domingo, 31 de outubro de 2010

Empresa Familiar



Publicado em 2-Oct-2010, por Carlos Cesar D'Arienzo



No Brasil ainda não aprendemos que os negócios são mutáveis e não são perpétuos.
O empresário brasileiro permanece crendo que sua empresa será eterna e que sempre lhe dará lucro. Uma empresa que perdure por 50 anos é um caso de sucesso, mesmo uma de 30 anos, há países e impérios que não duraram 50 anos.

As empresas brasileiras ditas familiares não conseguem, implementar uma administração eficiente e profissional duradouras, contabilidade como meio de fornecer dados e informações costuma ser luxo, a contabilidade que utilizam é mera formalidade fiscal, não raro, imperfeita. Além do mais, a primeira geração da família pode ser comparada com as empresas que operam com ganhos extensivos, ou seja, a empresa opera e aufere seus ganhos com base na capacidade de empreendedorismo do fundador, seu dinamismo, sua energia, opera e aufere receita de acordo com o número crescente de negócios fechados, ainda que não seja um administrador de primeira linha.

Mas esses ganhos extensivos, vão originar a necessidade de administração profissional, para que a empresa opere de forma intensiva, ou seja, maximizando receitas e minimizando custos, portanto, maximizando seus recursos. Eis o problema, muitos empresários desconhecem as diferenças entre empreender e administrar, quando percebem, tarde demais.

Ainda na fase dos ganhos extensivos, tão importante (ou mais) quanto definir objetivos e metas, é definir filosofias e políticas de atuação para alcançá-los, as empresas que perduram no mercado conseguiram fazer essa distinção. Essas lições também aplicam-se à vida pessoal, ou das nações. Quantas nações se reergueram após desastres naturais e guerras porque suas filosofias (ou políticas) de vida não foram perdidas ? Seus objetivos imediatos ruíram, foram destruídos, mas a filosofia de atuação diante de crises encarrega-se de pôr a nação no caminho do desenvolvimento econômico e social. É por isso que o desenvolvimento econômico e social de uma nação, não é meramente um problema de falta de dinheiro ou qualquer outro recurso econômico.

Finalmente :

1- Capacidade gerencial não é hereditária como muita gente pensa, ainda no século XXI ;

2- Acumular capital para as empresas (máquinas, bens, serviços e dinheiro) difere de acumular riqueza material pessoal, a prática no Brasil;

3 - O empresário deve fazer o mesmo que aconselha ou impõe aos seus funcionários : estudar e ser ético !


Fonte: www.gestopole.com.br

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