiniak (autor do livro Execução – Fazendo a Estratégia Funcionar – Editora Bookman), começou uma palestra* que tive a oportunidade de assistir no mês passado. Hrebiniak explicou que a execução da estratégia não constitui uma parte comum do trabalho administrativo, ela define a essência desse trabalho.
A execução hoje exige comprometimento e paixão pelos resultados, independente do nível da administração. Infelizmente, ainda sabe-se muito mais sobre planejamento do que sobre realização, sobre a criação da estratégia, do que sobre o seu funcionamento real. E sabemos muito bem que os planos ruins e mal concebidos geram resultados ruins. A estratégia conduz ou afeta um grande negócio, devendo ser desenvolvida com cuidado. Logo, estratégias fracas resultam em planos fracos de execução.
Por isso a importância de um bom planejamento. Ele auxilia o processo de execução. Da mesma forma, um planejamento insuficiente gera uma implementação insuficiente. Alguns gestores podem até argumentar que uma boa execução pode compensar uma má estratégia ou um planejamento inadequado, mas sabemos que na prática mesmo não é bem assim que funciona.
Os planos de execução no nível corporativo irão a pique ou não darão certo se não receberem suporte corporativo. Afinal de contas, é impossível discutir a execução até que se tenha alguma coisa para executar. Porém, quando a ‘elite’ planeja e vê a execução como algo que está abaixo dela, diminuindo a sua dignidade enquanto alta gerência, a implementação bem-sucedida está comprometida. Estratégias vagas não podem ser facilmente transformadas nos objetivos ou na métrica mensurável tão importantes para a execução. Planos corporativos e empresariais imprecisos inibem a integração dos objetivos, das atividades e das estratégias entre os níveis corporativo e empresarial. “Os administradores que sabem algo da execução da estratégia têm fortes probabilidades de desenvolver uma vantagem competitiva com relação aos que não sabem”, ressaltou o professor.
Mas, se execução é essencial para o sucesso, por que um número maior de organizações não desenvolve uma abordagem disciplinada em relação a ela? Por que as empresas não dedicam mais tempo desenvolvendo e aperfeiçoando processos que as ajudem a obter resultados estratégicos importantes? E por que muitas empresas não conseguem executar ou implementar bem as estratégias e colher os frutos desses esforços?. A resposta é muito simples. A execução é extremamente difícil. Há obstáculos e dificuldades que se atravessam no processo de execução e comprometem seriamente a implementação da estratégia.E os ingredientes-chave que definem a execução da estratégia incluem decisões sobre estratégia, estrutura, coordenação, compartilhamento de informações, incentivos e controles. Essas decisões ocorrem dentro de um contexto organizacional, no qual estão incluídos poder, cultura, liderança e a capacidade de administrar alterações.
Hrebiniak destaca que é absolutamente importante que a organização comemore o sucesso depois de uma execução bem-sucedida. Os que realizam as coisas devem ser reconhecidos, e o seu comportamento e o resultado dele devem ser reforçados. Os gerentes devem reconhecer e recompensar os realizadores, os fazedores que contribuem para o processo de execução. Talvez este não seja o único, mas certamente será o melhor de todos os caminhos para fazer a sua estratégia funcionar.



*Palestra realizada no Special Management Program “Fazendo a Estratégia Funcionar – O Caminho para uma execução bem-sucedida”, da HSM, em São Paulo.
Alessandra Assad é diretora da AssimAssad Desenvolvimento Humano. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica, é professora no MBA de Gestão Comercial da Fundação Getulio Vargas, Consultora Senior do Instituto MVC, palestrante e autora do livro Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.


Fonte: www.gestopole.com.br

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