sábado, 12 de março de 2011

Quando o virtual não corresponde ao real


Publicado em 17-Feb-2011, por Gustavo Rocha



No final do ano passado uma mulher na Inglaterra informou a todos os seus contatos no facebook que iria cometer suicídio na noite de Natal. Ela tinha 1048 contatos. Nenhuma das 1048 pessoas que receberam a mensagem deram atenção para a ameaça dela, que restou concretizada através da ingestão de pílulas. Leia a notícia aqui.
Esta triste notícia nos remete a uma importante reflexão: O mundo virtual é importante e útil, contudo possui uma limitação extrema – não serve para substituir contatos reais.
Já vimos inúmeros exemplos onde o universo virtual ajudou pessoas, prendeu bandidos, criou contatos, gerou relacionamentos, trouxe paz e guerra, mas igualmente trouxe solidão, dependência e pessoas sem apatia por outras necessidades de pessoas.
Este caso nos faz pensar em como podemos e devemos mesclar o que é virtual e o que é real.
Em termos de empresa, não podemos nos descuidar do universo virtual que se forma a cada dia. São negócios, presença da marca, possibilidades amplas de estar conectado com o público alvo, enfim, algo positivo e necessário hoje em dia. Contudo, este contato virtual não pode substituir o real.
Não pode nem irá substituir.
Os contatos reais são fundamentais para solidificar e consolidar aquilo que construímos virtualmente. Podemos ter amigos virtuais, mas o desejo é sempre de conhecê-los pessoalmente para poder gravar na nossa mente do que eles são feitos (seus jeitos e trejeitos).
O mesmo vale para um negócio.
Você pode contatar e até comprar/assinar um serviço que conheceu totalmente on line. Ele até pode ser prestado on line. Se esta for a única natureza que ele tem. Se eu baixo um programa para gerenciar twitter, por exemplo, não preciso ir na sede da empresa para ter certeza que o produto é bom ou confiável. Agora, ao contratar serviços que envolvam bens reais, vida, patrimonio, etc, como é o caso dos advogados, isto passa, sem sombra de dúvidas, pelo real.
Podemos entrar em contato com um profissional, trocar ideias, abordagens, contatos. Ler seus textos em sites e blogs e tirar nossas conclusões de que se trata de um profissional competente e preparado. Contudo, assinar uma procuração é um ato que ainda se faz dentro do escritório. A pessoalidade é fundamental.
Sei de casos de clientes que sequer conhecem seus advogados. Mas, são exceções a regra. A regra é a pessoalidade.
Dê crédito ao mundo virtual e seu crescente apelo de mercado. Contudo, reserve os princípios da individualidade e realidade presencial, atitude inclusive insculpida no Código de Ética do Advogado.
Esta atitude fará a diferença.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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do site: www.gestopole.com.br

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