terça-feira, 12 de outubro de 2010

Teoria ou prática?


Publicado em 29-Sep-2010, por Gustavo Rocha


Recentemente recebi um elogio de um cliente no primeiro dia de trabalho que fez refletir muito. No final do primeiro turno de trabalho, uma das sócias de um escritório de advocacia fora do RS me diz atentamente:
“Gustavo, permita-me elogiar sobre a tua forma de trabalho. Tu vieste aqui e em algumas horas conseguiste nos dar práticas, exemplos, orientações que outros consultores que o escritório teve não fizeram. Aqui somente trouxeram teorias e levaram muito tempo para chegar a algo prático”.
Por óbvio não quero aqui vangloriar-me de um elogio. Quero trazer a reflexão sobre teoria e prática.
A teoria é fundamental para qualquer trabalho. Não podemos esquecer que sem base teórica não conseguimos sistematizar o conhecimento. Vejamos um exemplo comparativo entre teoria e prática: Ao aprendermos a ler, aprendemos primeiro cada letra separadamente e depois aprendemos a formar palavras. Aqui está o nosso embasamento teórico. Contudo, se não quisermos ser analfabetos funcionais, precisaremos aprender a interpretar as palavras, frases, sentenças que lemos. Ao interpretar, estamos aplicando os conhecimentos teóricos na prática.
Existem vários exemplos de pessoas que através da prática, fizeram a teoria. Está errado? Numa primeira análise não. Uma prática bem sucedida é muito melhor que uma teoria ainda não testada.
E sendo bem prático mesmo: Para que serve esta reflexão na prática?
Para jamais nos afastarmos da prática apenas pela teoria e ao mesmo tempo, sempre que estivermos fazendo algo prático, possamos pensar na teoria como uma forma de melhorar o processo de trabalho.
Ler doutrinas, por exemplo, é maravilhoso para constituir uma tese. Contudo, uma tese de nada adiantará se os tribunais já estiverem julgando este assunto contra o teu interesse. Parece assim que a advocacia não tem alternativa, não é?
Tem sim. Se aliar a teoria a prática, a solução existe. Se o advogado ler doutrinas e analisar o que está acontecendo na prática, poderá desenvolver uma tese para mudar o que na prática já está sendo julgado, ou seja, irá atacar as razões dos julgados de maneira a demonstrar que determinado assunto deveria ser julgado de outra forma através do embasamento novo teórico adquirido.
Em bom português: Teoria ou Prática? A resposta é simples: Ambos!


Fonte: www.gestopole.com.br

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