domingo, 10 de outubro de 2010

Passe mais tempo com os produtivos



Publicado em 29-Sep-2010, PAULO SERGIO BUHRER



O foco do líder deve ser nos resultados do colaborador, e não apenas no quanto ele se esforça para atingi-los. É claro que as pessoas merecem uma, duas chances, mas, quando um ser humano recebe as ferramentas de que necessita e não produz o esperado, das duas uma:
Pesquisas têm demonstrado que os líderes, gerentes, supervisores passam mais de 70% do seu tempo com colaboradores improdutivos. Por esse motivo, a maioria daqueles que são produtivos e pedem demissão, deve-se ao fato de não terem a atenção, o reconhecimento da empresa pelos resultados que apresentam.
O foco do líder deve ser nos resultados do colaborador, e não apenas no quanto ele se esforça para atingi-los. É claro que as pessoas merecem uma, duas chances, mas, quando um ser humano recebe as ferramentas de que necessita e não produz o esperado, das duas uma: ou ele não tem as habilidades comportamentais e técnicas para execução; ou está fazendo "corpo mole".
Se ele não possui as habilidades, a responsabilidade tem de ser atribuída ao líder, a quem contratou a pessoa sem preparo e não promoveu o treinamento imperativo para que ele executasse suas tarefas. Se a questão é de "corpo mole", a responsabilidade também é do líder, que não o dispensa.
O fato é que se o líder gasta mais de 70% do seu tempo, tentando fazer os improdutivos produzirem mais, não terá tempo nem condições de atingir os resultados que espera. O motivo é simples: suponha que você tenha um colaborador que venda 100 mil reais por mês, com lucros de 30 mil. Na outra ponta, você tem um vendedor que vende 40 mil, com lucros de 12 mil. Forçosamente, simulamos um lucro de 30% para os dois.
Se você intensificar seu tempo em ajudar o que vende 40 mil, poderá obter um resultado fantástico dele, e até dobrar suas vendas e lucro. Veja que, se ele melhorar 100%, o que seria um fenômeno, ele irá vender 80 mil, gerando lucros de 24 mil.
Com isso, o líder deixou de incentivar, dar atenção, estimular o vendedor que já vende 100 mil e gera lucros de 30 mil. Se o líder passasse mais tempo com este vendedor, e melhorasse apenas 30% no seu desempenho, teria vendido 130 mil, com lucros de 39 mil. Um dos principais motivos que nos leva a não atingir as metas, os resultados, é porque não fazemos essa conta simples.
Temos de passar mais tempo com quem produz mais. O não atingimento dos resultados é uma mera conseqüência de ações erradas da empresa, desde a contratação de pessoas, passando pelo treinamento e desenvolvimento, bem como pela elevada atenção que gerentes e líderes passam com quem não produz o suficiente.
Via de regra, as pessoas improdutivas não se tornarão produtivas, se o que elas estiverem fazendo for "corpo mole". Esse pessoal está preocupado em, simplesmente manter o emprego, e não em gerar resultados, mesmo que a empresa pratique a geração de resultados recíprocos, que é distribuir rendimento às pessoas que estão gerando os resultados. O foco dos improdutivos é manter, enquanto que a intenção dos que já produzem mais é crescer, progredir na empresa, ganhar mais por meio dos resultados que apresentam.

Não podemos abandonar as pessoas pelo fato de que, momentaneamente não são produtivas. Temos que identificar a falha. Se a falha é a falta de comprometimento, de compreender o significado do trabalho, de agir com toda garra e empenho, o caso é de demissão. Se a falha é falta de treinamento ou ferramentas para a execução das tarefas e geração de resultados, o caso é de treinamento técnico e de fornecimento do que é necessário para que os objetivos sejam alcançados.
Obviamente que muitos fatores são determinantes para que um colaborador não produza. Ele pode não estar bem de saúde, física ou mental, pode estar passando por graves problemas familiares. Em todos os casos, cabe ao líder buscar identificar causas, para que elas não gerem feito negativo aos envolvidos.
Um grave problema é que, no mercado de trabalho, para muitas atividades, há falta de mão-de-obra qualificada, não só tecnicamente, mas, de pessoas comprometidas, motivadas, que reconheçam o valor do trabalho. Por isso, não é difícil ter que conviver com gente improdutiva que não está nem aí para nada. Fazem o mínimo na empresa e, se forem demitidas, vivem uns seis meses com o seguro desemprego e depois retornam para mais um tempo de "fazer o mínimo".
Sugiro que fiquemos antenados em qual das situações, como líderes, estamos falhando. Contudo, vamos passar mais tempo com os produtivos, assim, os resultados, metas e objetivos serão mais facilmente atingidos.
Abraços e felicidades sempre!


Fonte: www.gestopole.com.br


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